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Dia do Feirante: aos 82 anos, Dona Maria comanda a barraca 1 na feira do Centro de Petrópolis

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Dia do Feirante: aos 82 anos, Dona Maria comanda a barraca 1 na feira do Centro de Petrópolis

Exemplo de vitalidade e amor à profissão, Dona Maria está presente todas as terças e sábados na feira, ao lado dos familiares

No coração da movimentada feira livre do Centro de Petrópolis, onde o aroma de frutas frescas e o burburinho animado dos comerciantes e clientes se entrelaçam, está a barraca número 1, da Dona Maria da Conceição. Neste Dia do Feirante – 25 de agosto, conheça essa trabalhadora que é um ícone de dedicação e vitalidade. Com 82 anos e 50 dedicados ao trabalho na feira, a história dela é exemplo de como é possível ressignificar o trabalho em amor e propósito.

Foto: Sou Petrópolis

Da aposentadoria ao trabalho na feira

Dona Maria da Conceição chegou a trabalhar com confecção, mas se aposentou. Em paralelo a isso, as as tarefas domésticas sempre fizeram parte de sua vida, principalmente após o casamento. No entanto, cansada da mesma rotina em casa, ela optou por uma nova jornada ao lado de marido.

“Comecei com o meu falecido marido. Ele que fazia a feira aqui no Centro, na Ponte Fones, Valparaíso e no Bingen. Quando me aposentei, ele pediu que o ajudasse. Éramos parceiros. Estar aqui, na banca, é melhor do que ficar em casa sem fazer nada”, afirma Dona Maria, grata pela profissão que exerce hoje.

Foto: Sou Petrópolis

Uma banca de frutas familiar

A banca de frutas, de número 1 da feira, é muito mais do que um simples ponto de venda. É um verdadeiro ponto familiar, onde a interação com o público e alegria de Dona Maria por estar rodeada por seus entes queridos, que transformam cada dia de trabalho em uma celebração da vida, como ela mesma diz.

“Aqui, eu me sinto útil e feliz. Trabalho com a minha filha Maria Angela, meu genro Jadir e meus netos Júnior, Leandro e Vinicius. Daqui eu tirei o sustento dos meus seis filhos, que quando mais novos também me ajudavam, mas acabaram seguindo outras profissões”, diz ela, enquanto organiza e atende o público com um sorriso no rosto.

Foto: Sou Petrópolis

A presença constante e a energia contagiante de Dona Maria na feira são evidências de que, para ela, o trabalho não é apenas uma ocupação, mas uma fonte de alegria. Na barraca todas as terças-feiras e sábados, ela interage com seus clientes como se fossem amigos antigos.

“Aqui conquistamos amigos e clientes fiéis. No outro dia uma moça trouxe o filho dela aqui. Ele vinha com ele quando ainda era um bebê, no carrinho e já está um rapaz. Essa interação não só enriquece a experiência dos clientes, mas também fortalece os laços”.

Foto: Sou Petrópolis

Rotina

Dona Maria está presente na feira todas as terças-feiras e sábados. Morando sozinha, ela descreve sua rotina como tranquila, já que tem ajuda e apoio dos familiares.

“Eu levanto cedo, arrumo e tomo meu café, deixo meu almoço pronto e venho trabalhar. Faça sol ou faça chuva, chego aqui por volta das 7h e fico até o fim. A parte pesada de montar a barraca fica por conta dos meninos, que chegam ainda de madrugada. Nos dias que não tem feira, fico em casa fazendo palavra cruzada e crochê. Mantenho sempre a mente ativa”.

Foto: Sou Petrópolis

Sobre os desafios de estar trabalhando na feira, dona Maria é certeira: “Não tem desafios, já são muitos anos aqui. Estou acostumada”.  

Fonte de vitalidade

O espírito de Dona Maria da Conceição é um lembrete de que o trabalho pode ser uma fonte de energia e realização em qualquer fase da vida.

“Trabalhar aqui é muito bom. Não existe rivalidade e nem concorrentes. Todos nós feirantes somos uma grande família, começando na primeira e terminando na última banca. Eu não escolheria outra profissão. Os clientes também fazem isso tudo valer a pena. Cada sorriso, cada conversa, brincadeiras e vamos vivendo”, finaliza Dona Maria.

Foto: Sou Petrópolis

Neste dia, celebramos não apenas os frutos do trabalho, mas também as histórias inspiradoras de pessoas como Dona Maria, que continuam transformando o simples ato de vender frutas em vitalidade e amor à profissão.

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