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Professora de Petrópolis ajuda a criar e implementar metodologia que inspira alunos em sala de aula

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Professora de Petrópolis ajuda a criar e implementar metodologia que inspira alunos em sala de aula

Por meio da ‘Pedagogia da descoberta’, Ana Lúcia Antunes e sua equipe buscam transportar as crianças para o lúdico onde o aprendizado ocorre de maneira leve e descontraída

Os tempos de pandemia ressignificaram a ideia da escola ao adotar o modelo de ensino à distância, mas uma coisa não mudou em todo esse período: a importância do papel desempenhado pelos profissionais que continuaram se dedicando às salas de aula independente de ser presencial ou on-line.

Nesta sexta-feira (15), data em que é comemorado o Dia do Professor, resgatamos a história da professora petropolitana Ana Lúcia Antunes, que ajudou a criar e implementar uma metodologia que inspira as crianças ao aprendizado, seja no ensino remoto ou presencial.

Chamada de “pedagogia da descoberta”, a metodologia é aplicada para alunos da Escola Integral Padre Quinha, que funciona no Vale do Cuiabá e atende crianças do 5º período da educação infantil e do primeiro ao quinto ano.

Foto: Arquivo Pessoal Ana Lúcia Antunes

“A cada ano escolhemos um tema para abordar com os alunos. Já foi Shakespeare, Machado de Assis… Só que eles [os alunos] são induzidos a descobrir o tema a partir de uma série de dinâmicas que ocorrem durante o primeiro semestre. É uma maneira lúdica de transportar os estudantes para o contexto da época”, diz Ana, que chegou até a interpretar Shakespeare durante uma aula presencial antes da pandemia.

Foto: Arquivo Pessoal Ana Lúcia Antunes

Ana é pedagoga, pós-graduada em Educação Ambiental e, atualmente, cursa Psicopedagogia.

Ela conta que o objetivo desta metodologia aplicada na Escola Padre Quinha é fazer com que os alunos criem autonomia, reflitam sobre os temas e ressignifiquem os assuntos.

“Notamos que eles ficam envolvidos e a ideia é que levem todo aprendizado para o mundo melhorando a qualidade de vida deles e do seu entorno”, explica a professora.

Neste ano, o tema é Ecologia Integral. Segundo Ana, os alunos estão estudando os elementos como Água, Ar, Fogo e Terra.

“O desafio é de que eles consigam criar produtos para ajudar quatro heroínas, que representam os elementos, a salvar o planeta. Assim eles vão aprendendo sobre os assuntos, que são sérios, de uma maneira divertida”, comenta.

Três dimensões

Segundo Ana, a pedagogia da descoberta surgiu a partir de um olhar humanizado para cada criança.

“Olhamos para ela a partir de três dimensões: racional, afetiva e social. E, a gente entende que, para aprender, nós, professores, precisamos ensinar olhando não só para a parte racional daquela criança, mas também para a emocional e social. Toda criança possui mil possibilidades e o objetivo é que elas cresçam sabendo que são capazes de serem o que quiser”, diz.

Inspirada na filósofa Hannah Arendt, a professora afirma que se sente na obrigação de levar o conhecimento sobre diferentes temas para os estudantes.

“A filósofa diz que é obrigação dos mais velhos pegar as pérolas que, no caso representa o conhecimento, no fundo do oceano e trazer à tona para gerações mais novas”, afirma.

O papel do professor

Para Ana, este período de pandemia reforçou a todos a importância do papel do professor e das escolas.

Roda de leitura com os alunos antes da pandemia
Foto: Arquivo Pessoal Ana Lúcia Antunes

“Os alunos voltaram para o ensino presencial e a gente percebeu nos olhos aquela maravilha de estar na escola. A educação faz a diferença na vida das pessoas. É nisso que eu acredito. Nessa coisa de transformação que a educação proporciona”, conclui.

Atividade externa com os alunos antes da pandemia
Foto: Arquivo Pessoal Ana Lúcia Antunes
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