Empresas de ônibus apontam reajuste da passagem para R$ 7,58 alegando que preço atual está defasado em Petrópolis
Atualmente, o valor da passagem no município é de R$ 4,40
Um cálculo técnico feito pelas empresas de ônibus apontam que o valor da passagem em Petrópolis atualmente deveria ser de R$ 7,58. Segundo o Setranspetro, sindicato que representa as empresas na cidade, o valor vigente, de R$ 4,40, está defasado.
Foto Divulgação Setranpetro
O Setranspetro já pediu ao Conselho Municipal de Transportes (Comutran) que avalie a planilha técnica que aponta os motivos para esta defasagem do valor. Um deles é que a passagem de ônibus segue por mais de 31 meses com a tarifa congelada em R$ 4,40.
O sindicato afirma ainda que o reajuste tem como objetivo a busca pelo equilíbrio das empresas para manter a operação e arcar com os compromissos. “Após quase dois anos e oito meses, a tarifa técnica atingiu um valor alto, que é o necessário atualmente para arcar com os custos do sistema”, afirma nota enviada pelo Setranspetro à Sou Petrópolis.
Queda na demanda de passageiros
O sindicato alega ainda que, desde agosto de 2019, quando foi realizado o último cálculo da planilha tarifária, a demanda de passageiros apresentou queda, principalmente no período da pandemia, quando chegou a ser registrado déficit de 75% no número de passageiros.
“Desde então, milhares de pessoas não retornaram ao sistema e, em janeiro deste ano, a queda na demanda era de 29,2%. Em contrapartida, as empresas de ônibus foram drasticamente afetadas com sucessivos aumentos, entre eles: 71,4% em óleo diesel; 81% no preço dos pneus; dois reajustes salariais e de benefícios; aumento de 42,8% no custo de um ônibus comum zero quilômetro”, destaca o Setranspetro.
Criação de subsídios
Uma alternativa para que o valor da passagem seja mais acessível na cidade é o subsídio às gratuidades de estudantes e idosos. O Setranspetro destaca ainda a necessidade de desoneração de impostos e tributos e medidas que priorizem o transporte coletivo em detrimento do individual, sem onerar o passageiro que paga a tarifa, único responsável por custear todo o sistema em Petrópolis.
Estas medidas seriam receitas extratarifárias, ou seja, novas fontes de custeio para o transporte público.