Conheça a pequena petropolitana que, aos 3 anos, já molda o mundo com as próprias mãos
[Dia das Crianças]: Flor Queiroz Burdignon encontra na argila uma forma de expressão lúdica, criativa e afetiva
A curiosidade da petropolitana Flor Queiroz Burdignon, de apenas três anos, já se revela entre pedaços de barro e páginas de livros. Filha da ceramista Lívia Müller, a pequena cresce cercada por arte e, desde cedo, demonstrou interesse pelo universo da cerâmica. Neste Dia das Crianças, conheça a encantadora Flor que, mesmo sem frequentar a escola, já reconhece letras, escreve algumas palavras e encontra na argila uma forma de expressão lúdica, criativa e afetiva.
Foto: arquivo pessoal – Ana Beatriz Burdignon
Relação com a arte
A relação da menina com o barro começou naturalmente, no ateliê da mãe. “Quando eu ia trabalhar, ela sempre pedia um pedacinho de barro pra mexer”, conta Lívia.
Por causa de uma alergia à massinha de modelar, a argila acabou se tornando o material ideal para brincar. “Ela sentava comigo ou com a minha mãe e fazíamos bichinhos e outras coisinhas com moldes”.
Afeto com as pequenas mãos
A brincadeira virou afeto, moldado nas mãos pequenas de Flor. A primeira vez que ela se sentou ao torno foi um momento inesquecível para mãe e filha.
“Ela achou o máximo e disse que fazia cócegas nas mãozinhas. Fiquei surpresa com a delicadeza com que tratou a argila — sem força, sem pressa. Eu ajudei a centralizar e ela fez o furo para abrirmos a caneca. Me emocionei!”, lembra Lívia.
A primeira peça feita por Flor foi justamente essa canequinha — que ela mesma pintou com pequenas flores coloridas. Chegou até a usá-la em casa, antes que um “ pequeno incidente causado pelo pai” colocasse fim à breve vida da peça. “Mas tudo bem, ela já está na quarta caneca”, brinca a mãe.
Fotos: arquivo pessoal
Leitura na rotina da Flor
Além da cerâmica, Flor também é apaixonada por livros. A leitura faz parte da rotina desde os primeiros dias de vida. “Lemos diariamente antes de dormir. Algumas histórias ela já conta sozinha”, afirma, orgulhosa.
Os títulos preferidos vêm da coleção “Pequenas Mentes, Grandes Sonhos”, com biografias ilustradas de mulheres inspiradoras. Seus favoritos já foram Madre Teresa e Frida Kahlo, mas agora ela anda encantada com Harriet Tubman e Mary Shelley. “Meu preferido é o da Rosa Parks, porque ela é linda e lutou contra pessoas más”, conta Flor.
Longe das telas
Mesmo crescendo em tempos digitais, Flor ainda prefere as páginas e o barro às telas. “Ela assiste TV, mas gosta de brincar ouvindo. Quando chamo pra fazer algo, larga qualquer filme pra desenhar ou escrever”, diz Lívia.
E é nesse equilíbrio entre imaginação e aprendizado que Flor vem descobrindo o mundo. As atividades manuais, o contato com a natureza e o exemplo dos pais moldam seu jeito curioso e criativo de ser.
“Apresentar livros, atividades manuais e brincadeiras ao ar livre ajuda muito a criança a se descobrir. O exemplo conta — ela aprendeu vendo o que eu fazia, não porque eu ensinei com a mão dela”, reflete Lívia.
Fotos: Ana Beatriz Burdignon
Herança de talento e criatividade
A pequena Flor já mostra que herdou o talento e a criatividade da mamãe ceramista. Quando perguntada sobre o que mais gosta de fazer com a massinha de cerâmica, ela responde sem hesitar: “Porquinhos e cachorrinhos!”.
E quando o assunto é futuro, a resposta vem com a mesma doçura e convicção: “Quero ser ceramista igual à mamãe, porque gosto de trabalhar no torno, fazer caneca e vaso”.
Dia das Crianças mais que especial
No Dia das Crianças, a data ganha um significado ainda mais especial na casa da família da Florzinha, a data coincide com o aniversário do pai, Pedro. “A gente sempre comemora os dois juntos. Levo a Flor pra brincar e passear, e em casa a gente desenha, pinta e agora também escreve — ela finge que está lendo o que acabou de escrever”, declara.
Com apenas três anos, Flor já mostra que a criatividade não tem idade. Entre cores, histórias e argila, ela vai aprendendo, com o olhar curioso e as mãos cheias de imaginação, a moldar o mundo à sua maneira.
Fotos: Ana Beatriz Burdignon – arquivo pessoal
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