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Setembro Amarelo: Hospital Santa Teresa reforça relevância da campanha com palestras e oficinas para os colaboradores

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Setembro Amarelo: Hospital Santa Teresa reforça relevância da campanha com palestras e oficinas para os colaboradores

Os eventos aconteceram entre os dias 20 e 24 de setembro com o objetivo de promover um debate sobre saúde mental

Com foco no bem estar dos colaboradores, o Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, ofereceu ao longo desta semana uma programação especial de atividades para reforçar a relevância dos cuidados com a saúde mental. A iniciativa foi criada em tributo à campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção de suicídios e à conscientização sobre transtornos mentais. De acordo com um levantamento conduzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Público, em 2020, o número de suicídios no país foi de 13 mil, um leve aumento em relação ao ano anterior, e em 96,8% dos casos os fatores causadores incluem transtornos mentais, depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas, o que reforça a importância de ações voltadas ao bem-estar emocional. 

Foto Divulgação PMP

Como parte da iniciativa conduzida pelo hospital, foram distribuídos laços de fita amarela, símbolo da campanha de conscientização, para serem colocados nos crachás dos colaboradores. Além disso, cartazes com frases de estímulo e autocuidado foram fixados nos murais e nas copas de diferentes setores.

A semana de conscientização na instituição também foi marcada pela realização de atividades presenciais e recreativas com os colaboradores, como palestras e oficinas visando ressaltar a importância dos cuidados psicológicos. Os eventos foram concentrados entre os dias 20 e 24 e tiveram como principal objetivo promover o debate sobre o tema e orientar os colaboradores no atendimento de pacientes. “Cuidar faz parte dos nossos valores. Embora este seja um assunto difícil, a pandemia escancarou o problema da depressão. É muito importante falar sobre o tema para que aquele que sofre possa buscar ajuda”, afirmou o Diretor Executivo do HST, o médico Leonardo Menezes, que fez a abertura do evento.

“Este é um tema difícil, mas necessário. Falar sobre o suicídio é o único jeito de desmistificar e difundir o assunto. Ocupar este espaço é uma forma de prevenção. Precisamos quebrar barreiras para evitar que novos casos aconteçam”, comentou a psicóloga do HST Letícia Melo, lembrando que os sentimentos nem sempre estão visíveis. Ela também chamou a atenção para o fato de que situações vistas nas mídias sociais podem se tornar gatilhos e gerar instabilidade emocional. “Por isso a importância de esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e tirar o assunto da invisibilidade. A medida preventiva é a educação”, comentou ela.

Foto Divulgação PMP

Os colaboradores puderam participar de palestras com os mais variados temas. As assistentes sociais do HST Raquel Cabreira e Tamires Ferreira deram orientações sobre atendimento a casos de tentativa de suicídio. “Nosso objetivo é mostrar a importância do acolhimento. Sabemos que o sofrimento é multifatorial e que os sinais podem passar despercebidos. Precisamos estar atentos e disponíveis para ouvir”, declarou Raquel, citando como alguns fatores as doenças mentais, o isolamento, doenças crônicas, uso de álcool e drogas, o sentimento de desesperança, desespero e desamparo e histórico familiar e genético.

Em outra palestra, a psicóloga Aline Ribeiro, do Caps Saúde Mental Nise da Silveira, falou sobre saúde mental do trabalhador. “A pandemia nos deu uma sensação de fragilidade que antes nós não tínhamos e aceitar essa fragilidade é muito difícil. No caso dos profissionais da saúde, pesquisas apontam para um crescimento nos casos de estresse ocupacional. Precisamos cuidar dos sentimentos de exaustão e esgotamento para evitar gerar outros problemas”.

A psicóloga do Caps destacou também que os casos de depressão e ansiedade aumentaram durante a pandemia: “A demanda mudou e aumentou. Temos recebido muitas pessoas com transtornos e de todas as idades. A pandemia sobrecarregou nosso sistema psíquico, somando às questões que todos nós já tínhamos. Precisamos reconhecer a necessidade de ajuda. Achamos que damos conta sozinhos, porque não temos noção da gravidade do sofrimento e, quando percebemos, o quadro já se agravou”, destacou explicando as diferenças entre depressão, ansiedade e Bornout.

 Além das palestras, foram realizadas aulas de yoga, meditação e oficinas de música. Para o diretor executivo do HST, todas essas atividades foram uma forma de conscientizar, mas também de cuidar dos colaboradores. “O Setembro Amarelo é um momento de conscientização em relação à importância da prevenção ao suicídio, mas também uma ótima oportunidade para falarmos e agirmos em prol da saúde mental dos nossos colaboradores e pacientes, pois impacta diretamente no bem-estar e na qualidade de vida de todos”, conclui ele.

Foto Divulgação PMP
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