Frio fora de época liga alerta para pessoas e animais em situação de rua
Primeiros dias do ano são marcados pela queda da temperatura e fortes chuvas, agravando ainda mais a situação dessa população
A atípica onda de chuva e frio durante a estação mais quente do ano trouxe à tona a dúvida sobre como ficam as pessoas e animais que vivem em situação de rua na cidade. Normalmente, as medidas como montagem de abrigos e doações de agasalhos começam a ser tomadas pelas autoridades nos meses mais gelados do ano, mas com a queda de temperatura fora de época, cresce a preocupação acerca da situação dos mais necessitados.
Fotos: @fuipra_rua
Medidas da Prefeitura
Questionada pela Sou Petrópolis, a Secretaria de Assistência Social informou que realiza, diariamente, ações junto às pessoas em situação de rua.
Na abordagem, as equipes buscam, principalmente, convencer essa parcela da população a ir para as unidades de abrigamento do município, mesmo que não sejam obrigadas. O poder público ressalta que o trabalho é feito a partir de uma conversa e que quem aceita o convite, passa por atendimento técnico de assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais.
Os abrigos contam com cama, cobertores, alimentação e banho, além de, segundo a Secretaria de Serviço Social, ações para reinserir essas pessoas no mercado de trabalho.
Uma das fundadoras do grupo Crochemigas, que realiza ações para ajudar os mais necessitados, citou, em entrevista à Sou, que os “abrigões”, são a melhor alternativa nessa situação.
“Lá tem toda uma boa estrutura. Bom atendimento, comida e banho quentes, então o incentivo tem que ser pra sair das ruas e ir para o abrigão”, disse Márcia Coelho.
Ações do CDDH continuam
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis (CDDH) também está agindo durante o frio. Assim como em outras partes do ano, a entidade faz o acolhimento das pessoas em situação de rua, além de entregar as roupas doadas para que o poder público distribua. Além disso, o grupo também divide os donativos com outras ONGs, tudo em prol dos mais necessitados.
A cada 15 dias ou em caso de necessidade com menor tempo, o CDDH faz um acolhimento noturno entrando em contato direto com as pessoas em situação de rua para saber de suas condições de atendimento pelas políticas públicas, suas necessidades e como podem ser ajudadas no processo de auxílio que escolhem.
Nesse acolhimento, o CDDH verifica quem são essas pessoas, de onde vem e o que precisam.
Foto: Divulgação
O que dizem os protetores
A protetora de animais Ana Cristina, da ONG AnimaVida, ressaltou a importância da existência de abrigos para animais em situação de rua. Além disso, explicou como é necessário o controle dessa população, que vem crescendo com o passar dos anos.
“Esses animais tem que ter alimentação de qualidade, para que possam suportar essas temperaturas baixas. Aqui onde moro, as pessoas sempre deixam comida para os gatos em situação de rua, o que ajuda bastante. É importante que as comunidades sensibilizem com a situação desses bichinhos, aí ajudem com alimentos e água fresca. Se todo mundo fizer sua parte, não fica pesado pra ninguém. Mas a castração e o controle da natalidade é, de fato, o que resolveria a questão” explicou.
Idealizadas pelo vereador Domingos Galante, as casinhas comunitárias para cães foram iniciativas positivas e que deram resultado nos últimos anos, virando alternativas para que os bichinhos se refugiem do frio intenso.
Foto: Reprodução/ Domingos Galante
Como ajudar
Em meio ao inverno do ano passado, a Sou Petrópolis listou 13 ONGs para que os petropolitanos possam ajudar animais e pessoas em situação de rua. Com o frio fora de época, o trabalho dos projetos sociais continua em todo o município. Confira e saiba como ajudar quem precisa!