Petropolitano tem samba-enredo escolhido pela Mangueira para o Carnaval 2026
A quatro meses do desfile, Pedro Terra celebra a conquista e comenta sobre o tema escolhido pela escola de samba, exaltando a cultura brasileira e destacando a Amazônia
A quatro meses do Carnaval, o petropolitano Pedro Terra comemora uma conquista marcante: o samba-enredo que ele assina ao lado de parceiros foi o escolhido pela Estação Primeira de Mangueira para embalar o desfile de 2026. A escola levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, que mergulha nas tradições e na ancestralidade afro-indígena do Amapá, exaltando a força do povo tucuju e a preservação da Amazônia.
Foto: arquivo pessoal
Composição
A composição de Pedro e seus parceiros foi a vencedora da tradicional disputa de sambas da Mangueira, que mobiliza dezenas de compositores e atrai milhares de torcedores à quadra da escola. O resultado foi anunciado com festa no final do mês de setembro, marcando o início da contagem regressiva para o desfile.
“A emoção é muito grande. A Estação Primeira de Mangueira é reconhecida por seus sambas memoráveis e seus gloriosos poetas. Eternizar meu nome nesta seleta galeria em mais um ano é motivo de muito orgulho, felicidade e responsabilidade”, afirma Pedro.
Foto: arquivo pessoal
Sobre o enredo
Sobre o enredo de 2026, Pedro explica que o samba nasceu de uma imersão na cultura amapaense, com direito a viagem ao Amapá e vivencias e experiência que serão contada no desfile.
“Visitamos o Museu Sacaca, participamos de uma festa de marabaixo no quilombo do Curiaú e pisamos os pés no Rio Amazonas. Toda inspiração surgiu em Macapá”, relata.
Ele destaca ainda a parceria e sintonia do grupo de compositores, que em algum compartilham a paixão pelo samba e nos complementamos em ideias e observações.
“Além disso, tivemos como mentores o Paulo César Feital, grande nome da MPB, e o poeta amazônico Joãozinho Gomes.”
Para Pedro, a vitória representa mais do que uma conquista pessoal, mostra o quanto acreditar nos seus sonhos na paixão pelo samba.
“O que trazemos dentro de nós vale a pena quando nos dedicamos e persistimos. Espero que essa realização inspire outras pessoas e valorize a arte e a cultura em todas as formas. A arte educa, transforma realidades e forma cidadãos”.
Foto: arquivo pessoal
Trajetória na escola e inspirações
A trajetória do compositor com a Mangueira é antiga e construída com paixão. Ele conta que o samba faz parte de sua vida desde cedo, algo que vem de outras vidas.
“O samba está presente em mim desde que me entendo por gente. Aos 4 anos pedi para assistir ao desfile da Mangueira e não parei mais. Aos 23 anos comecei a escrever sambas para a escola e, de lá pra cá, já são nove disputas, com duas vitórias em cinco finais” lembra.
Entre suas inspirações, o compositor destaca Cartola como a maior referência. “Não apenas por ser um dos principais compositores da Mangueira, mas pelo seu dom de alcançar os sentimentos humanos mais profundos através da poesia”, diz.
Foto: arquivo pessoal
Amor pela cidade natal
Nascido e criado em Petrópolis, no bairro Samambaia, Pedro se mudou para o Rio de Janeiro aos 18 anos para cursar Direito na UFRJ, mas mantém forte vínculo com sua cidade natal. “Toda minha família está em Petrópolis, e sempre que posso, volto. Tenho muito orgulho das minhas raízes”, conta.
Foto: arquivo pessoal
Preparação para o carnaval
A poucos meses da Sapucaí, o foco agora é o trabalho nos ensaios, da escola que há 10 anos faz parte da sua vida. “Ano que vem completo 10 anos compondo para a Mangueira, mas o desejo agora é de fazer com que esse samba alcance todo o seu potencial no desfile. É hora de lapidar os detalhes para buscar as notas 10 e colocar a Mangueira na briga por mais um título”, conclui o compositor.
Foto: arquivo pessoal
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