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Projeto de apoio psicológico voluntário já atendeu mais de 500 petropolitanos desde a primeira tragédia

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Projeto de apoio psicológico voluntário já atendeu mais de 500 petropolitanos desde a primeira tragédia

Podem participar não só as vítimas diretas, mas também aqueles indiretamente afetados, em qualquer grau e nível de sofrimento psíquico

Passados quase dois meses desde as chuvas do dia 15 de fevereiro, o projeto de apoio psicológico PSI Petrópolis já acolheu mais de 560 petropolitanos. Surgida três dias após a primeira tragédia, a iniciativa é promovida por 350 psicólogos voluntários de todo o Brasil que se disponibilizaram a atender semanalmente as vítimas diretas e indiretas dos eventos no município de maneira online por um período de seis meses. As inscrições seguem abertas e podem ser feitas pelas páginas do Instagram @listapsibrasil e @flaviagonzalezpsicologia.

Foto: @fernandsmarinho

Coordenadora do projeto, a psicóloga e psicanalista Flávia Gonzalez explica que, após a segunda tragédia de Petrópolis, houve um aumento na busca por atendimentos. “Muitas pessoas relataram que estavam abaladas, mas conseguindo lidar com a tragédia do dia 15 de fevereiro. No entanto, depois da tragédia do dia 20 de março, elas se viram sem recursos internos para lidar com a nova situação e com o agravamento da anterior”. Entre os atendidos desde a primeira ocorrência de chuvas, já nota-se a melhora do estado emocional dos moradores.

“Eles chegaram ao projeto, em sua maioria, relatando sintomas típicos de um momento de tragédia. Os mais comuns foram insônia, medo, tremores, ansiedade e crises de choro. O objetivo do trabalho é, entre outros, estabilizar psiquicamente essas pessoas para que elas se reorganizem. Após quase 2 meses de projetos, é possível ver que os pacientes começam a entrar na fase de reconstrução”. Com voluntários do Amazonas ao Rio Grande do Sul, o projeto PSI Petrópolis também tem trabalhado, internamente, no amparo dos profissionais envolvidos.

Foto: Divulgação

“Do ponto de vista do psicólogo, é um trabalho muito desafiador e difícil porque lidamos diretamente com a dor aguda do outro. Para isso, já tivemos três eventos internos focados na capacitação e na descompressão desses profissionais”, aponta Flávia. Com apoio do grupo Lista PSI Brasil e do Grupo Enlutar, de Juiz de Fora, o projeto PSI Petrópolis oferece o atendimento psicológico online, com consultas semanais de 50 minutos, a qualquer morador da cidade da cidade que se sinta afetado pela tragédia ocorrida no município.

“Atendemos não só as vítimas diretas, mas também toda a população que foi afetada, em qualquer grau e nível de sofrimento psíquico”, ressalta Flávia. Na coordenação, a psicóloga atende individualmente cada paciente, realiza a triagem, a ficha de inscrição e o encaminhamento, Feito isso, o paciente é colocado em contato com o psicólogo destinado para o seu atendimento, dando início, assim, aos atendimentos. As inscrições permanecem abertas e podem ser feitas através dos perfis do Instagram @listapsibrasil e @flaviagonzalezpsicologia.

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