Escola pública de Petrópolis conquista medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Geografia

Em agosto, aconteceu a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG). E em Petrópolis, a Escola Municipalizada Hercília Henriques Moret, em Corrêas, foi a única instituição pública da cidade entre as melhores na competição. Os alunos Keven Duarte, Sofia Barbosa e Ana Júlia Teixeira, do 9° ano do Ensino Fundamental, conquistaram a medalha de bronze.

Foto: Arquivo Pessoal

A equipe foi coordenada pelo professor de geografia da escola, Bruno César dos Santos, e competiu com colégios públicos e privados de todo o estado. No total, foram mais de 350 equipes inscritas. O time “Geo Hercília” ficou entre os 176 premiados.

Como funciona?

Bruno explica que, durante a olimpíada, os alunos passam por três provas online, onde é necessário realizar uma pesquisa, analisar gráficos e uma série de atividades complexas. As três equipes mais bem avaliadas representam o estado na fase nacional, que é presencial.

Felicidade com o resultado

“Participar da olimpíada de geografia foi uma experiência nova para mim, trabalhar em grupo para resolver as questões foi divertido e interessante. A medalha de bronze foi uma grande conquista por ser a primeira olimpíada que eu participei. Ter o Bruno como guia tornou tudo mais fácil e eu espero poder ganhar mais medalhas futuramente”, comenta uma das alunas vencedoras, Ana Júlia Teixeira.

Foto: Arquivo Pessoal

Sofia Barbosa, também medalhista na competição, se sentiu honrada com a participação.

“Ser convidada para participar da Olimpíada Brasileira de Geografia foi uma experiência incrível e inesquecível. Consegui aplicar o meu conhecimento para ajudar nas resoluções das questões e também consegui aprender coisas que ainda não tinha o conhecimento. Agradeço ao meu professor de geografia Bruno por ter acreditado em mim e ter me convidado para a Olimpíada, sempre apoiando os participantes da OBG, não só eu, como os meus colegas. Foi uma experiência que me trouxe muito aprendizado”.

Importância da participação

Diferente da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP) e da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), que já fazem parte do calendário escolar, na OBG é necessário interesse e atenção dos professores para inscrever suas equipes.

“Vi a chamada duas semanas antes dela começar. Nossa diretora topou na hora e convidei estes três alunos que já faziam parte de um projeto que eu monitoro, um preparatório para ingressas no CEFET e no SESI, que já tínhamos identificado terem um bom perfil. Eles se sentiram muito valorizados com o convite”, relata Bruno.

Para ele, a participação e divulgação do resultado para a comunidade é de suma importância para o reconhecimento da escola.

“Estamos localizados em Corrêas e atendemos a população do entorno, como Bonfim, Castelo, Águas Lindas e Bairro da Glória. Então o perfil dos nossos alunos é bem complexo. Queremos mostrar que temos os nossos valores”.

Foto: Arquivo Pessoal

Agora, a ideia é incentivar estes alunos a buscarem boas escolhas e bons resultados durante o Ensino Médio e também popularizar a participação de escolas públicas nestas competições.

“Queremos criar um esquema efeitos para que mais colégios públicos se inscrevam nestas feiras de conhecimento. Pois isso já é natural e bem estruturadas nas escolas privadas. Sabemos que a realidade é outra, mas muitos alunos da rede gratuita apresentam rendimento acadêmico muito acima da média”, finaliza.

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