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Conheça Juan Carius, petropolitano que participou da 11ª temporada do MasterChef Brasil

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Conheça Juan Carius, petropolitano que participou da 11ª temporada do MasterChef Brasil

Em entrevista à Sou Petrópolis, o biólogo e nutricionista de 27 anos contou sobre sua participação no programa e próximos passos na carreira

A 11ª temporada do MasterChef Brasil chegou ao fim neste mês de novembro. E durante grande parte da competição, um petropolitano esteve representando a cidade no principal reality show de culinária do país, o participante Juan Carius.

Foto: Divulgação

O biólogo e nutricionista de 27 anos foi eliminado no 9° episódio, após não conseguir finalizar um dos pratos na prova principal e não ter ido bem na prova de eliminação. Apesar disto, sua personalidade e desenvoltura na cozinha chamaram a atenção dos jurados, dos participantes e do público.

Em entrevista à Sou Petrópolis, Juan comentou sobre sua participação, desafios, amizades e próximos passos na carreira. Confira!

De onde surgiu o seu interesse pela gastronomia e como decidiu participar do programa?

J.C: Eu me apaixonei pela gastronomia ainda criança. Depois da minha irmã me ensinar a cozinhar o básico, eu comecei a explorar mais sobre o universo gastronômico que eu via nos filmes e revistas.

Quando fiz 18 anos, me interessei em entrar para o MasterChef, porém eu fiquei sem ideia para gravar o vídeo de inscrição e acabei perdendo o time. Em 2021, voltei com essa vontade de entrar na cozinha mais famosa do Brasil

Foto: Divulgação

Quais eram as suas intenções ao participar do Masterchef? Pretende continuar trabalhando com gastronomia?

J.C: Devido aos impactos climáticos da monocultura, resolvi mostrar uma culinária fora da caixinha, que fosse sustentável, saudável e que despertasse a atenção do público com ingredientes exóticos.

Pretendo cada vez mais estudar, me aperfeiçoar e influenciar as pessoas à irem para a cozinha, pois só assim conseguiremos unir sustentabilidade e saúde em um só lugar. Quanto mais cozinhamos, mais sabemos oque estamos de fato comendo.

Foto: Divulgação

Durante o reality, muitos dos pratos que você fez tinham elementos exóticos, como o ceviche de grilos na sua primeira tentativa de entrar no programa. Você acha que a sua formação como biólogo te ajudou nisso? Teve medo de se arriscar em algum momento?

J.C: Minha formação como biólogo e nutricionista me abriu um leque absurdo de ingredientes diferentes que temos aos montes no nosso Brasil e de como eu poderia usar isso ao meu favor.

Eu sempre quis trazer algo novo e “estranho” no programa, proteínas que não temos o costume de comer, plantas alimentícias que temos no nosso quintal e nem temos ideia, justamente para mostrar que temos vários alimentos que podemos comer, e sair daquele abuso de exploração dos animais na alimentação e da monocultura, que está tão entranhada na cultura do “fast food”.

Nunca tive medo de me arriscar nas escolhas dos ingredientes, meu medo sempre foi ser eliminado por ter feito algo “comum” como um pavê ou uma esfirra.

Foto: Divulgação

Outro fato curioso é que muitos dos seus pratos tinham influência de filmes e da cultura pop no geral. Você pensava nisso tudo na hora ou já imaginou previamente levar determinados pratos?

J.C: Eu sou uma pessoa apaixonada em arte. Cinema, música e cultura pop estão sempre me dando ideias criativas na criação de receitas. Sempre quis entregar um conceito ou algo que fizesse sentindo na minha história, afinal, eu estava ali para mostrar quem sou eu, e nada melhor do que utilizar os filmes que me influenciaram nesse caminho. A cada prova eu via como poderia utilizar essas referências, como no caso do sarcófago de escargot inspirado no filme da “Festa de Babette”.

Foto: Divulgação

Qual foi a prova mais difícil? Como foi passar pela eliminação e depois tentar a repescagem?

J.C: Com certeza a prova mais difícil pra mim foi a da esfirra, em que fui eliminado, pois eu vim de uma prova de criatividade, onde consegui utilizar três técnicas da gastronomia molecular que se encaixavam, porém não consegui empratar.

Então foi um mix de frustração e incapacidade que me fez ver uma simples esfirra como um super vilão, afinal meu ponto fraco era panificação.

Depois que fui eliminado, eu não passei um dia sem estudar, pensando em várias formas que poderia fazer para voltar na repescagem. Fui com garra total, e resolvi entregar pratos que misturavam a cultura brasileira e francesa. Porém, em uma prova em dupla, não dependeu somente de mim para conseguir voltar.

Foto: Divulgação

Algumas pessoas te interpretaram como o “vilão” da temporada, por fazer comentários ácidos e ser bem competitivo, além da rivalidade com a Larissa. Você já esperava assumir esse papel?

J.C: Não esperava assumir um papel na cozinha, porém estava aberto para que me interpretassem da maneira que quisessem. Fui com garra e intuito de, não só ganhar o programa, mas chamar atenção das pessoas que cozinhar não precisa ser chato.

Nem que pra isso eu precisasse jogar no ao vivo injustiças que vi de alguns competidores, ou de expressar minha sincera opinião sobre algo que eu não gostava, sem nunca ofender ninguém. Mas eu amei ser o “vilão” (risos) e faria tudo de novo se fosse necessário para ganhar o programa.

No caso da Larissa, vi que era uma forte competidora desde a temporada anterior, MasterChef 10, e sabia que ela seria uma rival à altura. O tempo e a convivência nos uniu a ponto de viramos melhores amigos, mas ela sempre será uma excelente rival.

Foto: Divulgação

No geral, como foi a experiência, o que o Masterchef agregou na sua vida e como era a convivência com os outros participantes, principalmente aqueles que se tornaram seus amigos pessoais. Como isso aconteceu?

J.C: O MasterChef foi uma experiência incrível, onde eu tive que batalhar contra o meu próprio eu, conhecendo as minhas forças e fraquezas que eu nunca pensei que teria. Tive o prazer de conviver com pessoas incríveis e aprender muito com elas, além de descobrir que cada um tem um jeito especial de expressar seus sentimentos.

Seja sobre estar lá pelos filhos, para provar que eram capazes de fazer algo extraordinário ou até mesmo por pessoas que nem sabiam porquê estavam lá e descobriram um talento absurdo que as levaram até a semifinal. São pessoas assim que eu vou levar pra vida toda.

Foto: Divulgação

E pra finalizar, quais serão os seus próximos passos?

J.C: Eu nunca deixei de estudar gastronomia nem por um segundo após o final do programa, e pretendo continuar estudando e vendo como unir a gastronomia à vida saudável e sustentável. Vou fazer questão de passar isso para as pessoas de alguma forma fácil e prática, para que todos possam expressar seus amores, felicidades ou raivas, e formar belas obras de arte na cozinha. Cozinhar é uma forma de arte, e todos nós temos um pouquinho de arte dentro da gente, pronta para ser extravasada.

Foto: Divulgação

Os próximos passos de Juan podem ser acompanhados pelo Instagram @cariusjuan.

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