Casal que já acolheu 30 jovens vítimas de violência conta experiência nesta quinta em Petrópolis
O evento será uma roda de conversa, aberta ao público e será realizada na Casa Cláudio de Souza, na Praça da Liberdade
Um casal do Rio de Janeiro que já acolheu cerca de 30 crianças e adolescentes vítimas de violência contará a experiência deles em Petrópolis nesta quinta-feira (26).
O evento, promovido pela Prefeitura, será uma roda de conversa, aberta ao público e será realizada na Casa Cláudio de Souza, na Praça da Liberdade, 247, Centro, a partir das 10h.
A proposta da roda de conversa é divulgar o programa Família Acolhedora, desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, desde 2016.
Foto: Divulgação
O programa é uma modalidade de acolhimento para crianças e adolescentes, vítimas de violência, que precisaram ser afastadas do seu núcleo familiar por estarem numa situação de risco. Ao invés de serem colocadas em abrigos institucionais, são direcionadas, temporariamente, para a residência de famílias voluntárias, cadastradas e capacitadas para isso.
“O programa Família Acolhedora é fundamental para Petrópolis e para a rede de assistência social da Prefeitura. É uma forma de garantir assistência às crianças e adolescentes que foram vítimas de violência. Para isso, nossas equipes trabalham na capacitação e no acompanhamento dessas famílias que querem acolher essas crianças e adolescentes. Neste momento, estamos trabalhando para aumentar o número de famílias participantes, e o evento de quinta-feira (26) será importante para isso”, disse o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo.
Programa Família Acolhedora
Quem pode acolher?
É preciso ser maior de 18 anos, morador de Petrópolis e não estar inscrito no sistema nacional de adoção
Como a família interessada deve fazer para participar?
Ela deve fazer um pré-cadastro no site da Prefeitura (https://www.petropolis.rj.gov.br/pmp/index.php/familia-acolhedora.html).
Depois disso, a equipe da Secretaria de Assistência Social entrará em contato com a família, conversará com ela, e a família será encaminhada para turmas de capacitação. Dali, são oito encontros da turma. Ao fim desse processo, a família é habilitada para acolher crianças e adolescentes.
Quem são as crianças e adolescentes acolhidas no programa?
São crianças e adolescentes encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude. Elas foram afastadas da família de origem por medida judicial, após terem sofrido violência e abuso. Por isso, precisaram ser retiradas de casa.
O que acontece com as crianças e adolescentes depois do acolhimento temporário?
A primeira opção é retorná-las para a família de origem. No entanto, para isso, a equipe da Secretaria de Assistência Social visitará antes essa família, verá o que aconteceu, para avaliar a situação e apurar se esse retorno é uma opção viável e segura para aquela criança ou adolescente.
Caso essa opção não seja adequada, há a segunda opção: a criança ou adolescente ser encaminhada para a família extensa (avós, tios etc.).
Já a terceira e última opção é colocar essa criança ou adolescente para adoção.
Como está hoje o programa na cidade?
Hoje, são seis famílias habilitadas no programa, sendo duas já em processo para acolhimento. Desde 2016, foram três acolhimentos na cidade.