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[Dia do Feirante] conheça a história do vendedor mais antigo da feira livre do Centro de Petrópolis

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[Dia do Feirante] conheça a história do vendedor mais antigo da feira livre do Centro de Petrópolis

São 64 anos que Zé Maria dedica parte da sua vida à Feira Livre do Centro e do Alto da Serra

José Maria de Oliveira cumpre semanalmente a mesma rotina: às terças, quintas-feiras e aos domingo, por volta das 6h, vende legumes. Nesta sexta-feira (25), Dia do Feirante, conheça Zé Maria, que é pioneiro nas feiras livres de Petrópolis.

Foto: Sou Petrópolis

De geração para geração

A atividade na vida de Zé começou ainda quando ele tinha apenas 11 anos de idade, ao lado de seu pai, nas barracas montadas na Rua Floriano Peixoto.

“Meus pais me possibilitaram estudos até o quarto ano. Naquela época só estudava quem tinha boas condições, como minha família não tinha, fui trabalhar na feira com o meu pai. Antes a feira era lá, nossa barraca era a última da rua. Sempre trabalhamos com legumes”, lembra o feirante, de 75 anos. 

Foto: Sou Petrópolis

O trabalho seguiu em família, também com Geraldo Heleno de Oliveira, de 73 anos, irmão de Zé Maria. E a Banca dos Mineiros ganhou mais um componente. Há 4 meses, Marcelo Adriano de Oliveira, de 49 anos, ajuda o tio Zé e o pai na barraca.

“A idade já não possibilita que eles trabalhem sozinhos. Pedi demissão do trabalho que tinha de carteira assinada para poder estar com eles e continuar a tradição da família, que não pode parar”, diz Marcelo.  

Orgulho da profissão

Um dos fundadores da Associação dos Feirantes, Zé, que já tem duas filhas e um casal de netinhos, não tem intenção de parar. Tendo visto, graças à feira, o desenvolvimento da cidade e o crescimento de famílias, ele tem no trabalho uma de suas maiores satisfações.

Foto: Sou Petrópolis

“Construí minha casa e o sustento da família trabalhando na feira. Minha vida toda foi construída aqui. Trabalhar é a melhor coisa para tudo. Você se aborrece, se distrai, se cansa, tem sono, tem apetite. Se você parar a cabeça vai ter um espaço terrível para o mal conselheiro”, afirma.

Ativo e comunicativo, encantado pelas lições vindas a partir da interação com o público, Zé Maria explica que, estando na banca, conhece e aprende de tudo um pouco. O profissional é um dos milhares que preserva uma prática que, além de abastecer os pratos dos fregueses com produtos fresquinhos, nutre seus espíritos com sorrisos e palavras mais do que acolhedoras.

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