Sala de Descompressão e Espaço TEA promovem acolhimento e inclusão no Rock The Mountain
Iniciativa é idealizada pela psicóloga Karolayne Medeiros, especializada em atendimentos a pacientes atípicos
O Rock The Mountain, conhecido por unir música, natureza e sustentabilidade, dá mais um passo importante em direção à inclusão. Nesta edição, o festival volta a contar com dois espaços especiais que fizeram sucesso no ano passado: a Sala de Descompressão e o Espaço TEA, voltados ao acolhimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ansiedade ou outras sensibilidades.

Fotos: divulgação
Iniciativa
A iniciativa é idealizada pela psicóloga Karolayne Medeiros, fundadora do Espaço Katarse — clínica especializada em atendimentos a pacientes atípicos —, em parceria com a Diretoria de Responsabilidade Social do RTM, liderada por Manuela Coelho.
“O Rock The Mountain sempre me chamou atenção pelo cuidado com a acessibilidade. Eu quis ampliar esse olhar, levando também a inclusão de pessoas com TEA. Propus o projeto para que o festival se tornasse um espaço ainda mais acolhedor, tanto para quem está dentro do espectro, quanto para o público em geral, que muitas vezes não conhece o autismo”, explica Karolayne.
Ambientes para acolher e conscientizar
Os dois espaços têm objetivos complementares. A Sala de Descompressão oferece um ambiente seguro e tranquilo, pensado para pessoas com TEA, crises de ansiedade ou desregulação emocional e sensorial. Já o Espaço TEA atua na orientação do público sobre o autismo, promovendo empatia e reduzindo o capacitismo.
“Queremos mostrar que é possível unir cultura, diversão e inclusão. Esses espaços ampliam o debate sobre acessibilidade e respeito à diversidade dentro dos grandes eventos culturais”, destaca a psicóloga.
O atendimento é realizado por profissionais de Psicologia e Terapia Ocupacional, preparados para oferecer suporte emocional e sensorial. Neste ano, o espaço ganhou uma estrutura ainda mais completa, com recursos e materiais fornecidos pela Benu Eventos, garantindo conforto, segurança e bem-estar.

Fotos: divulgação
Acolhimento que transforma
A receptividade do público na edição anterior foi emocionante. Segundo Karolayne, famílias e pessoas com TEA acolheram o projeto com muito carinho.
“Recebemos inúmeros relatos positivos. Muitas pessoas agradeceram e compartilharam suas histórias, transformando o momento em uma troca profunda de afeto e conscientização. Foi uma experiência que reforçou o quanto iniciativas como essa fazem diferença”, conta.
Durante o festival, os dois espaços estarão abertos a todos que sentirem necessidade, sem necessidade de inscrição prévia. Basta consultar o mapa do evento para localizá-los e buscar apoio.
Inclusão começa com empatia
Karolayne também reforça que o público pode contribuir para um festival mais inclusivo com gestos simples de respeito e empatia.
“Ser paciente, respeitar as filas, dar prioridade a quem utiliza os cordões de acesso especial e evitar atitudes capacitistas já faz uma grande diferença. Informação e empatia transformam qualquer ambiente”, afirma.
Além disso, o Rock The Mountain conta com a estrutura do Espaço PCD, voltado exclusivamente para quem realmente precisa. A equipe pede atenção e respeito, para que o espaço cumpra sua função de acolhimento e acessibilidade.
Para Karolayne, o principal legado desses espaços é despertar uma nova forma de enxergar a inclusão.
“Quero que o público saia do festival com a certeza de que inclusão é possível e necessária. Que cada pessoa entenda que respeitar as diferenças e acolher quem precisa de um momento de pausa faz do festival um lugar mais humano e acolhedor. Diversão e acessibilidade podem caminhar juntas”.
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