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Setembro Amarelo: psicóloga orienta sobre como identificar os sinais para prevenir o suicídio

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Setembro Amarelo: psicóloga orienta sobre como identificar os sinais para prevenir o suicídio

A psicóloga de Petrópolis, Flávia Gonzalez, destaca alguns comportamentos que merecem ser observados com mais atenção e como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio.

O suicídio é um fenômeno complexo, com inúmeras explicações, e que pode afetar pessoas de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais, identidades de gênero, etc. Mas o mais importante é que o suicídio pode ser prevenido. E para isso, precisamos aprender a reconhecer os sinais de alerta. Os sintomas nem sempre são visíveis e muitas vezes são silenciosos, mas há alguns sinais, que não devem ser considerados isoladamente, para prestar atenção.

Foto Reprodução Internet / ISTOCK

Com base nas orientações oferecidas pelo Ministério da Saúde, os principais sinais e sintomas são:

1 – O surgimento ou piora de problemas comportamentais ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas: ou seja, se a pessoa já tinha comportamento ou fala autodestrutivos, ela passa a fazer isso de forma mais frequente. Não devemos interpretar essas manifestações como ameaças, nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.

2 – Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança: a pessoa sob risco de suicídio costuma falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, declara se sentir sem esperanças, culpada, com falta de autoestima e com uma visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou qualquer outro meio de expressão, como desenhos e poemas. A falta de expectativas e de planos para a vida talvez seja um dos sinais que possam ser identificados mais facilmente em pessoas com tendência ao suicídio. Elas se entregam a uma nostalgia profunda, que apaga todas as perspectivas.

3 – Expressão de ideias ou de intenções suicidas. Tais como:

“Vou desaparecer.”

“Vou deixar vocês em paz.”

“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”

“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”

4 – Isolamento: a pessoa com pensamentos suicidas pode se afastar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechada em seu quarto, reduzindo ou cancelando atividades sociais. Aqui é preciso pontuar que a pessoa deixa de realizar trocas que antes ela gostava de fazer.  O isolamento pode ser uma consequência da tristeza excessiva e contínua. O principal alerta é em relação às pessoas que rompem contatos e se trancam dentro do seu mundo, sozinhas, sem querer ninguém por perto e isso é preocupante, pois sufoca as emoções e expectativas humanas, essenciais para a vida em sociedade.

5 – Outros fatores: vivência de um trauma muito profundo, exposição a uma mudança brusca na vida (como perder o emprego), sofrimento de alguma violência, etc.

Psicóloga de Petrópolis dá orientações para prevenir o suicídio

Para além desses cinco fatores apontados pelo Ministério da Saúde, a psicóloga Flávia Gonzalez Ferreira destaca alguns comportamentos que merecem ser observados com mais atenção, são eles: mudança brusca na forma de se vestir, alterações no sono e no apetite, atitudes de despedida (cartas e postagens nas redes sociais), resolução de pendências (principalmente ligadas a dinheiro/dívidas/contas), comportamento agressivo e irritabilidade.

1. Uma vez que já sabemos a quais sinais e sintomas devemos estar atentos, temos que saber como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio.

2. É importante encontrar um momento e um lugar apropriado para falar sobre suicídio com essa pessoa, de preferência de forma privada. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, com a mente aberta, e ofereça seu apoio. Ou seja, não julgue e não ofereça soluções para os problemas. Isso pode dar a entender que os problemas da pessoa não são sérios, fazendo com que ela se feche mais ainda.

3. Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de saúde, emergências ou o apoio de algum serviço público. Muitas vezes a pessoa não tem forças para marcar a consulta ou mesmo comparecer. Portanto, se ofereça para acompanhá-la.

4. Agora, se a pessoa estiver em perigo imediato, não a deixe sozinha e procure ajuda imediata dos serviços de emergência.

6. Mesmo depois que a pessoa for atendida, mantenha o contato para acompanhar como ela está vivenciando esse momento e como foram os atendimentos. É possível que ela estabeleça um vínculo de confiança com a pessoa que a ajudou, e isso é ótimo.

Veja também:

Esse post foi feito em colaboração com a Psicóloga Flávia Gonzalez Ferreira
Psicóloga Flávia Gonzalez Ferreira no instagram
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