[Dia da Árvore] Você sabia que as árvores centenárias do Centro são patrimônio histórico de Petrópolis?
São 2.395 árvores, em 16 ruas, que fortalecem vínculos da sociedade petropolitana com o ambiente
Neste domingo, 21 de setembro, é celebrado o Dia da Árvore — uma data para discutir sobre a importância de preservar as espécies que garantem um meio ambiente mais equilibrado e saudável para todos. E em Petrópolis o que poucos devem saber é que as árvores centenárias, que compõem a paisagem de algumas ruas, fazem parte do conjunto de patrimônio paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Fotos: reprodução instagram @lalyrangel – @ana.sky.walking
Por que as árvores são patrimônio da cidade?
Danielle Inocencio, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), explica que as demandas paisagísticas, em cidades que têm áreas tombadas, transcendem questões estéticas e funcionais. Com isso, tendem a consagrar paisagens que revelam o tempo da cidade e reforçam as características de uma cultura paisagística que, ao longo da sua história, potencializou a criação de marcos simbólicos.
Inventário do Arboreto
A UCP foi a responsável pelo Inventário do Arboreto Público do Centro Histórico de Petrópolis. O documento foi elaborado no ano de 2019. As árvores foram catalogadas em tabelas botânicas que contém nome científico, nome popular e o diâmetro do tronco, que estima a idade da árvore.
Além disso, as que foram catalogadas têm um código, que é em função do nome da via, e uma numeração sequenciada de acordo com a sua localização. Elas também foram medidas metricamente baseada na base cadastral aerofotogramétrica da prefeitura, datada do final da década de 90.
Fotos: reprodução instagram @tourcomcamila – @ana.sky.walking
Onde estão localizadas?
O levantamento catalogou 2.395 espécimes arbóreos em apenas 16 vias do Centro Histórico. Entre os locais mapeados estão:
- Avenida Koeller
- Avenida Tiradentes
- Rua da Imperatriz
- Bosque do Imperador
- Rua Raul de Leoni
- Avenida Ipiranga
- Praça da Confluência
- Avenida Piabanha (Presidente Kennedy)
- Rua Montecaseros (entre Paulino Afonso e Piabanha)
- Praça da Liberdade – Rui Barbosa
- Rua Barão do Amazonas
- Rua Monsenhor Bacelar
- Rua Benjamin Constant (até a UCP)
- Rua Visconde de Souza Franco
- Rua Buarque de Macedo
- Rua Doutor Sá Earp (entre Visconde da Penha e Visconde de Souza Franco)
Importância da preservação
Segundo Danielle conservar essas árvores é essencial para a qualidade de vida na cidade. “Elas desempenham funções fundamentais, como proteção do solo contra erosão, redução do calor e da poeira, aumento da umidade relativa do ar, sombreamento e até mesmo benefícios psicológicos, já que funcionam como elementos de contemplação e repouso. Além disso, oferecem abrigo para aves, alimento para animais e contribuem para a estética urbana”, explica.
Patrimônio vivo
Mais do que sombra e beleza, as árvores do Centro Histórico de Petrópolis representam memória, cultura e meio ambiente. “O cidadão petropolitano precisa proteger suas árvores e reconhecer o privilégio de viver em uma cidade arborizada, onde há instrumentos jurídicos que garantem sua preservação”, conclui Danielle.
Fotos: reprodução – arquivos Sou Petrópolis
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