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Sapucaias voltam a colorir Petrópolis com tons de rosa

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Sapucaias voltam a colorir Petrópolis com tons de rosa

Praça da Liberdade é o cenário da floração

Com a chegada da primavera, Petrópolis volta a se vestir de rosa. As sapucaias, que durante o inverno perdem suas folhas amareladas, renascem agora com folhagens rosadas e flores delicadas, transformando o cenário em um verdadeiro espetáculo natural que encanta moradores e turistas.

Foto: Sou Petrópolis

Ciclo das sapucaias

Vista com uma bela floração na Praça da Liberdade, a paisagista e gestora ambiental Patrícia Assis explica que o ciclo das sapucaias é um dos mais belos exemplos da renovação que a primavera traz.

“Durante o inverno é a época que elas perdem suas folhas, ficando no tom amarelado. Nos meses de setembro e outubro surgem as novas folhagens em tons rubros e, logo depois, rosados. É um espetáculo para os olhos”, destaca.

Presente do imperador

As sapucaias chegaram a Petrópolis pelas mãos de Dom Pedro II, que as trouxe para o Brasil e as plantou nos jardins do Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Mais tarde, as árvores foram levadas para a Praça da Liberdade e para o então Museu Imperial, tornando-se parte do patrimônio natural e histórico da cidade.

Foto: arquivo Sou Petrópolis

Símbolo da primavera petropolitana

Verdes durante boa parte do ano, as sapucaias se transformam completamente com a elevação das temperaturas.

“Quando velhas, suas folhas caem amareladas, formando um tapete no chão. Logo em seguida, vem a nova folhagem e a floração em tons de rosa. São frondosas e exuberantes, além de muito importantes para o nosso bioma, pois atraem insetos, pássaros e principalmente morcegos, que são os principais disseminadores das castanhas”, explica Patrícia.

As castanhas e os animais

Além da beleza das folhas e flores, as sapucaias também produzem frutos curiosos: as famosas cumbucas, que guardam as sementes conhecidas como castanhas-de-sapucaia.

“Os macacos-prego são seus maiores admiradores. Eles esperam a tampinha da cumbuca abrir para jogar as sementes no chão e comer. Daí vem o ditado popular ‘macaco velho não põe a mão em cumbuca’”, brinca Patrícia.

As castanhas também são comestíveis para humanos e têm sabor semelhante ao da castanha-do-pará. “Podem ser usadas em saladas e pratos gourmet, por possuírem um leve sabor apimentado. Além disso, são usadas na produção de óleos minerais e têm valor terapêutico”, completa.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

Curiosidade

O nome sapucaia vem do termo indígena Iá Sá Pulsaia, que significa “fruto que salta aos olhos”. E não é por menos: suas copas rosadas, flores perfumadas e frutos curiosos fazem dela uma das árvores mais emblemáticas da primavera em Petrópolis.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

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