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Jovens petropolitanos relatam emoção após vacinação contra Covid-19 em outros países

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Jovens petropolitanos relatam emoção após vacinação contra Covid-19 em outros países

Se por um lado sentem o alívio, por outro há a preocupação com parentes e amigos que estão no Brasil e ainda não têm previsão para receberem a imunização

Petropolitanos na faixa etária de 25 a 32 anos, que estão vivendo em outros países, relatam sentimento de alívio após serem vacinados contra covid-19.

Porém, ressaltam também a preocupação com parentes e amigos que estão no Brasil e ainda não têm previsão de serem imunizados contra a doença.

A covid-19 já provocou mais de 450 mil mortes no país. Só em Petrópolis foram 1.163 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Vacinação no Canadá

Camille Maganin Fontaine tem 25 anos. Ela é de Petrópolis, mas desde 2017 mora em Vancouver, no Canadá onde trabalha como chef de cozinha. Camille foi vacinada no dia 6 de maio com a Pfizer/ Biontech.

“É emocionante ser vacinada, mas ao mesmo tempo me senti estranha de estar imunizada e saber que o pessoal da minha idade só vai ser vacinado no Brasil no fim do ano se cumprirem o calendário de imunização”, disse.

Foto Arquivo Pessoal

Até mesmo os pais da Camille não foram vacinados ainda. Eles moram em Petrópolis. O pai tem 53 anos e, a mãe, 47. “Não vejo a hora de todos poderem estar vacinados. Não só minha família, mas o  país em geral. Esse ‘desgoverno’! Tantas mortes que poderiam ser evitadas”, diz criticando a gestão do governo brasileiro no combate à pandemia da covid-19.

Na França

O casal de jornalistas Rebeca Gehren e Renan Vargas do blog Viver e Viajar está morando em Paris, na França. Os dois receberam a vacina da Pfizer na última semana e compartilharam nas redes sociais a emoção que sentiram.

Rebeca disse que não imaginava conseguir vacinar tão cedo já que a França não tem a mesma infraestrutura e logística que o SUS. E embora tenha começado a vacinação mais cedo que o Brasil, ela afirma que a campanha estava relativamente lenta e achava que só ia conseguir a imunização no fim do ano.

“Quando vacinei foram vários sentimentos juntos. Pode parecer estranho, mas foi curioso pensar que finalmente aquela vacina estava chegando no meu corpo. A gente acompanhou essa doença desde o surgimento dela…Daí vimos de camarote todo o processo de pesquisas e buscas pela cura. As tentativas frustradas, os testes para achar o antídoto que fosse eficaz. E depois de criado, veio a questão de compra e distribuição das vacinas pelo mundo (e todos os problemas que isso acarretou). Até que, enfim, uma daquelas vacinas chegou ao meu corpo. E está aqui, fazendo efeito pra me tornar imune a esse vírus que causou tanta destruição a nível global”, diz.

Foto Arquivo Pessoal

Apesar da grande alegria da jornalista e o marido estarem imunizados, Rebeca disse que foi inevitável sentir também a indignação pelos parentes que estão no Brasil e ainda não vacinaram como o pai e a mãe, que moram em Petrópolis.

“Pensar que o SUS sempre foi referência em campanhas de vacinação e hoje tem tanta gente morrendo por causa da gestão irresponsável e criminosa. Continuo com a mesma preocupação e angústia pela minha família, que está tão longe e correndo risco constante. Torcendo para que as vacinas cheguem até eles antes que algo pior aconteça”, comenta.

Foto Arquivo Pessoal

Renan e Rebeca conseguiram vacinar devido a uma sobra de vacina que ocorreu na semana passada em Paris, mas ela disse que a partir já desta segunda (31), qualquer pessoa acima de 18 anos poderá agendar para se vacinar lá.

Vacinômetro Petrópolis

Segundo a Secretaria de Saúde de Petrópolis até sexta-feira (28) 82.313 pessoas recebam a primeira dose de vacinas contra covid-19 na cidade.

Já o número de pessoas que já completou a imunização, recebendo as duas doses, é de 34.171. No município estão sendo aplicadas as vacinas: Coronovac, Oxford/Astrazeneca e Pfizer.

Saiba quem pode se vacinar na cidade no momento:

Petrópolis segue o Plano Nacional de Vacinação, que determina a vacinação de todas as pessoas maiores de 18 anos (neste momento ainda não há aprovação, no Brasil, da vacina para crianças e adolescentes). Em função da quantidade de doses insuficiente para todo o público simultaneamente, o Ministério da Saúde elencou os grupos prioritários, que foram divididos em quatro fases, começando pelos idosos com mais de 75 anos (1ª fase), idosos com 60 a 74 anos (2ª fase), pessoas com comorbidades com 18 a 59 anos (3ª fase) e trabalhadores de áreas como educação, limpeza pública e transporte (4ª fase).

Neste momento, podem se vacinar:

– Pessoas com comorbidades (listadas no Plano Nacional de Imunização) maiores de 40 anos.

– Trabalhadores da Saúde a partir de 30 anos

– Pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos

– Pessoas com autismo maiores de 18 anos

– Pessoas com paralisia cerebral maiores de 18 anos

– Pacientes renais crônicos em diálise maiores de 18 anos

– Pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) com mais de 40 anos.

– Idosos com mais de 60 anos

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