Espaço dos Direitos Humanos é inaugurado nesta terça em Petrópolis
Local vai abrigar programas voltados às pessoas desaparecidas, além de vítimas de intolerância religiosa e homofobia
A partir desta terça-feira (14), Petrópolis passou a contar com um Espaço dos Direitos Humanos, que vai funcionar no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Rua Dom Pedro.
Foto: Divulgação Prefeitura de Petrópolis
O local agora abriga também unidades de três programas estaduais da área de assistência social: Núcleo de Atendimentos às Vítimas de Intolerância Religiosa (NAVIR), Núcleo de Atendimento para Familiares de Desaparecidos e Documentação (NAFADD) e o Centro de Cidadania LGBTI-Serrana II (CCLGBTI).
A inauguração do espaço ocorre por meio de uma parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Petrópolis.
“Interiorizar os equipamentos da área de assistência social e direitos humanos é uma prioridade para atender a toda a nossa população”, disse Matheus Quintal, secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
Sobre os programas
O NAFADD oferece o suporte necessário para a busca de desaparecidos e também facilita o acesso à documentação básica aos familiares.
A unidade de Petrópolis será a segunda do tipo no estado. O primeiro NAFADD fica em Japeri, na Baixada Fluminense.
Já o NAVIR oferece atendimento de assistência social, jurídica e psicológica a quem sofre com violações ocasionadas por discriminação, intolerância ou racismo religioso. O programa foi iniciado em fevereiro do ano passado e já conta com quatro núcleos no estado do Rio. A unidade de Petrópolis será a primeira na região serrana.
O programa segue em expansão, na tentativa de frear o aumento dos casos de intolerância religiosa relatados no estado nos últimos anos. No ano passado, durante o ápice da pandemia do Covid-19, os núcleos do NAVIR realizaram 112 atendimentos.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), o estado contabilizou 1.355 crimes no ano de 2020 que podem estar ligados à intolerância religiosa. Entre os delitos estão injúria por preconceito, preconceito de raça, cor, religião, etnia e procedência e ultraje a culto religioso.
O CCLGBTI fará atendimentos à população LGBTQIA+ nas áreas de assistência social e psicológica, além de assessoramento jurídico de casos judicializados. O CCLGBTI é vinculado ao Programa Estadual Rio Sem LGBTIfobia.