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Entrevista: conheça Heron Leal, petropolitano que vem se destacando como professor no Dança dos Famosos

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Entrevista: conheça Heron Leal, petropolitano que vem se destacando como professor no Dança dos Famosos

Heron foi criado no Quissamã, estudou na UCP e hoje faz sucesso na TV através da dança

Considerada a maior competição de dança da televisão brasileira, o Dança dos Famosos está em sua 22° temporada e vai ao ar todos os domingos, no programa Domingão com Huck, da TV Globo. E Petrópolis está muito bem representada no reality com o professor da dança Heron Leal, de 35 anos.

Fotos: Arquivo Pessoal e @wcnoclick

No programa, Heron é parceiro da cantora Manu Bahtidão que, juntos, têm alcançado as melhores classificações na Chave A. No ranking final, após a última apresentação da fase de grupos no dia 5 de outubro, a dupla se classificou para a fase mata-mata, em 2° lugar.

Em entrevista à Sou Petrópolis, o dançarino, que também atua como assessor contábil, contou um pouco sobre a sua vivência na cidade, experiências na arte e no mundo corporativo e trabalhos na televisão. Confira:

Fotos: Arquivo Pessoal

Primeiro, poderia me contar um pouco da sua relação com Petrópolis?

H.L: Sou nascido e criado em Petrópolis. Minha família é uma família tradicional petropolitana. A gente viveu ali naquela região entre Estrada da Saudade, Fonseca Ramos e Quissamã. Eu estudei no Colégio Petrópolis. Então vivi muito aí. As minhas melhores lembranças são daí e tenho muito carinho, porque é uma cidade que sempre me acolheu.

Eu morei em Petrópolis até os meus 17 anos e, logo depois, fui para os Estados Unidos, onde eu me especializei melhor na dança, sobretudo no hip hop e nas danças urbanas. Logo depois, eu fui morar na Europa, fiquei em Paris, em Praga, que fica na República Tcheca, na ltália, e em tudo quanto é canto.

Por volta dos 21 anos, resolvi voltar pra cidade, pois não sabia se deveria seguir na dança e queria ter uma garantia pro futuro. Meu pai já tinha um escritório de advocacia e contabilidade em Petrópolis, então voltei e estudei direito na UCP por cinco anos e, depois, fiz mais quatro de contabilidade.

Heron se formando na UCP e, anos depois, recebendo uma moção honrosa na Câmara de Vereadores de Petrópolis. Fotos: Arquivo Pessoal

Quais são as suas lembranças favoritas daqui e como Petrópolis marcou a sua trajetória artística?

H.L: Todas as minhas melhores lembranças da infância, adolescência e do início da minha fase adulta são de Petrópolis. Meus melhores amigos estão aí, tudo o que já aprontei na minha vida foi na cidade, além de tudo o que eu tive de melhor de aprendizado e de criação.

Mas se eu posso citar uma só, a lembrança mais marcante foi de quando dancei pela primeira vez, no antigo Teatro Santa Cecília, a convite da professora Alessandra, que era dona da Academia Realce.

Minha irmã fazia aula de balé com ela e foi convidada pro aniversário da minha irmã, lá ela me viu dançando e me deu uma bolsa, dizendo que eu precisava dançar. Ela me colocou pra apresentar uma coreografia ao som de Rick Martin, daquela música María. Foi maravilhoso. Lembro que precisava de uma parceira para dançar que tivesse a mesma estatura e teve até um sorteio pra decidir quem ia ser.

A partir dali que tudo começou e eu vi a dança como um possível caminho. E nisso eu ainda era muito novo, devia ter meus 12 anos. Petrópolis sempre foi um berço de grandes bailarinos, temos uma cultura muito forte e respeitada em todo o Brasil. Foi por conta de tudo o que a minha cidade pôde me oferecer que eu estou onde eu estou.

Heron dançando na infância e, agora, no Dança dos Famosos. Fotos: Arquivo Pessoal e @wcnoclick

De onde veio esse seu interesse pela arte e quando começou a atuar profissionalmente? Como você conciliou duas áreas tão distintas, como a dança e o direito?

H.L: A dança aconteceu de forma natural pra mim, mas sempre tive uma dualidade na minha vida. Parte de mim, que vem da minha mãe, é esse meu lado artístico. Mas tem a parte do meu pai, que sempre buscou esse lado mais corporativo. Então, enquanto eu estava dançando ali com 12 anos, também ajudava meu pai no escritório.

Só que, na adolescência, o lado artístico me chamou mais atenção. Com 17 anos eu já via a dança como uma profissão, tanto é que eu tirei o DRT, já fazia alguns trabalhos profissionais, já coreografava e já dava aula. Nessa mesma época eu comecei a minha carreira internacional, fui morar fora e comecei a desenvolver um trabalho bem mais estruturado.

Depois dos 20 anos que voltei ao Brasil pra ampliar meu leque e não trabalhar somente com dança, mas também focar no direito e contabilidade. Mas por mais que eu buscasse outras áreas, a dança me puxou de volta a vida inteira. Quando participei do primeiro Dança dos Famosos, em 2021, eu já tinha uma empresa de contabilidade no Rio e já atuava como contador em Petrópolis.

Embora esses dois mundos possam não ter nada a ver um com o outro, pra mim, eles super se complementam. O mundo contábil e jurídico às vezes é muito quadrado, difícil de conseguir adaptar, mas com esse olhar mais artístico eu acho que consigo moldar um pouco esse universo, pra que seja melhor recebido pelos nossos clientes, que adoram a nossa forma de trabalho.

Fotos: Arquivo Pessoal

A sua primeira participação no Dança dos Famosos foi como parceiro de Claudia Ohana na edição especial de 2021, que reunia os ex-participantes. Como foi essa experiência? Você já havia feito outros trabalhos na casa?

H.L: Já havia feito participações especiais na Malhação e em outras novelas, mas nada com essa proporção. Na época da pandemia eu gravava alguns vídeos para o Instagram e um deles viralizou, deu mais de 5 milhões de views, e chegou ao pessoal da Globo por meio de um amigo que trabalhava lá. Eles me convidaram para as audições e aí eu comecei a seguir novamente carreira na Globo, agora dentro da Dança dos Famosos.

Era tudo novo pra mim e essa primeira experiência já foi com o nível lá em cima, com todos os outros participantes que já ganharam o programa disputando. A experiência de dançar com a Claudia Ohana foi mágica, hoje ela é muito minha amiga, uma irmã, viajamos e nos vemos sempre que possível.

Heron e Claudia Ohana no Super Dança dos Famosos e em viagem, com o noivo do petropolitano, o ator Igor Cosso. Fotos: Arquivo Pessoal e @yannlenz

É maravilhoso que a gente acaba ficando muito íntimo da pessoa no qual a gente está tendo essa parceria. E a Claudinha tem o corpo muito disponível pra dança. Sempre querendo muito aprender. Ela ama dançar e isso fez toda a diferença.

Além disso, quando o Faustão foi pra Band, ele criou o quadro Dança das Feras, em 2022, e eu também fui convidado para as audições. Eu e a ex-dançarina dele, Bia Michelle, chegamos à final e conquistamos o 2° lugar.

Fotos: Reprodução Instagram

E agora, como foi pra você retornar ao projeto quatro anos depois? Como está sendo a experiência de dançar com a Manu Bahtidão e estarem conseguindo classificações tão boas, alcançando o 2° lugar no ranking final da Chave A?

H.L: Eu enxergo o Dança dos Famosos como a maior competição de dança do Brasil em termos de visibilidade. Pra mim, é incrível poder estar lá. É sensacional estar ali com tanta gente incrível e poder contribuir para embelezar esse quadro e popularizar a dança.

O mais legal é que cada um tem seu estilo próprio, como eu tenho as danças urbanas no DNA. E é um desafio muito grande, porque a grande maioria dos ritmos é de dança de salão que, obviamente eu tenho conhecimento, mas não tenho expertise.

Fotos: Arquivo Pessoal

Como sou bem perfeccionista, tenho me esforçado muito pra gente continuar sempre lá no topo e a Manuzinha tem arrebentado. Conquistamos durante duas semanas o primeiro lugar e, agora no funk que a gente caiu só um pouquinho, ficando em segundo. Mantivemos o pódio e nos classificamos pra fase do mata-mata, que vai seguir até a final.

Como falei da Claudia, a Manu também é um amor de pessoa e tem muita vontade de fazer dar certo nos mínimos detalhes. Ela gosta de saber exatamente como é a execução dos movimentos pra fazer uma entrega de nível, e isso me deixa muito orgulhoso. Estar chegando tão longe no programa é uma baita realização.

Fotos: @wcnoclick

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