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Registros de violência contra as mulheres aumentam em Petrópolis

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Registros de violência contra as mulheres aumentam em Petrópolis

Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram uma crescente nos números de crimes contra mulheres na cidade. Veja os tipos de violências previstas na Lei Maria da Penha e onde pedir ajuda

Na semana em que se é celebrado o Dia Internacional da Mulher – 8 de março, os dados de violência contra as mulheres não representam os anos de luta por igualdades e as conquistas por elas ao longo desses anos. Os últimos dados do Dossiê da Mulher, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mostram um aumento de casos em 2022, em comparação com 2021.

Foto: ilustrativa

Dados do ISP

Comparando com 2022, segundo o ISP, foram registrados 93 casos de estupro contra mulheres ao longo do ano. Em 2021, 85 mulheres sofreram o crime. Ou seja, um aumento de 9,4%.

Foto: ilustrativa

Crimes de ameaças psicológicas também tiveram aumento significativo. No ano retrasado, foram 829 casos registrados na cidade, em comparação com 2021 – quando foram 766 casos, houve um aumento de 68%. Violência domiciliar já registra 48 casos, contra 47 do ano de 2021. Ainda segundo os dados do instituto, somente em 2022, 739 mulheres sofreram violência física na cidade. Exceção apenas para os casos de homicídio doloso – um registro em 2022, contra seis do ano anterior.

Dados do CRAM Petrópolis

O Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) também registrou aumento nos casos de vítimas de violência. Os dados mostram que em 2022 foram 1.493 atendimentos e em 2023, foram 1.770. Em relação às mulheres que buscaram o CRAM pela primeira vez, os números mostram 430 no ano retrasado e 415 no antecedente – uma queda de 3,5%. 

Foto: Divulgação

A maioria das mulheres atendidas pelo CRAM relata que o principal motivo para não deixarem o ciclo de violência é a dependência financeira do companheiro. Nos casos denunciados, elas geralmente ganham menos ou não conseguem trabalhar fora por causa do trabalho doméstico e o cuidado com os filhos. Violência psicológica, física e moral também são relatadas por elas. 

“São números elevados, o que mostra que temos trabalhado muito para acolher e orientar mulheres em situação de violência. Temos uma rede estruturada e especializada para esse atendimento, onde buscamos  atingir cada vez mais mulheres. Agora em março, por exemplo, faremos palestras e rodas de conversas em escolas, postos de saúde e comunidades para estarmos mais próximas dessas mulheres, para fortalecê-las, para apresentar a rede municipal de atendimento e principalmente para deixar claro que nenhuma mulher merece sofrer violência”, diz Thaís Justen, coordenadora do CRAM. 

Tipos de violência

Há diversas outras manifestações de agressividade que estão, inclusive, previstas na Lei Maria da Penha. São elas:

  • Violência Patrimonial: quando o parceiro quebra objetos de trabalho, bens, roupas, documentos ou o celular, que é, além de um bem, a possibilidade de pedir ajuda para a família, amigos ou polícia;
  • Violência Moral: está no âmbito dos xingamentos, da calúnia, da difamação, da injúria e da exposição;
  • Violência Psicológica: intimidar, constranger, manipular, perseguir, explorar, inferiorizar e fazer a outra pessoa se sentir louca;
  • Violência Sexual: para além da visão do estupro, que no imaginário acontece em uma rua escura com um desconhecido, a opressão sexual se manifesta em obrigar a mulher a fazer qualquer ato que ela não queira, tirar a camisinha no meio da relação sem o consentimento, obrigá-la a modalidades de sexo que ela não queira, obrigá-la a ter relações usando a desculpa de que é o dever dela como esposa, impedir que ela tome contraceptivo, dentre outras atitudes.

Onde pedir ajuda?

Em Petrópolis, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM), funciona na Rua Santos Dumont, número 100, em anexo ao Centro de Saúde Coletiva, onde o atendimento é feito às mulheres que buscarem ajuda.

Outro espaço que cuida de mulheres em situação de violência é a Sala Lilás, do Hospital Alcides Carneiro (HAC). Lá são atendidas as mulheres que sofreram agressões com o registro de ocorrência para o exame de corpo de delito.

Pra anotar aí:

Contatos para pedir ajuda contra violência à mulher

Polícia Militar – (24) 2291-4020

WhatsApp do CRAM – (24) 98839-7387

Centro de Referência em Atendimento à Mulher – (24) 2243-6152

Patrulha Maria da Penha – (24) 99229-2439

Sala Lilás – (24) 2246-8452

105ª DP – (24) 2291-0816/(24) 2291-0877

106ª DP – (24) 2222-7094/ (24) 2232-0135

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