[Personalidades Petropolitanas] Conheça o atleta petropolitano, de 87 anos, que já conduziu a Tocha Olímpica
Márcio conquistou 43 medalhas ao longo da carreira no esporte
Nascido em Petrópolis, o atleta petropolitano Márcio Sobral tem 87 anos e muitas histórias para contar. Entre essas histórias, estão as 43 medalhas vencidas pelo competidor, todas conquistadas nas décadas de 1950 e 1960, além da condução da Tocha Olímpica, em 2016.
Foto: Arquivo Pessoal Márcio Soares
Hoje, com 87 anos e casado há 67, Márcio é usuário de cadeira de rodas, mas ainda tem a mesma energia de quando começou a vida no esporte, ainda como uma criança apaixonada pelo futebol, no Quitandinha.
O início da vida no esporte
Márcio nasceu no Quitandinha e, muito cedo, descobriu o amor pelo futebol. Nas palavras dele, a infância foi muito boa, já que a passou jogando futebol no campo do PTB, localizado no mesmo bairro. A paixão evoluiu, levando o das peladas o Serrano, clube mais tradicional da cidade Petrópolis. Também passou pelo Vera Cruz, mas não chegou a se profissionalizar no futebol.
Em 1954, após entrar para o exército, Márcio descobriu mais um amor. Desta vez, foi o atletismo. Praticando o esporte até 1960, o atleta Petropolitano conquistou 43 medalhas, dividas entre o atletismo e o futebol, mesmo que com uma quantidade menor. A relação com o esporte, para Márcio, é primordial para todos os seres humanos, sendo necessário para uma boa vida.
Foto: Arquivo Pessoal/Marcio Soares
“Hoje em dia não se tem mais tanto entusiasmo com o atletismo, infelizmente. Queria que as pessoas praticassem mais esportes. A pessoa que não pratica esportes, não vive. Se exercitar só traz benefício”, disse.
Esse carinho de Márcio pelo esporte foi passado para seus filhos, netos e bisnetos. Segundo o ex-esportista, todos gostam das práticas esportivas. O neto mais novo, inclusive, jogou nas bases de Vasco e Botafogo, além de ter jogado no Botafogo da Paraíba, onde Márcio foi técnico dos juniores.
A vida fora do esporte
Ao encerrar a carreira no atletismo, Márcio deixou Petrópolis. Hoje morando em Guapimirim, o ex-atleta conta que sair da cidade foi difícil, mas necessário por questões profissionais. Tendo nascido e casado na cidade imperial, Márcio demonstra muito carinho por Petrópolis.
Indo para o Rio de Janeiro, Márcio passou por diversas carreiras. Antes de chegar ao ramo das telecomunicações, carreira na qual se aposentou, trabalhou como vendedor em várias lojas, principalmente de eletrodomésticos. Márcio se estabilizou em 1967, em uma grande empresa de comunicações, onde trabalhou por 15 anos.
Além destes trabalhos, Márcio se orgulha de mais uma atividade: a de artesão. Focado em restauração de imagens de santos para igrejas, o ex-esportista revelou seu time do coração, o Vasco da Gama, e também externou seu desejo para a Tocha Olímpica, que conduziu e ainda guarda em casa.
“Teve uma época que quis doar uma imagem de São Januário para o Vasco. Apesar do nome, o clube não tem uma estátua do patrono do estádio lá, então tentei doar. Quero entregar a Tocha Olímpica para o Vasco, estou tentando”, revelou o atleta petropolitano.
Como muitos petropolitanos, Márcio vem de família alemã e portuguesa, o que explica a paixão pelo Vasco.
Evento com condutores da Tocha Olímpica
Márcio contou que gostaria de fazer um evento com todos os condutores de tocha olímpica da região. Com uma grande caminhada, começando em Petrópolis e terminando em Cachoeiras do Macacu, o evento, de acordo com Márcio, seria uma oportunidade única e deveria ser aproveitada.
Foto: Arquivo Pessoal Márcio Soares
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