Escritora de Petrópolis é finalista do maior prêmio da literatura nacional
Helena Cunha, ex-moradora de Petrópolis, foi indicada ao Prêmio Jabuti na categoria de histórias em quadrinhos com seu livro “Não sou Orlando”
Considerada a maior premiação da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti divulgou os finalistas da sua 67ª edição na última semana. E uma petropolitana de coração está entre os nomes indicados, a quadrinista Helena Cunha, autora de “Não sou Orlando”, finalista da categoria de histórias em quadrinhos.
Fotos: Arquivo Pessoal
A obra, lançada de forma independente, é inspirada em “Orlando”, da Virginia Woolf, e traz memórias da adolescência de Helena, de sua descoberta enquanto lésbica e de um amigo que a acompanhou em toda essa jornada.
“Ainda estou um pouco aérea com a notícia, era uma coisa que eu queria muito mas evitava pensar no assunto para a ansiedade não tomar conta. Até agora eu volto no site do prêmio pra ter certeza de que meu nome continua lá”, brinca a artista.
Fotos: Reprodução
O livro de Helena concorre ao prêmio junto com “Mais uma história para o velho Smith”, de Orlandeli (Editora Gambatte); “Pigmento”, de Aline Zouvi (Editora Quadrinhos na Cia); “Quando nasce a autoestima?”, de Jefferson Costa e Regiane Braz (Editora Orí); e “Superpunk”, de Guilherme Petreca e Mirtes Santana (Editora Pipoca & Nanquim).
“Chegar na semifinal já foi uma felicidade enorme, mas ver meu livro entre os cinco finalistas e poder participar da cerimônia é uma sensação surreal, definitivamente é a realização de um sonho. Fazer isso com um livro independente e tão pessoal é uma coisa de que me orgulho muito. Agora, independentemente do resultado, é só alegria”, comenta.
Primeira remessa de “Boa Sorte”. Fotos: Arquivo Pessoal
Escritora acumula milhares de leitores
Helena nasceu em Três Rios, mas viveu em Petrópolis dos 8 aos 18 anos, e hoje mora em São Paulo. Seus pais continuam por aqui e, por isso, ela visita com frequência a cidade. Formada em cinema, foi fora das telas e dentro das páginas onde a petropolitana encontrou o seu lugar.
Com 36 anos de idade, a ilustradora já acumula em seu currículo quatro histórias publicadas, “Boa Sorte”, “Normal”, “Não sou Orlando” e “Você precisa saber de mim”. Só no site da Amazon, as obras já contam com mais de 3,5 mil avaliações dos leitores.
“Acho que os leitores se apegaram aos meus personagens. Eu gosto de escrever sobre pessoas. Pessoas imperfeitas encontrando outras pessoas imperfeitas e tentando enfrentar a vida. De modo geral, trato de temas que são comuns a todos nós: amadurecimento, medo de não ser aceito, a dificuldade para se encontrar e as relações que vamos formando no caminho”, explica.
Fotos: Reprodução
Como assistir ao prêmio?
O Prêmio Jabuti é promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e conta com 23 categorias em 2025, com cinco finalistas cada, distribuídas nos eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, incluindo o título de Livro do Ano.
Os vencedores de cada uma delas serão anunciados no dia 27 de outubro, em uma cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que será exclusiva para convidados, mas terá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da CBL. Os vencedores receberão a estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil.
Foto: Reprodução
Saiba mais sobre Helena em nossa entrevista: Conheça a quadrinista petropolitana lida por milhares de pessoas em todo o Brasil ou no Instagram @helenacunhas.
Veja também:
