Connect with us

[Personalidades Petropolitanas] Conheça a história do Amaral: jornaleiro de 70 anos que, há 50 deles, se dedica à banca

Cidade

#PersonalidadesDePetrópolis

[Personalidades Petropolitanas] Conheça a história do Amaral: jornaleiro de 70 anos que, há 50 deles, se dedica à banca

Foi através da dedicação ao trabalho na banca que Amaral garantiu a formação acadêmica e humana das filhas. Uma delas, formada em Medicina! “Para formar foi uma luta”, diz.

Uma história que teve início com seu pai, José Jacinto do Amaral, e que há 50 anos é escrita por ele. Petropolitano, José Carlos do Amaral, de 70 anos, já conheceu – sem ter que sair da banca que leva seu nome – milhares de cantinhos do globo pelas notícias que faz circular e que, pouco a pouco, se tornam parte de quem ele é. Onde, além de bem-informado, o cliente também sai bem-humorado, é sobre o jornaleiro Amaral que a Sou Petrópolis fala em mais uma edição da série de reportagens sobre #PersonalidadesPetropolitanas.

Foto: Henry Kappaun

Antes localizada em frente à Farmácia Brasil, há pelo menos duas décadas a Banca do Amaral fica na ilha entre os lados par e ímpar da Rua do Imperador. E não é apenas sua localização que atrai diferentes polos. Com a oferta de revistas, jornais, quadrinhos, revistas e livros, a banca reúne um público variado que, na busca por conhecimento, leva para casa também a atenção e o carinho de Amaral. No ramo desde os 19 anos, ele explica que o ofício já se tornou parte dele, que tem no contato com o público e com a cultura seu principal estímulo.

“Sempre gostei do lado cultural da coisa. De me sentir bem vendendo cultura, vendendo informação, e também de poder ler. Parece que está no sangue”. Testemunha de transformações no Brasil e no mundo, Amaral também participou de importantes capítulos de Petrópolis, como a época em que a cidade era destino de veraneio de cariocas e renomadas personalidades. “Teve muita gente. O Chico Buarque, naqueles anos, era um cara que frequentava aqui, que circulava. Quantas vezes o Jô Soares comprou Folha de São Paulo comigo!”, recorda.

Filho de um dos primeiros jornaleiros tidos pela cidade, Amaral explica que foi com o pioneiro Caruso – que fez história na antiga Estação Leopoldina, que o pai aprendeu o ofício. Anos mais tarde passada a ele, foi graças à profissão que Amaral construiu a própria família. Casado com a professora aposentada Vera Lúcia Sindorf do Amaral, o petropolitano conta que foi por causa do trabalho na banca que garantiu o sustento, a educação e a formação – acadêmica e humana – das três filhas: seus xodós.

Foto: Divulgação

“Minha família sempre ajudou no desenvolvimento da banca. Eu tenho uma filha médica. Para formar foi uma luta. Tudo com o trabalho da banca. Na época pegávamos eu e minha esposa firme. E também tenho outras duas filhas, a Raquel e a Fernanda, que são especiais. Nossos anjos que nos protegem e abençoam”. História que se entrelaça com a sua própria, a trajetória da Banca do Amaral é da época em que Petrópolis contava com, pelo menos, quatro veículos impressos, e que, antes dos meios de comunicação digitais, até para o Rio era preciso ir atrás da notícia.

Foto: Henry Kappaun

“Cheguei a pegar aqui na banca Diário, Tribuna, Jornal de Petrópolis e a Gazeta, do Tito Santos. Quando teve o Onze de Setembro foi uma loucura porque a gente tinha que ir ao Rio pegar a edição extra que o Globo fez”. De domingo a domingo, na Banca do Amaral todo dia é dia de aprender. Aprender a voltar a ser criança, pelos mais de 20 mil pacotes de figurinha vendidos na época da Copa de 2014; aprender sobre o que acontece na cidade ou fora dela, ou aprender a valorizar o poder das histórias que, uma vez em contato conosco, passam a fazer parte de quem somos.

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir