Petrópolis recebe 100 mil pessoas durante Festival Bossa & Sabores
Atendendo a pedidos dos artistas e do público, evento volta a acontecer em 2026 em dois finais de semana
Cerca de 100 mil pessoas participaram do Festival Bossa & Sabores durante três dias, na Av. Tiradentes. A programação embalou a Catedral São Pedro de Alcântara com os sons da Bossa Nova e os aromas dos grandes pratos da gastronomia carioca, que subiram a serra trazidos pelo Comer & Beber Experience da VEJA Rio. Foi a estreia de um evento que já anunciou sua expansão para dois finais de semana, em 2026, tamanho o sucesso alcançado nesta primeira edição.
Foto: Mariana Rocha
Geração de emprego
Foram gerados 1.200 empregos diretos e indiretos, com 19 mil atendimentos nos restaurantes e bares. O grande campeão de vendas do festival foi o Rancho Português, que conquistou a todos com os seus bolinhos de bacalhau, arroz de pato, bacalhau à Brás e outros quitutes. O setor hoteleiro também registrou números significativos com 80% de ocupação durante o fim de semana, segundo dados da Turispetro.
Presente na abertura do festival, o governador do Estado, Claudio Castro, empolgado, afirmou que “Petrópolis é uma cidade maravilhosa, símbolo da boa gastronomia além das belezas naturais e históricas que possui e esse evento lotado mostra que, quando o poder público apoia, a chance de bombar é enorme!”. O secretário Bernardo Rossi, destacou que, “eventos como este, a cidade precisa, merece e pede. Fico honrado em ter feito parte da construção desse projeto, sabemos a importância do turismo para geração de empregos. Petrópolis possui vocação para a gastronomia e para a música, considerando-se os tantos artistas que já se inspiraram aqui para compor sucessos incríveis”.
Foto: Mariana Rocha
Evento volta a Petrópolis
O Grupo Abril está completando 75 anos em 2025 e trazer o Comer & Beber da VEJA Rio para o Festival Bossa & Sabores é uma ação que valoriza a cultura e a gastronomia, proporcionando “a vinda de chefs renomados, para a celebração da excelência e da criatividade dos vários estilos gastronômicos em Petrópolis” – afirmou o CEO Maurício Lima.
Ao fazer o anúncio de que, no próximo ano, “atendendo a pedidos dos artistas e do público, teremos o Bossa em dois finais de semana”, o maestro Leonardo Randolfo, diretor Artístico do festival, responsável por toda a organização local do evento, comemorou: “Petrópolis respira arte, a população gosta, prestigia e nesta cidade por natureza linda, fica fácil produzir um belo evento como este. Dá trabalho pensar e executar, mas com amor e carinho tudo dá certo”.
Ao festejar o êxito do evento, o prefeito Hingo Hammes parabenizou os organizadores, destacou a escolha do local emblemático do festival, afirmando que “veio para ficar esse grande momento de lazer, que envolve turismo, cultura e boa comida, com entrada franca, é tudo de bom para a cidade”.
Já o presidente do Instituto Municipal de Cultura, Adenilson Honorato, entusiasmado com o sucesso falou do “resultado incrível, quando constatamos o quanto moveu a economia reunindo as famílias que tanto se divertiram. Vimos como a boa música, a boa culinária, a boa arte são importantes para alavancar isso”. O patrocínio é da SETUR, Governo do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Prefeitura de Petrópolis, Catedral São Pedro de Alcântara, InterTv, Schultz e Águas do Imperador. O Bossa & Sabores também abriu espaço para os artesãos locais e ainda destinou uma parte da renda do evento para as obras sociais da paróquia da Catedral.
Paula Prandini, chef do Empório Jardim que integra o time premiado, considerou que “o festival deu super certo! Vendi acima do esperado, foi um resultado excelente. Repusemos as mercadorias e, mesmo assim, o nosso bolo de chocolate com ouro por cima acabou às três da tarde. Tivemos um público família, de pessoas bastante receptivas que queriam saber até dos ingredientes e voltavam para elogiar e agradecer”.
Entre os frequentadores do Bossa & Sabores havia famílias inteiras, várias com seus pets, e grande parte curtiu a programação durante os três dias. Sandra Madeira, 60 anos, empresária, moradora da cidade, voltou no dia seguinte com amigos e familiares: “estou adorando a oportunidade de um evento tão bonito, ótima programação e estrutura, com músicos que só conseguíamos ver no Rio ou em outras cidades. A gastronomia trouxe coisas novas, provei o arroz de rabada e o bolinho de arroz do Bar do Momo, uma delícia!” – ressaltou.
Foto: Mariana Rocha
Artistas comemoram
Roberto Menescal, um dos pais da Bossa Nova que fez o show com a jovem Analu Sampaio, dona de uma interpretação personalíssima, faz um constante trabalho de renovação do gênero. Considerou a receptividade do público excelente e a cantora disse que “a galera estava muito animada”. Com seu característico bom humor, Menescal relatou : “Fizemos um trabalho bacana lá atrás, foi muito bom, mas estou querendo coisas novas, como tocar com essa maravilha de menina, que conheço desde pequena e não troco por ninguém. Quero levá-la ao Japão, onde a Bossa Nova é muito difundida”.
Para a cantora, “é uma grande honra dividir o palco e a vida com ele, já que somos muito amigos; a gente brinca que 70 anos nos separam mas a música nos une. A música brasileira é bastante rica e a bossa nova traz uma história e uma questão melódica que me atrai e me ensina sempre, tem muita musicalidade, jazz e samba. É um gênero musical extremamente importante e é o que eu mais gosto”.
Foto: Mariana Rocha
Toquinho achou “maravilhoso fazer parte de um festival com as pessoas presentes, de uma forma solidária e espontânea, dessa forma tão popular, plateia cheia de gente cantando junto musica brasileira. É um boomerang amoroso sempre, vai e volta pra gente, emociona, massageia o ego, é o que tem de melhor!”
E Camilla Faustino, outra cantora da nova geração da bossa que o público aprovou cantando com o ele, disse: “foi uma delícia ver as pessoas descontraídas e dispostas a se divertir, a se jogar com a gente, foi bem gostoso e proveitoso”.
Theo Bial ressaltou que “é muito importante iniciativas como esta de valorizar a Bossa Nova, patrimônio do Brasil, símbolo do país para o mundo. Um festival que reúne a boa gastronomia com a Bossa Nova, com um clima ótimo, som bom, público maravilhoso, todo mundo cantando as músicas, esperando para ouvir e trocar. A emoção foi grande”.
Foto: Mariana Rocha
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