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Chuva em Petrópolis superou o previsto para todo o mês de abril; veja o que vem sendo feito na cidade

Cidade

Chuva em Petrópolis superou o previsto para todo o mês de abril; veja o que vem sendo feito na cidade

Em entrevista à Sou Petrópolis, prefeito disse que medidas preventivas, como a antecipação dos alertas, foram essenciais para diminuir os danos das fortes chuvas do último fim de semana

As fortes chuvas que atingiram Petrópolis entre sexta (4) e domingo (6) causaram transtornos em diversos pontos da cidade, mas devido às ações preventivas não houve registro de vítimas. Em algumas regiões, o acumulado em 24 horas superou os 300mm50% a mais do que o esperado para todo o mês de abril, que tem previsão média de 200mm. No bairro São Sebastião, por exemplo, os pluviômetros do Cemaden registraram 301mm em um único dia.

Foto: Divulgação Corpo de Bombeiros

Ações emergenciais

Segundo o governo municipal, a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) atua em cerca de 30 pontos da cidade com serviços de retirada de árvores e galhos, limpeza de ruas, desobstrução de vias e recolhimento de resíduos. O trabalho tem apoio da concessionária Águas do Imperador e do Governo do Estado.

Desde sexta-feira, a cidade recebeu reforços do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que enviou 35 máquinas para ajudar na limpeza e liberação das vias, além da atuação conjunta com o Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ) em vistorias e monitoramentos. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar também aumentaram os efetivos em campo para prestar suporte às ações da Defesa Civil e da Prefeitura.

O Governo do Estado enviou, ainda, insumos para assistência às famílias afetadas, como colchões, travesseiros, cobertores, fronhas, lençois, kits de material de limpeza, litros de água e garrafas de água mineral.

Todo o material foi destinado à Secretaria Municipal de Assistência Social e distribuído conforme a necessidade nos pontos de apoio.

Foto: divulgação Prefeitura de Petrópolis

Pontos de apoio já foram desmobilizados

Durante o período que as chuvas atingiram Petrópolis, pontos de apoio foram abertos, entre eles o Centro de Acolhimento Gabriel Vila Real da Rocha, na Rua Floriano Peixoto. Ao todo, 57 pessoas, sendo 30 adultos, 23 crianças e 4 adolescentes, foram acolhidas temporariamente em escolas municipais e comunitárias. Com a melhora das condições climáticas, os abrigos foram desmobilizados.

Foto: arquivo PMP

Prevenção evitou vítimas

O aviso emitido com antecedência pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) permitiu que o município colocasse em prática medidas preventivas. Entre elas, o decreto de ponto facultativo na sexta-feira, o aumento das equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros e o monitoramento em tempo real de áreas de risco. A Defesa Civil recebeu de sexta-feira (04) até a manhã desta segunda-feira (07), 162 chamadas, com registro de deslizamentos, queda de árvores e postes, rolamento de blocos e alagamentos

Foto Divulgação PMP

Situação atual e previsão do tempo

Mesmo com previsão de sol para esta semana, o município segue em estágio de observação. A Defesa Civil reforça que moradores em áreas de risco devem permanecer atentos e evitar locais interditados. Em caso de emergência, o número 199 está disponível 24 horas.

Prefeito de Petrópolis fala sobre ações de prevenção e resposta durante fortes chuvas do fim de semana

Em entrevista concedida à Sou Petrópolis, o prefeito Hingo Hammes destacou a importância do trabalho preventivo realizado desde o início do ano.

Foto: arquivo divulgação PMP

Sou Petrópolis: Qual a importância de seguir os avisos meteorológicos e medidas que devem ser implementadas com novas chuvas?

Hingo Hammes: Sem dúvidas, o trabalho de prevenção que a gente iniciou já em janeiro, no início do mandato, foi fundamental na chuva deste fim de semana. Nós tivemos um grande esforço de preparação justamente para o verão, período em que ocorrem a maior parte das chuvas. Foi essencial não só o trabalho junto à sociedade — como os treinamentos com os NUDECs e capacitações nas comunidades —, mas também o cumprimento dos protocolos da Defesa Civil, como a antecipação dos alertas.

Assim que a frente fria entrou no nosso radar, nos reunimos com os órgãos competentes e com as concessionárias de água e energia, mobilizando equipes para garantir uma resposta rápida. Em relação à prevenção, o governo do estado tem um papel importante, com ações constantes de limpeza dos rios por meio da Operação Limpa Rio, da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade. Essa limpeza foi essencial para evitar alagamentos em algumas áreas e permitiu o escoamento da água da chuva acumulada.

Também é importante destacar o funcionamento do túnel extravasor, que foi fundamental para o escoamento da água e ajudou a evitar grandes inundações, especialmente no Centro Histórico.

Antes da chuva, ao identificarmos o risco de um grande volume, decretamos ponto facultativo na sexta-feira para que a população entendesse a gravidade da situação. Conversamos com escolas particulares e sindicatos do comércio para estimular a adesão. Essa medida foi essencial para manter as pessoas em segurança, reduzindo a circulação nas ruas e evitando maiores riscos.

SP: Quais obras e ações estão previstas com o decreto de emergência?

HH: Registramos acumulados muito altos — em alguns pontos da cidade, mais de 300 mm em 24h —, o que representa 50% a mais do volume esperado para todo o mês. A cidade foi bastante afetada, e o decreto nos permite buscar recursos que garantam uma resposta mais ampla, especialmente em relação a obras e assistência, com apoio dos governos estadual e federal. Nossas equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Obras estão nas ruas realizando levantamentos detalhados das necessidades da cidade, principalmente para direcionar os recursos que vamos buscar junto aos ministérios e órgãos federais”.

SP: Como funcionou o acolhimento de famílias nos pontos de apoio?

HH: “O trabalho nos pontos de apoio também fez parte da nossa estratégia de prevenção. No pico da chuva, estávamos com 54 dos 68 pontos abertos, equipados e prontos para acolher quem precisasse. Tivemos uma boa adesão da população, com quase 80 pessoas acolhidas. Após o protocolo de segurança, elas puderam retornar às suas casas ou foram para casas de parentes. Isso mostra que a população está cada vez mais consciente do papel da Defesa Civil e sabe como agir diante de situações de risco”.

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