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Como diferenciar os sintomas da ansiedade provocados pela pandemia com os da Covid-19? Psicóloga explica

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Como diferenciar os sintomas da ansiedade provocados pela pandemia com os da Covid-19? Psicóloga explica

A psicóloga de Petrópolis Flávia Gonzalez esclareceu as diferenças entre a falta de ar causada pela ansiedade e pela Covid-19. Em ambos os casos, saiba quando é hora de buscar ajuda.

O Brasil e o mundo vivem tempos difíceis. O cenário da pandemia no país tem se agravado e muitas vezes somos pegos pelo medo de não saber quando tudo isso vai passar. O resultado tem sido uma “explosão” na procura por psicólogos e psiquiatras em busca de ajuda para lidar com esse momento. De acordo com a psicóloga de Petrópolis Flávia Gonzalez, saber diferenciar os sintomas da ansiedade provocados pela pandemia dos sintomas da Covid-19 tem sido um dos maiores desafios que as pessoas têm enfrentado.

Foto Ilustrativa

Isso acontece porque os efeitos podem ser parecidos, como a falta de ar, presente em ambos os diagnósticos. Essa manifestação de ansiedade é diferente do que pode gerar falta de ar no caso do novo coronavírus. “A ansiedade do quadro psíquico é intermitente, ela aparece e some, ainda que dure um tempo prolongado de algumas horas. No caso da Covid-19 não há essa intermitência e a falta de ar é um sintoma agudo, constante e crescente”, explica a psicóloga e psicanalista.

Embora a falta de ar levante suspeita como sintoma de Covid-19, ela precisa estar associada a outras evidências. Em outras palavras, se um quadro de febre e tosse persistentes se agravar para uma dificuldade de respirar, fique atento. Então, quando a falta de ar estiver acompanhada de uma exaustão ao fazer esforço físico, é hora de ir ao médico.

Falta de ar é uma experiência comum na ansiedade, nos ataques de pânico e na Covid-19. Para ajudá-lo a diferenciar, é preciso pensar sobre as seguintes questões:

  • Já experimentei sintomas semelhantes no passado? Se você tem um histórico de ansiedade, medo excessivo, e ataques de pânico, é possível que seja isso que você esteja sentindo.
  • Os sintomas estão melhorando e são intermitentes? Essa manifestação de ansiedade é diferente do que pode gerar falta de ar no caso do novo coronavírus. Na Covid-19, a ansiedade dela é constante. A ansiedade do quadro psíquico é intermitente, ela aparece e some, ainda que dure um tempo prolongado de algumas horas. No caso da Covid-19, não há essa intermitência e a falta de ar é um sintoma agudo, constante e crescente.
  • Os sintomas melhoram usando técnicas de relaxamento? Ansiedade e ataques de pânico geralmente respondem bem a técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou atenção plena. É improvável que a falta de ar relacionada ao Covid-19 melhore com as técnicas de relaxamento.

Se você respondeu “sim” a essas três perguntas, é muito provável que esteja ansioso ou com sintomas de um ataque de pânico. Se esse for o caso, é importante procurar ajuda de um psicólogo e um psiquiatra, explica Flávia Gonzalez.

Agora, se você tem falta de ar com febre, tosse ou dor de garganta ou outros sintomas que se assemelham a um estado viral, é  possível que os sintomas que esteja sentindo se assemelhe ao Covid-19, principalmente se você tiver tido contato com pessoas que tiveram a confirmação de Covid-19 ou você ou alguém próximo não esteja cumprindo o isolamento social em casa, entre outros fatores de risco. Geralmente, os infectados pelo vírus experimentam outros sintomas além de falta de ar, tais comọ: febre, coriza, tosse ou dor de garganta. Nesse caso, a psicóloga destaca a importância de se procurar atendimento médico.

Por fim, a psicóloga Flávia Gonzalez informa que nos transtornos ansiosos, a falta de ar é mais episódica, não é constante, nem piora com pequenos esforços. “Se você está com um problema realmente físico, como a Covid-19, você vai sentir exaustão ao subir alguns degraus de escada, por exemplo. E, é importante lembrar, que, normalmente,  a ansiedade não causa febre. Em resumo, a ansiedade é despertada por um fator desencadeante, também chamado de gatilho. Por exemplo, ler uma notícia sobre a pandemia e pensar imediatamente na possibilidade de se contagiar, ou de algum familiar contrair a doença, pode provocar uma crise de ansiedade na quarentena. Esta geralmente é acompanhada de um vazio ou um aperto no peito, coração disparado e falta de ar. Sensação muito parecida com os sintomas da Covid-19, o que pode fazer com que uma pessoa já se imagine contagiada, por isso é tão importante aprender a distingui-los”, explica a psicóloga.

Veja também: Universidade de Petrópolis inaugura espaço para atendimento psicológico em meio à pandemia

Esse post foi feito em colaboração com a Psicóloga Flávia Gonzalez Ferreira
Psicóloga Flávia Gonzalez Ferreira no instagram
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