Connect with us

Palácio do Sesc Quitandinha reabre ao público no dia 1º de junho

Turismo

Palácio do Sesc Quitandinha reabre ao público no dia 1º de junho

Com rigoroso protocolo de segurança, Palácio e entorno do Lago Quitandinha voltarão a receber visitas após quase 1 ano e 3 meses fechados por conta da pandemia. Palácio inaugurado em 1944 para ser um hotel-cassino já foi considerado o maior centro internacional de turismo do Brasil 

O Sesc Quitandinha – um dos principais pontos turísticos e centros culturais de Petrópolis – reabrirá para visitação do público no dia 1º de junho, depois de quase 1 ano e três meses fechado por causa da pandemia da Covid-19. A retomada das atividades da unidade vale tanto para o Palácio como para a área do entorno do Lago Quitandinha, localizado em frente ao cartão-postal.

Foto Instagram @carol.a.freire e Instagram @gauerdani

Protocolos de segurança

A reabertura respeitará um rigoroso protocolo de segurança, de modo a evitar a propagação do novo coronavírus. Será exigido o uso constante de máscara, mesmo no jardim, sendo permitida sua retirada apenas para alimentação. O Sesc Quitandinha também sinalizou os espaços permitidos para piquenique, de modo a evitar aglomeração. As visitas guiadas ao Palácio terão limitação de 10 pessoas. Já a visita livre ao palácio será restrita para 150 pessoas simultaneamente, mesmo número permitido no entorno do lago.

Um teste do protocolo já foi realizado na área do entorno do Lago, que abriu experimentalmente no último fim de semana (22 e 23/5) e abrirá no próximo (29 e 30/5), antes da retomada permanente. Foram contabilizados 2.920 visitantes, 1.370 no sábado e 1.550 no domingo. Além do uso de máscara obrigatório, é solicitado aos visitantes distanciamento mínimo de 1,5 metros e higienização das mãos com álcool em gel.

Visitações e valores:

Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30 (conclusão do itinerário até às 18h). Agendamento pelo número (24) 2245-2020.

Valores:

R$ 5,00 (habilitados Sesc RJ)

R$ 10,00 (meia-entrada)

R$ 20,00

Limite: 10 pessoas

Visitas livres: terças a domingos e feriados, das 10h às 17h (conclusão do itinerário até às 18h)

Valores:

R$ 2,00 (habilitados Sesc RJ)

R$ 5,00 (meia-entrada)

R$ 10,00

Limite: 150 pessoas simultaneamente

Visitas audioguiadas: Suspensas temporariamente

Entorno do Lago Quitandinha: Abertura experimental nos dias 29 e 30/05, das 9h às 17h, e permanente a partir do dia 1º de junho. Visitação: terças a domingos e feriados, das 9h às 17h.

Limite: 150 pessoas simultaneamente

Exposição conta a história do palácio, um antigo hotel-cassino

Além de conhecer a grandiosidade dos seus espaços internos e a beleza da sua arquitetura, o visitante poderá aprender mais sobre a história do prédio na exposição “Memória Quitandinha”. A mostra permanente, instalada na sala Dom Pedro, faz um passeio pelos primórdios e pelos tempos áureos desse antigo hotel-cassino, inaugurado em 1944, e que hoje abriga, além de apartamentos residenciais, um dos mais importantes centros culturais da Região Serrana: o Sesc Quitandinha.

Em 8 módulos expositivos, com 10 segmentos temáticos, estão objetos, informações e conteúdos audiovisuais de diferentes épocas, permitindo ao visitante uma viagem pela história desse que já foi considerado o maior centro internacional de turismo do Brasil. Erguido pelo ex-tropeiro e posterior magnata do jogo e do entretenimento do Brasil Joaquim Rolla, o empreendimento passou apenas dois anos como hotel-cassino. Em 1946, foi obrigado a encerrar sua principal fonte de receita depois de um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra proibir os jogos de azar no Brasil.

A exposição, organizada de forma cronológica, começa mostrando o que havia naquela área da Zona Sul da Cidade Imperial antes do suntuoso palácio: uma fazenda da criação de gado. Segue apresentando o empreendedor Joaquim Rolla, dono de uma rede de cassinos, entre eles o da Urca, no Rio, e o processo de construção do palácio de 28 mil metros quadrados, com sua cúpula de 46,4 metros de diâmetro, maior que a da Basílica de São Pedro, no Vaticano. O visitante pode ver fotos da construção, as plantas arquitetônicas e conhecer os profissionais que trabalharam no projeto – que além do palácio, incluía a urbanização do entorno.

Pratos e talheres de época impressos com o famoso “Q”, marca do empreendimento, também podem ser encontrados na exposição, assim como móveis projetados pela norte-americana Dorothy Draper, que assina a decoração do palácio, toda ela inspirada nos cenários hollywoodianos.

Um dos painéis da exposição é dedicado à decoradora norte-americana. Nele é possível assistir a um depoimento exclusivo para a exposição do vice-presidente da Dorothy Draper & Company, fundada por ela e sediada em Nova Iorque. Segundo Brinsley Matthews, o palácio “é um monumento nacional e o melhor e mais triunfante trabalho de Dorothy Draper”, constando como um dos destaques do portifólio da empresa.

Também há depoimentos de pessoas que vivenciaram o glamour do local, frequentado por chefes de estado, como os presidentes Henry Truman (EUA), Juan Domingo Perón (Argentina), Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, além de celebridades como Carmen Miranda, Oscarito, Virginia Lane, Orson Welles e Greta Garbo. A atriz Adelaide Chiozzo conta como foram as gravações de “É fogo na roupa”, filme rodado no palácio; o pianista Oceano de Menezes “Coruba” relata o seu trabalho de cicerone de grandes artistas pela cidade; e o radialista Santos Ribeiro recorda da Rádio Quitandinha (ZYP-23), que entrou no ar em 1951 e foi responsável pelo lançamento de diversos artistas, como o ator e cantor Bill Farr (1925-2010).

Imagens do fotógrafo húngaro naturalizado brasileiro Carlos Moskovic retratam a atmosfera de tranquilidade do entorno do lago artificial, em formato de mapa do Brasil, criado em frente ao palácio. As fotografias mostram turistas praticando atividades desportivas e banhistas aproveitando o sol no balneário criado com areia retirada às toneladas da praia de Copacabana.

Outro personagem relevante da época também ganhou um painel exclusivo: o figurinista Alceu Penna, também desenhista e ilustrador da revista O Cruzeiro. Seus traços podem ser vistos dentro do palácio, nos desenhos que estampam as paredes da Sala das Crianças, inspirados na fábula de Jean de La Fontaine. Em frente a um aparelho de rádio da época, o visitante pode ouvir a recriação de áudios da Rádio Quitandinha com músicas e boletim de notícias. Outros dois painéis tratam dos grandes eventos sediados no palácio, como conferências internacionais e concursos de Miss Brasil.

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir