Com composição de Ernani Aguiar, história de Aleijadinho estreia em formato de Ópera
Ernani mora em Petrópolis e é considerado um dos mais importantes compositores de música erudita do Brasil. A ópera apresentada em Ouro Preto, cidade onde nasceu e morreu Aleijadinho, foi composta sobre o libreto do maestro André Cardoso
Com composição de Ernani Aguiar, a ópera Aleijadinho estreou no dia 29 de abril, em Ouro Preto (MG). Ernani mora em Petrópolis e é considerado um dos mais importantes compositores de música erudita do Brasil.
Foto: Reprodução Revista CONCERTO
Nesta ópera, Ernani utilizou vários ritmos brasileiros como o lundu e seresta. “A seresta é uma forma de expressão musical característica da cidade de Ouro Preto onde Aleijadinho nasceu, produziu várias obras e morreu”, disse Ernani.
Segundo o compositor, o “sonho Aleijadinho” já existia há dez anos. “Não sei quem teve a ideia primeiro, se fui eu ou o maestro André Cardoso. Sei que ele foi pesquisar até as obras dos inconfidentes e depois preparou o libreto todo e eu trabalhei em cima disso. Logo que eu comecei a agilizar o trabalho, o estado de Minas se interessou e recebemos o apoio. E foi uma super produção”, comenta Ernani.
André Cardoso, Silvio Viegas e Ernani Aguiar/ Foto: Revista CONCERTO
A obra é uma produção da Fundação Clóvis Salgado, com a participação da Orquestra Sinfônica e do Coro Lírico de Minas Gerais, ambos regidos pelo maestro Silvio Viegas.
A ópera será apresentada também no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, nos dias 14,16, 18 e 20 de maio com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Belo Horizonte e Balé do Palácio.
A obra contará com o barítono Johnny França no papel de Aleijadinho e a regência do maestro Silvio Viegas, também de Minas Gerais.
Ópera em Petrópolis
Sobre ter algum de seus espetáculos em Petrópolis, Ernani revela que tem interesse em ver sua ópera sobre o Menino Maluquinho, baseada nas obras de Ziraldo, no Theatro Dom Pedro.
“Abro mão até dos direitos autorais, só teriam que pagar o aluguel dos materiais”, diz o maestro, referindo-se ao apoio que seria necessário por parte do poder público.