8 mulheres que marcaram a história de Petrópolis
Não só de belas ruas, monumentos e casarões é contada a história de Petrópolis. Já parou para pensar nas pessoas que dela fizeram o que é hoje? Das mulheres que, dentro de suas áreas de atuação, levaram o nome da cidade para além-mar? Hoje, dia 8 de março, apresentamos 8 figuras femininas cujas histórias se entrelaçam com a da cidade. Confira essa matéria especial feita em parceria com o Blog Petrópolis Sob Lentes.
1. Magdalena Tagliaferro
Diante de belezas naturais valiosas, torna-se difícil não se deixar inspirar por Petrópolis. No campo das artes, a cidade foi berço da notável pianista Magdalena Tagliaferro. Filha de franceses, a artista fez sua estreia em público aos nove anos de idade e, ao longo da carreira, passou por quatro continentes e 37 países. Uma de suas principais conquistas foi receber, em Paris, uma das mais altas condecorações: a Legião de Honra da França.
Foto Arquivo da Biblioteca Municipal
2. Gabriela Mistral
Pseudônimo da poetisa chilena Lucila Godoy de Alcayaga, Gabriela Mistral era uma junção de duas de suas principais inspirações: os poetas Gabriele d’Annunzio e Frédéric Mistral. Considerada a primeira mulher e artista representante da América Latina a receber o prêmio Nobel de Literatura (1945), Gabriela é quem, inclusive, dá nome à Biblioteca Municipal de Petrópolis: cidade onde morou e onde, aliás, estava quando recebeu a notícia do feito.
Foto Reprodução / Internet
3. Martha Watts
Revolucionária, a missionária norte-americana Martha Watts foi quem, no século XIX, trouxe a Petrópolis propostas pedagógicas inovadoras a partir da instalação do Colégio Americano, que incentivava turmas mistas (meninos e meninas, católicos e protestantes), jardins de infância e laboratórios científicos. A metodologia, considerada um marco na história da educação, atendia famílias de elite que se instauraram na região serrana.
Foto Reprodução / Internet
4. Nair de Teffé
Considerada a primeira cartunista mulher do mundo, Nair de Teffé foi um diamante para Petrópolis. À frente de seu tempo e descrita pela revista Fon-Fon como alguém que falava com calor, Nair se expressava sob o pseudônimo Rian (Nair ao contrário). Filha do Barão de Teffé, a cartunista nasceu em Petrópolis e cresceu na Europa, mas é como dizem: o bom filho à casa retorna. Culta, chegou também a presidir a Academia Petropolitana de Letras.
Foto Reprodução / Internet
5. Júlia Benvenuti
Recentemente fomos apresentadas à figura da Júlia Benvenuti, tida como a primeira e única mulher do sindicato fundado pelos operários da Companhia Petropolitana de Tecidos, em Cascatinha. De família italiana, Júlia, que perdeu a mãe ainda criança, foi contratada pela Cia. ainda aos 11 anos de idade. Tendo crescido naquele ambiente, junto aos trabalhadores, lutou pela retratação da realidade operária junto à imprensa.
Foto extraída de dissertação do professor Pedro Paulo Aiello
6. Vera Janacopoulos
Descrita por Villa-Lobos como a maior artista que conhecia e a melhor intérprete de suas músicas, Vera Janacopoulos foi uma cantora petropolitana que brilhou Brasil afora e que, em seu primeiro recital, aos 22 anos, dividiu palco com a também petropolitana Magdalena Tagliaferro. Há registros de suas passagens pela Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Itália, Portugal, Suíça e até Ásia.
Foto Reprodução / Internet
7. Lídia Besouchet
Feminista e militante, Lídia Besouchet foi um dos nomes que ecoaram em Petrópolis em 1935, quando o operário Leonardo Candú, da Fábrica de Tecidos Dona Isabel, foi morto durante uma passeata. Membro da Aliança Nacional Libertadora, Lídia discursou e prestou apoio à família de Candú, cuja morte mobilizou, somente na cidade, 15 mil trabalhadores. Anos mais tarde, ela se tornaria uma das três biógrafas de D. Pedro II.
Foto extraída do site governo do Espírito Santo
8. Djanira
Nem mesmo a paulista Djanira, considerada a única artista brasileira a ter uma obra exposta no Museu do Vaticano, resistiu aos encantos de Petrópolis. Isso porque a pintora escolheu a cidade para morar durante um tempo e acabou se tornando petropolitana de coração. Sua maior tela, por exemplo, doada ao Liceu Municipal Carolino Ambrósio, retrata, em seus 12 metros de comprimento e 3,5 metros de altura, a cidade na década de 50.
Foto Reprodução / Internet
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