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Grafiteiros transformam muro do Morro da Oficina em homenagem às vítimas das chuvas em Petrópolis

Cidade

Grafiteiros transformam muro do Morro da Oficina em homenagem às vítimas das chuvas em Petrópolis

“Mutirão de Grafitti” também é uma homenagem ao artista petropolitano Alan Sask, que tinha idealizado o projeto antes de falecer. Evento contou com 60 profissionais que pintaram um muro de 200 metros no último fim de semana

A via, entre a Rua dos Ferroviários e o Morro da Oficina, no Alto da Serra, que antes era tomada de lixos e entulhos, se transformou em um painel de arte em homenagem às vítimas da tragédia do ano passado. O evento “Sask Vive” ocorreu neste fim de semana com entrega de cachorro quente, biblioteca cultural, atividades infantis e muita música para o público. 

Cerca de 60 artistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Petrópolis realizaram os grafittis nos 200 metros de muro.

Foto: divulgação

Homenagem às vítimas das chuvas

Realizar melhorias na localidade, além de homenagear as vítimas, era um desejo do artista petropolitano Alan da Costa Machado Andrade – Sask, falecido no ano passado.

Foto: divulgação

“Ele demonstrava muita vontade de fazer esse evento no Morro da Oficina. Ele ficou bastante sensibilizado com toda a tragédia. Após sua partida, nos reunimos para fazer esse evento em homenagem a ele e para todas as vítimas do Morro da Oficina. Sask pintou por mais de 15 anos por Petrópolis e participou de diversos eventos de grafitti no Rio de Janeiro e também em outros estados”, conta Leandro Sunk, grafiteiro e organizador do evento. 

Ação Voluntária

Os muros, antes sujos e servindo de abrigo para os entulhos, agora estampam artes dando mais cor para a localidade, que foi epicentro da tragédia de 2022. A limpeza no local começou há um mês. Leandro e mais seis grafiteiros realizaram a capina e retiraram os entulhos. Ao todo, foram utilizados mais de 150 litros de tintas – no início as latas foram compradas pelos organizadores e depois, foram doadas por voluntários. A ação também contou com a participação dos familiares de Alan Sask. 

Foto: divulgação

“Alan foi morador do bairro Quitandinha, onde teve uma infância formada por brincadeiras de rua. Ele nos deixou muito jovem, aos 30 anos, vítima de um infarto, mas aproveitou bastante sua juventude. Foi muito importante para os familiares e amigos. Deixou sua marca por meio da sua arte nos muros da cidade. Me sinto realizado por ter ajudado a dar vida e cores para aquela localidade tão carente. E feliz por realizar o sonho do amigo Sask, juntamente com toda a sua família, acompanhando as pinturas”, diz Leandro. 

Edital de cultura em homenagem a Sask

Alan também foi homenageado em um edital de cultura, por meio do Instituto Municipal de Cultura (IMC). Serão disponibilizados R$ 509 mil provenientes do Fundo Municipal de Cultura (FUNCULTURA), para os projetos inscritos nele. Sask iniciou no grafitti em 2008 e se encantou com a arte. Participou de importantes eventos, como o Meeting Of Favela, o maior no segmento de grafitti do país. 

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