Entrevista: petropolitana campeã do MasterChef revela como está sua vida um mês após a final
Nascida na Rua Teresa e apaixonada por Petrópolis, Daniela agora pretende abrir seu próprio restaurante, o Dona Dandi
No início de setembro, a petropolitana Daniela Dantas se consagrou como a vencedora da 12ª temporada do MasterChef Brasil. A advogada conquistou diversos prêmios, dentre eles, R$ 500 mil e um curso de gastronomia na Le Cordon Bleu, que a permitirá realizar seu grande sonho, montar seu restaurante, o Dona Dandi.
Fotos: Reprodução Instagrama
Durante sua trajetória no programa, a petropolitana alcançou quatro pins de destaque positivo e foi abraçada pelo público, sendo a participante mais seguida da temporada, com mais de 240 mil seguidores no Instagram @danielacostadantas.
Em entrevista à Sou Petrópolis, ela contou como está sua vida um mês após vencer o programa e quais seus próximos passos na gastronomia. Confira:
Fotos: Reprodução Instagram
Primeiro, poderia me contar sobre a sua ligação com Petrópolis? Você nasceu aqui, mas se mudou na infância, certo? Quais suas principais recordações? Ainda costuma vir à cidade?
D.D: Eu nasci no mesmo dia de D.Pedro II, dois de dezembro, no ano de 1975. Minha família morava na Rua Teresa, onde nasci e vivi até os seis anos de idade, quando precisamos nos mudar para o Rio de Janeiro. Aprendi a nadar no Clube Petropolitano, onde minha mãe dava aulas de natação.
Com meu avô Chico, Francisco de Freitas Costa, estava sempre na Praça da Liberdade, seja para comer pipoca, andar de charrete ou apenas para olhar o chafariz, que sempre me encantou.
Ir ao D’Angelo, meu lugar favorito – da infância e ainda hoje – para lanchar e comer caramelos, é uma lembrança marcante. Sempre que posso vou à Petrópolis com meu marido. Amo passear entre as flores do Orquidário Binot e descobrir novos restaurantes. Petrópolis está em mim e sempre me emociono a cada chegada.
De onde veio esse interesse pela gastronomia e como surgiu a ideia de participar do programa?
D.D: Aprendi a cozinhar com minha avó paterna, D. Lourdes Marchiori, também nascida em Petrópolis (Secretário) e herdei certamente o dom e a intimidade com as panelas. Participar do programa surgiu como um desafio pessoal. Queria testar minha cozinha, queria viver uma nova experiência de vida fazendo algo que é muito prazeroso pra mim, cozinhar.
Quais eram as suas intenções ao entrar no Masterchef? E como você se sentiu ao sair vitoriosa do programa?
D.D: Entrei para me desafiar, me testar mesmo, mas querendo muito levar o troféu. Ao ganhar o primeiro pin da temporada, uma grande convicção tomou conta do meu coração e sair com o troféu era minha única opção.
Em nenhum momento pensei diferente, e nem mesmo cogitei a possibilidade de não chegar na final. Minha vibração era 110% pela vitória e, quando ela veio, senti uma enorme gratidão pela vida. Quando ouvi meu nome, pensei: Obrigada meu Deus por me permitir viver isso, tudo valeu a pena!
Agora, com a vitória, você pretende deixar de lado o trabalho como advogada para focar na gastronomia? O Dona Dandi vai sair do papel?
D.D: O Direito faz parte de mim, estruturei meu escritório e meu trabalho para continuar atuando, mas com algumas modificações. Hoje, os Tribunais do país estão 100% informatizados, o que permite aos operadores do direito trabalhar de qualquer lugar do país.
A restrição agora é somente quanto ao meu atendimento pessoal, pois nesses próximos doze meses vou cursar a maior escola de Gastronomia do mundo, a Le Cordon Bleu, em São Paulo, porque acredito que o Dona Dandi precisa dessa estrutura técnica para sair dos meus sonhos e se tornar um sucesso perene.
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Quais foram as provas mais memoráveis para você e qual foi a mais desafiadora? Você teve medo de sair do programa em algum momento?
D.D: Minha jornada teve muitos momentos memoráveis; a primeira prova, que fiz a Pera ao Vinho, depois a reprodução do prato icônico do Chef Fogaça (Copa Lombo com farofa de pão e demi glace), que me deu o terceiro Pin (fiz sem poder provar, pois essa vantagem me foi retirada por outro participante), o prato que me deu a primeira vaga na final (erva doce em molho ácido com cavaquinha, espuma picante e caviar de ervas) e, o menu da final, que batizei de “Muitas Águas”.
De verdade, não tive medo de sair, mas no pior momento da temporada pra mim, a prova do sushi vegano, pedi a Deus que me abençoasse com um milagre e Ele me atendeu.
Essa temporada foi um sucesso, muito por conta do alto nível dos participantes e pelos enredos, em sua maioria, protagonizados por você, como a rivalidade com a “panelinha”. Como você se sentiu ao ver a repercussão que o programa estava tendo? Você tinha noção, lá dentro, de que seria a protagonista?
D.D: O carinho do público me emocionou e me surpreendeu. De fato, não imaginava que as pessoas iriam se identificar tanto com minha personalidade e maneira de agir, tampouco, durante as gravações imaginava, minimamente, que pudesse protagonizar algo. Eu só queria cozinhar bem, dar o meu melhor nas provas, chegar na final e levar o título.
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