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[Moda plus size] petropolitanas relatam os desafios que ainda encontram para o público

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[Moda plus size] petropolitanas relatam os desafios que ainda encontram para o público

O que o mercado ainda precisa entender sobre a moda plus size? Variedade, estilo e igualdade ainda são os principais diferenciais para quem veste acima do G

A moda plus size ainda não é tão acessível quanto deveria, porém, em Petrópolis, esse mercado vem crescendo consideravelmente. Por outro lado, há os consumidores que ainda sentem a falta de igualitariedade, além da personalização de algumas peças, o que se torna um desafio para esse público que não consegue encontrar produtos que atendam a seu estilo pessoal com facilidade.

Priscila Pires, veste GG, ou seja, entre 48 e 52. A dificuldade da jornalista está em encontrar roupas que tenham bom caimento para o seu modelo. Outra questão ressaltada por ela é a diferença dos valores das peças. “Para pessoas com corpos maiores que nem o meu, as possibilidades são ainda menores. Em lojas de departamento há poucas peças plus size, pouca variedade de modelos e cores. Já as lojas especializadas em tamanhos maiores, temos mais opções, porém, com preços exorbitantes”.

Fotos: arquivo pessoal – Priscila Pires

Para Priscila, adquirir roupas se tornou algo um pouco frustrante. “Não me sinto valorizada como consumidora. Parece que se a pessoa não for magra não tem o direito de escolher, de se sentir confortável, bonita, sexy. Por exemplo, as roupas íntimas não possuem um tecido que tenha boa elasticidade ou que não utilize reguladores com elástico”.

A petropolitana acrescenta ainda que “o progresso está acontecendo, mas precisamos que ele seja cada vez mais inclusivo. As marcas estão mais atentas à questão da diversidade de corpos. Mas falta oferecer roupas com tecidos variados, de cores variadas e com cortes que acompanhem as curvas do nosso corpo, que enfatizem nossos melhores pontos. Também falta um atendimento mais acolhedor em algumas lojas da cidade”.

Igualitariedade ao público plus size

Transformar o mercado, seja por questões econômicas ou ideológicas, não é tarefa fácil. No entanto, algumas percepções podem construir novas possibilidades. Uma delas é a igualitariedade. Carla Coelho, veste 50 e, para ela, a indústria da moda está caminhando para um entendimento sobre o mercado plus size.

“O mundo percebeu que a mulher gorda não precisa ser escondida em ‘trapos’ que a cobrem. As mulheres gordas, em sua maioria, estão começando a se mostrar mais e se amar mais. O mercado da moda percebeu que somos clientes potenciais e com demanda reprimida”, diz. 

Fotos: Arquivo pessoal – Carla Coelho

Morando em Petrópolis, onde se concentra o maior polo de moda a céu aberto do estado – a Rua Teresa, Carla questiona a separação de lojas para o público plus size. “Evito comprar roupas pela internet por receio de não me servirem, então evito a frustração. Na cidade temos boas lojas de moda plus size. Mas me incomodo de ter um tipo de loja apenas para a mulher gorda. Existe a loja ‘de todo mundo’ e a da ‘gorda’. Neste caso, falta diversidade local”, pontua a jornalista.

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