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Petropolitana que venceu o câncer de mama alerta para a importância do diagnóstico precoce

Saúde

Petropolitana que venceu o câncer de mama alerta para a importância do diagnóstico precoce

[Outubro Rosa] Eliane Isidoro foi diagnosticada no final de 2017 e, em outubro de 2018 já estava curada. Conheça a história da ‘vitoriosa’

Neste domingo (26), a Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos (APPO) realiza a tradicional caminhada do Outubro Rosa, campanha que acontece durante todo este mês, com o intuito de conscientizar sobre o câncer de mama, considerado o mais mortal entre as mulheres no Brasil. Apesar disto, com o diagnóstico precoce, as chances de cura podem chegar a 90%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). E foi isto o que aconteceu com a petropolitana Eliane Isidoro, que descobriu a doença no final de 2017 e, em outubro de 2018, venceu o câncer.

Fotos: Arquivo Pessoal

Na época, quando tinha 47 anos, Eliane notou um caroço em um dos seios mas, a princípio, considerou que era apenas uma picada de inseto. Por sorte, ela já estava com alguns exames de rotina marcado e, quando os fez, eles apontaram um tumor benigno. A paciente foi então encaminhada para o Hospital Alcides Carneiro para fazer a retirada e lá, descobriram que, na verdade, Eliane estava com um tumor maligno.

“Em nenhum momento tinha passado pela minha cabeça que seria um câncer. Quando a doutora me passou o diagnóstico, tive que receber a notícia com um sorriso no rosto. Minha mãe, que já faleceu, mas na época tinha 72 anos, estava ao meu lado e eu não queria que ela entrasse em desespero. Enquanto a médica me explicava como seria o tratamento, eu não conseguia prestar atenção em nada, só conseguia pensar que iria morrer”, declara.

Eliane conta que suas principais preocupações eram como o marido cuidaria da filha pequena e da mais velha, que havia entrado em depressão após a notícia do câncer. “Sentia uma angústia muito forte, mas não queria passar isso pra ninguém. Por fora, eles me viam sorrindo, mas por dentro eu estava destruída”.

Foto: Arquivo Pessoal

Importância do acompanhamento psicológico e diagnóstico precoce

A petropolitana reforça que, nesses casos, o acompanhamento psicológico é essencial e pode salvar vidas tanto quanto o tratamento oncológico. “Se não fosse pela terapia com o psicólogo, o câncer poderia até não me matar, mas a minha tristeza ia”, afirma.

Para Eliane, o momento mais desafiador de todo o processo é a quimioterapia. “De um mês para o outro, perdi muitos quilos. Nada que eu comia parava no estômago. Foi muito difícil. Mas em nenhum momento questionei Deus, acreditava que passaria por tudo aquilo e conseguiria me livrar da doença. O apoio da minha família, dos meus amigos e da APPO, que me acolheu e me acolhe até hoje, também foram essenciais”.

Além disto, a vitoriosa ressalta que o diagnóstico precoce foi ideal para que corresse tudo bem. “Notei o caroço e descobri o câncer no final de 2017, logo já comecei o tratamento e, em outubro de 2018 fiz a cirurgia para a retirada do tumor, sem retirar a mama. Depois disso, foi só a radioterapia e hoje continuo fazendo o acompanhamento na APPO”, explica.

A pesquisa “Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025”, publicada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no início deste mês, aponta que, em 2023, foram contabilizadas mais de 20 mil mortes pela doença no Brasil. Mas, que de de 2020 a 2023 houve redução da mortalidade entre mulheres na faixa dos 40 aos 49 anos. O principal motivo foi a diminuição no tempo entre o diagnóstico e o primeiro tratamento do câncer de mama.

Fotos: Arquivo Pessoal

Exemplo de superação

Apesar de todas as dificuldades vividas por Eliane, o câncer mudou, e muito, a sua forma de viver. “Hoje eu procuro viver um dia de cada vez. Antes eu era muito agitada, mas a doença me fez parar e refletir sobre a minha vida. Além disso, hoje posso ajuda as pessoas que estão recebendo o diagnóstico e mostrar que vai dar tudo certo. Por mais que o câncer seja forte, nós somos mais fortes ainda e é possível vencer a doença, só não podemos perder a fé”, ressalta.

Em 2023, inclusive, Eliane foi a homenageada da campanha do Outubro Rosa em Petrópolis. Sua irmã, Renata Isidoro, compôs a canção tema daquele ano junto com ela. “Foi muito forte o processo de escrever a música. Minha irmã descobriu coisas que ela nem fazia ideia, por exemplo, que eu chorava muito escondida. Mas foi muito legal e fiquei muito feliz com a homenagem”.

Confira a música:

“Agradeço muito à APPO por essa homenagem e acolhimento, falo sempre que tenho duas casas, a minha e a APPO. Toda segunda estou lá no cafezinho das vitoriosas, celebrando a nossa saúde. Agora, quando chega outubro eu falo que é o meu mês. É muito bom saber que passei por tudo isso, mas que agora acabou, passei, página virada. Olho pra trás e vejo que eu venci o câncer, sou uma vitoriosa. E para todas as mulheres que estão passando por isso, não percam a fé. Deus vai dar força. Eu venci o câncer, o câncer não me venceu”, finaliza.

Foto: Arquivo Pessoal

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