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Petropolitana descobre câncer de mama aos 29 anos: ‘O apoio da família tem me salvado todos os dias’

Saúde

Petropolitana descobre câncer de mama aos 29 anos: ‘O apoio da família tem me salvado todos os dias’

Joyce de Freitas Rodrigues Pinheiro mostra como o acolhimento da família, dos amigos e dos profissionais de saúde tem sido essencial para enfrentar os desafios da doença e fortalecer a esperança

O diagnóstico chegou como um susto em abril deste ano. Aos 29 anos, Joyce de Freitas Rodrigues Pinheiro sentiu um pequeno nódulo na mama e após procurar ajuda médica e fazer a mamografia confirmou o que nunca imaginou viver, ainda mais nessa idade: o diagnóstico de um câncer de mama.

Foto: Arquivo Pessoal

Neste Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, a petropolitana destaca que a rede de apoio composta pelos pais, irmã, namorado, amigos e profissionais de saúde tem sido fundamental durante o tratamento.

“O apoio da minha família tem me salvado todos os dias. Meu parceiro tem sido muito fiel, sempre comigo. Nesse processo, reconheci amigos que não esperava e [o fato deles] entenderem o meu silêncio tem sido uma forma de abraço muito bonita, quando eu não estou disposta, quando eu quero ficar sozinha”, relata.

Foto: Arquivo Pessoal

Mudanças na vida

O mais difícil ao receber o diagnóstico, segundo Joyce, foi lidar com o emocional e com as mudanças no corpo. “Quando comecei a perder o cabelo, os cílios, as sobrancelhas, o que chamam de ‘cara oncológica’ foi muito impactante. Não aceitava aquela realidade”, conta.

Entre sessões de quimioterapia e consultas, Joyce encontra refúgio nas pequenas atividades do dia a dia e voltou a morar com os pais, que têm sido grandes alicerces emocionais para a filha.

A mãe, Paula Raquel, lembra que receber o diagnóstico da Joyce fez seu mundo desabar. “Olhar para ela tão frágil e saber que iria enfrentar tantas barreiras, o medo, o tratamento, que a gente sabe que não é fácil. Mas a Joyce tem sido de uma força tão grande, tão guerreira”, diz.

O pai, Jaime Rodrigues, acompanha a filha desde a primeira consulta com o médico até os exames e sessões de quimioterapia.

“É uma luta grande, mas vamos vencer”, completa. Além dos pais, a irmã Amanda Rodrigues também tem ajudado Joyce, a incentivando a ir para a academia desde que os médicos liberaram a prática de atividade física. “No início ela ficou com receio de passar mal na academia e eu falei: ‘Nós vamos começar, vamos juntas! E isso tem sido muito bom’”, relata.

Já o namorado, Cícero Vieira, revela que tem procurado ser uma base de apoio para Joyce a acompanhando nas consultas, na quimioterapia, se fazendo presente nos momentos difíceis e nos bons, de descontração, em que tenta levar energia positiva para ela.

Foto: Arquivo Pessoal

Rede de apoio

As amizades também têm sido fundamentais nesse processo. Amiga de Joyce, Daniella Miranda conta que 15 anos atrás passou pelo diagnóstico de câncer de mama da mãe e que entende a importância de ter alguém dando afeto e apoio nesse período difícil.

“Eu me faço presente de todas as formas, tanto virtualmente quanto presencialmente. Algumas pessoas não sabem como lidar, mas acredito que existem muitas formas de você fazer alguém se sentir amado, querido e importante para você, seja mandando um doce por delivery, um meme, ou mesmo dizendo: “Oi, tudo bem? Não sei como você está, vou respeitar o seu espaço, mas me dê notícias! Eu estou aqui se precisar de alguma coisa”, afirma.

Depois do susto, veio o recomeço, com o tratamento mais leve da quimioterapia branca e a retomada dos estudos, voltando a cursar a faculdade de Nutrição. Neste processo, Joyce aprende e ensina que o tratamento do câncer acontece em rede — com amor, acolhimento e esperança.

Sobre o câncer de mama

Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que devem ser diagnosticados 73.610 novos casos da doença neste ano no país. A doença é a mais frequente nas mulheres, atrás apenas do câncer não melanoma.

Oncologista do CTO, Carla Ismael, explica que o câncer de mama é curável, especialmente quando diagnosticado no início. “Exames como mamografia, ultrassonografia e ressonância da mama possibilitam identificar alterações antes mesmo de o nódulo ser palpável. Um tumor de, aproximadamente um centímetro, pode levar até cinco anos para atingir esse tamanho, por isso a detecção precoce faz toda a diferença”, afirma.

Entre os sinais de alerta estão secreção diferente pelo mamilo, alterações na cor da pele da mama, aspecto semelhante a casca de laranja e presença de nódulos. Mas Carla Ismael reforça que muitas vezes a doença é silenciosa e, por este motivo, é importante manter sempre as consultas ao ginecologista e fazer exames de rastreamento como ultrassonografia e mamografia.

A médica do CTO lembra ainda que, mesmo nos casos avançados, há opções de tratamento. “Hoje existe uma gama de terapias que inclui cirurgias menos agressivas, quimioterapia associada à imunoterapia e estratégias para reduzir o tumor antes da cirurgia. Mesmo pacientes com metástase podem ter controle da doença e alcançar cura”, destaca.

Sobre a importância da rede de apoio dentro do CTO, durante o tratamento, a assistente social, Alessandra Fernandes, diz que quando o paciente chega com o diagnóstico é oferecido todo acolhimento para ele e sua família. “Nós ouvimos, abraçamos e nos debruçamos sobre todas as expectativas, medos e desafios e apoiamos a jornada do paciente. Esse acolhimento ocorre em todas as dimensões: física, social, emocional e espiritual”, destaca.

Durante todo este mês de outubro, o CTO tem feito uma série de eventos sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. As informações sobre as atividades estão disponíveis no perfil do instagram: @ctooncologia

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