Dos circuitos automobilísticos às corridas de cavalo: 7 fatos e curiosidades sobre os esportes em Petrópolis
Vila hípica no Quitandinha, hipódromo em Corrêas e muito mais
*Matéria atualizada às 13h56 do dia 25 de setembro de 2024
Quando se fala em passado e Petrópolis, o pensamento é automaticamente levado aos museus, mas sabia que fora deles, nas ruas e edificações com história, é possível aprender fatos e curiosidades diversos que também tratam da memória do município? Hoje, lhes apresentamos aspectos surpreendentes sobre a prática de esportes ao longo dos anos na cidade.
1- Hotel-Cassino Quitandinha tinha vila hípica
Embora conhecido, principalmente, por ter sido projetado para ser o maior hotel-cassino da América Latina, basta entrar um pouco mais a fundo em sua história para se surpreender também com a magnitude – a exemplo de todo o resto – do antigo centro esportivo do Quitandinha. Completo, o espaço dispunha de vila hípica, quadras de tênis, basquete e badminton, rinque de patinação, pista de ciclismo, campo de arco e flecha, além de competições de esgrima e vôlei.
Foto: Reprodução/Livro Apostas Encerradas
No lago, por sua vez, era comum o uso de botes a remo, pedalinhos e até pequenas lanchas. Já imaginou?
2- Prado de Corrêas era sede de um hipódromo
Esporte de sucesso em Petrópolis, o turfe teria começado a ser praticado ainda em 1857 em Fragoso, na Raiz da Serra, no Jóquei Clube Petrópolis. Anos mais tarde, outras pistas de corrida de cavalos teriam começado a ser construídas na cidade, uma delas o Derby Petropolitano, que ficava na região onde é hoje o Prado de Corrêas. O espaço, que atraía apostadores sobretudo aos domingos, teria operado até a década de 50.
Foto: Acervo Museu Imperial
Na época, os proprietários dos cavalos inscreviam seus animais e o vencedor, além do prêmio, recebia toda a renda das entradas.
3- Petrópolis sediou corrida entre ciclista e cavalo para ver qual era mais rápido
De acordo com a 5ª edição do Almanaque do Museu Imperial acerca da história dos esportes em Petrópolis, em 1895 as ruas da cidade teriam sido palco de um curioso desafio: uma corrida entre um ciclista e um cavalo para checar qual era o mais rápido. A prova de 6 km teve início na Ponte Mauá, no começo da Avenida Barão do Rio Branco, indo até a Ponte do Retiro (ida e volta).
Embora na primeira disputa o cavaleiro tenha ganhado por uma margem de 200 metros, oito dias depois da primeira competição foi o velocipedista quem levou a melhor, vencendo o oponente por cerca de um metro.
4- Quadras de tênis da cidade são as mais antigas em uso no país
Hoje Petropolitano F.C., no passado o complexo do clube localizado na Avenida Roberto Silveira era sede das atividades do Petrópolis Tênis Clube. Segundo o 5º almanaque emitido pelo Museu Imperial, há notícias de que as referidas quadras seriam as mais antigas em uso no país. Sede de campeonatos individuais, o clube recebeu competições internacionais e personagens ilustres, como o próprio Santos Dumont, que praticava tênis no local.
Foto: Museu Imperial/Ibram/MinC
5- Circuitos automobilísticos atraíam público de 20 mil pessoas às ruas do Centro
Febre em Petrópolis, os circuitos automobilísticos nas ruas do centro urbano da cidade aconteceram entre meados dos anos 40 e 60. Adorado pelo público, o programa levava cerca de 20 mil pessoas às calçadas e sacadas para acompanhar de perto a emoção das provas. Com 3km de extensão, a corrida acontecia nas ruas do Centro, com chegada na Praça da Inconfidência.
A última edição da prova aconteceu em 1968, quando a prova teve seu sentido alterado. Na ocasião, dois corredores faleceram: Sérgio Cardoso e Cacaio, o Joaquim Carlos Telles. Depois disso, os circuitos foram cancelados na cidade.
6- Gramado do Museu Imperial já foi sede de animadas partidas de futebol
Antes de se tornar museu, o Palácio Imperial abrigou algumas escolas após ser desocupado em função do exílio da família imperial. Nos tempos do Colégio São Vicente – isso em 1896 – o futebol já havia sido apresentado aos alunos da instituição. Assim, eram realizadas partidas no jardim com traves feitas de bambu e bolas de couro natural: as chamadas peludas.
Foto: Museu Imperial/Ibram/MinC
7- Garrincha já defendeu times de Petrópolis
Nascido no distrito de Vila Inhomirim, em Magé, Garrincha deu início a sua trajetória no Esporte Clube Pau Grande, vindo logo em seguida para Petrópolis. Na cidade, ele passou pelo Cruzeiro do Sul e pelo Serrano F.C. Tido como um dos maiores jogadores da história do futebol no mundo, Garrincha foi da Seleção Brasileira em 1957 e 1966, recebendo, em 1958, o título de Cidadão Petropolitano pelo então prefeito Flavio Castrioto.