Petropolitanos que se aventuraram em motorhomes dividem experiências e afirmam: “é incrível”

É inegável: a pandemia fez aumentar – e muito – o interesse por viagens em casas sobre rodas, e não é que a modalidade caiu também no gosto dos petropolitanos? De uma viagem entre casais pela Flórida a uma aventura vivida por um quarteto de amigos petropolitanos pela América do Sul, os viajantes dividem a mesma opinião: a experiência de poder viajar e, ao mesmo tempo, se sentir em casa, é, simplesmente, incomparável.

No caso do videomaker Breno Madeira, a primeira vivência em um motorhome se deu este ano na Flórida a trabalho e a convite da corporação Visit Florida. Acompanhado da esposa e de um casal de amigos, ele e o grupo embarcaram juntos na viagem e, de imediato, se surpreenderam com a amplitude da casa sobre rodas e com o conforto oferecido pelo veículo que contava com duas camas, cozinha completa, despensa e banheiro com chuveiro.

Fotos: @maladeaventuras

A princípio receosos com as proporções do veículo, Breno explica que a adaptação em dirigir o carro foi rápida. Utilizando-se do motorhome para visitar nascentes, praias e outras reservas naturais que, além de belas fotos, rendem também momentos especiais, ele explica que o roteiro incluiu ainda uma visita à cidade de Saint Augustine e paradas nos famosos campings – locais em que costuma se estacionar e passar a noite com infraestrutura.

“Normalmente você fica em camping pra ter a estrutura de esgoto, água e luz. Assim que você estaciona já tem que plugar as coisas, tirar o esgoto e abastecer de água que vai usando no meio do caminho. É sempre importante ficar numa estrutura de reabastecimento. A gente dormiu um dia num estacionamento do Walmart. É uma opção, mas que não atende por um longo período”, pontua o petropolitano.

Formato de viagem muito adotado pelos americanos, Breno relata que a região da Flórida costuma ser um destino procurado por quem reside no Norte e, principalmente nos meses de mais frio, se desloca com suas casas sobre rodas para aproveitar o clima da referida cidade no estado do sudeste. “Por causa disso a estrutura lá é muito boa, mas tem que reservar com antecedência por ser um local disputado”, frisa.

Fotos: @maladeaventuras

Colocando na ponta do lápis, o viajante indica que, para viajar de motorhome, além do aluguel, seguro e gasolina do veículo, existe também o gasto com os campings. Pode não ser tão mais em conta do que uma hospedagem em hotel, mas a experiência compensa. “A gente achou super maneiro porque é a sua casa que vai até os lugares. Teve um dia que a gente tomou café da manhã de cara pro nascer do Sol. É poder parar em qualquer lugar com a sua casa”.

Em breve, o relato da viagem vai ser publicado em detalhes no portal do qual a esposa de Breno, Nanda, é fundadora junto da amiga de longa data, Gaia, o Mala de Aventuras. Para ficar de olho, clica aqui.

Quatro amigos, uma Kombi e um sonho

Também partindo de Petrópolis, quem recentemente se envolveu numa experiência memorável na estrada foi o petropolitano Bruno Areias. Comerciante, ele e outros amigos adquiriram uma Kombi para realizar viagens curtas em cidades próximas ao município. A princípio o grupo pescava nas redondezas e frequentava praias, mas depois de se deslocar até Aparecida do Norte e Goiás, as ambições aumentaram e os sonhos ganharam outras proporções.

Foto: Divulgação/Bruno Areias

Depois de alguns meses, quatro dos amigos que detém o veículo embarcaram numa viagem pela América do Sul com destino à Argentina, Paraguai e Uruguai. Com somente 15 dias disponíveis, já que se tratava do período de férias do quarteto, eles se empenharam para aproveitar ao máximo a oportunidade. As paradas foram poucas, ainda no Brasil a caixa de marcha do carro precisou ser trocada, muitos banhos foram gelados, mas a experiência valeu a pena.

Em duas semanas, além das cidades brasileiras como Balneário Camboriú, Foz do Iguaçu e Londrina, os amigos visitaram Punta del Este, Montevidéu, Colônia do Sacramento, Buenos Aires, Santa Fé e Assunção. “A gente viver num motorhome é assim: qualquer lugar que a gente está, a gente está em casa, e isso é incrível. Quando a gente queria passear, acelerava. Chegava à noite era só encostar pra dormir”, relata o viajante.

Foto: Divulgação/Bruno Areias

Bruno explica que, no Brasil, o grupo normalmente cozinhava no veículo, montava uma infraestrutura de lazer na área externa do carro e tomava banho nos postos de gasolina com água quente – às vezes, sem custo. Fora do país, a dinâmica era outra. As refeições costumavam ser feitas no comércio local e o banho, por sua vez, envolvia o abastecimento d’água do próprio veículo – desta vez com água gelada.

Indescritível, o petropolitano descreve a experiência de embarcar numa viagem dentro de uma casa sobre rodas algo a se fazer pelo menos uma vida. Essa foi a primeira rota trilhada, mas ele garante que outras estão por vir. “Até chegar ao destino final existe uma história tão grande. São tantas coisas que eu vi até chegar lá que não dá pra explicar. A gente tira foto, faz vídeo, mas é só 10% do que a gente vê com os próprios olhos”.

As viagens futuras do grupo de amigos poderão ser acompanhadas pela página @kombi_berenicerj

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