Connect with us

Conheça a cosplayer petropolitana vencedora do concurso do Bunka-Sai 2025

Cultura

Conheça a cosplayer petropolitana vencedora do concurso do Bunka-Sai 2025

Isis Platz confeccionou seu próprio figurino inspirado em Lady Maria, do jogo Bloodborne. A petropolitana levou pra casa um troféu e ganhou uma viagem

Neste fim de semana, o Palácio de Cristal recebeu o Festival da Cultura Japonesa de Petrópolis, o Bunka-Sai. Um dos pontos altos do evento foi o concurso de cosplay, que acontece no sábado (16) e teve como vencedora a petropolitana Isis Platz, de 39 anos.

Fotos: Arquivo Pessoal

A cosplayer encarnou a personagem Lady Maria, do jogo Bloodborne, em um figurino super complexo confeccionado por ela própria, que trabalha como costureira. Como prêmio, a artista levou para casa um troféu e ganhou um fim de semana em Búzios.

Em entrevista à Sou Petrópolis, Isis contou sobre o seu interesse no universo do cosplay e sobre suas outras conquistas. Confira:

Fotos: Arquivo Pessoal

Primeiro, pode me contar um pouco de como você se interessou pelo mundo do cosplay? Quando você começou nessa arte e como foi esse início?

I.P: Então, eu acho que isso nasceu comigo, eu só não sabia o que era ainda. Eu lembro de quando tinha uns oito/nove anos, quando Cavaleiros do Zodíaco estourou aqui no Brasil, eu fazia uns protótipos de armadura com papel de ovo de Páscoa, e perturbava a minha tia para costurar capas para mim.

O meu interesse por esse mundo cosplay sempre esteve ali, conforme os anos passavam, mas parecia algo muito distante da minha realidade. Porém, um dia, eu conheci um pessoal daqui da cidade que fazia cosplay, e eles organizaram um piquenique Cosplay.

Eu peguei o que eu tinha no armário e montei um cospobre da Misa Amane (Death Note), e fui. E foi incrível. Depois disso, eu comecei com um cosplay simples do Kurama Youko (Yu Yu Hakusho), e nunca mais parei.

Fotos: Arquivo Pessoal

Você mesma quem produz as vestimentas ou tem uma costureira? Como funciona?

I.P: Eu produzo os meu cosplays inteiros, desde a parte do vestuário até os acessórios. Só na customização de perucas que eu ainda não me arrisquei. Eu passo um bom tempo pesquisando, procurando inspiração no trabalho de alguns outros cosplays e vendo quais as melhores opções de material.

É um trabalho demorado, mas tem muito amor envolvido, porque todo o personagem que eu escolho para representar tem um significado especial para mim.

Você atua como cosplayer por hobby ou leva como profissão também? E fora isso, você tem outro trabalho?

I.P: Puramente por hobby. Eu acho que monetizar o meu trabalho de cosmaker vai me fazer parar de vê-lo como um meio de manter minha sanidade, sabe? Porque vai se tornar um tipo de obrigação, um compromisso, e eu gosto de fazer no meu tempo, do meu jeito. Eu trabalho como costureira, mas estou cursando a faculdade de design gráfico, e pretendo futuramente seguir nessa área.

Você já havia vencido outras competições? Como você se sentiu ao conquistar o 1° lugar na do Bunka-Sai?

I.P: Recentemente eu fiquei em primeiro lugar no Encontrão Cosplay de Teresópolis, que foi um evento muito especial para mim. E esse primeiro lugar no Bunka-Sai foi emocionante, afinal, eu participo desde as primeiras edições. Me deixou realmente muito feliz.

Fotos: Arquivo Pessoal

Qual foi o personagem que você levou esse fim de semana e por que escolheu este?

I.P: A minha personagem escolhida foi a Lady Maria. Ela é considerada um dos chefes mais difíceis de derrotar no jogo Bloodborne, e eu tenho um amor enorme por ela. Ela é uma personagem com uma história incrível, e uma personalidade marcante. A Lady Maria lutou por uma ideologia que no fim a destruiu, e o peso de sua culpa a fez tirar a própria vida.

A minha escolha em ir com esse cosplay para o Bunka-Sai foi baseada em “levei um ano e meio para fazer esse cosplay, então vou usá-lo em todas as ocasiões que eu puder”.

E pra finalizar, quais outros personagens você gosta de fazer e, pra você, qual a importância da arte cosplay?

I.P: Alguns outros personagens que eu amei fazer foram a Chandra, do card game Magic the Gathering, que é uma das minhas favoritas, e eu tenho uma versão steampunk da Fionna, do Hora de Aventura, que tem um valor sentimental enorme, porque eu fiz por causa do meu filho.

A arte do cosplay, como todos os outros tipos de arte, acaba sendo, de alguma forma, agredido pela ignorância. Eu já ouvi todo o tipo de coisa negativa sobre nós, pessoas que vestem a felicidade em forma de fantasia e vivem a emoção de poder ser quem a gente quiser. Mas a arte vive e cresce, e se enraíza nos corações daqueles que têm a sensibilidade de compreendê-la. Afinal, é o lúdico que nos faz suportar a dureza da realidade.

Fotos: Arquivo Pessoal

Veja também:

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir