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“Juntei dinheiro de 10 anos para investir na loja”, diz dona de cafeteria invadida por enchente duas vezes

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“Juntei dinheiro de 10 anos para investir na loja”, diz dona de cafeteria invadida por enchente duas vezes

Estabelecimento havia sido reinaugurado um dia antes da segunda tragédia

Mais do que fonte de sustento, para muitos o negócio próprio representa a concretização de sonhos e da economia de anos. Inaugurada em 2020, a Cafeteria Inverno D’Itália é resultado de dez anos de planejamento da comerciante Bruna Dias Freitas. Reaberta ao público no dia anterior à segunda tragédia, a loja voltou a registrar perda total de maquinário e incontáveis prejuízos. Ainda traumatizados com tantas perdas em tão pouco tempo, Bruna e o marido devolveram o ponto e estudam o que fazer daqui em diante. “A gente ainda está com a cabeça muito em choque”.

Relembre: Após viver momentos de desespero, cafeteria no Centro inicia arrecadação online para retomar atividades

Fotos: Divulgação

Carioca, Bruna se mudou para Petrópolis há um ano com o marido para que pudessem realizar o sonho do negócio próprio na cidade. Além de uma pandemia, o casal enfrentou a maior tragédia da história do município e, agora, uma segunda enchente que, em um dia, levou embora os esforços de um mês para que fosse possível reabrir o estabelecimento. “No sábado o movimento da reinauguração foi excelente. Hoje o caminhão encostou para levar os móveis embora. Não sabemos como vai ser. Ainda estou perdida sobre o que fazer”, relata Bruna.

No último domingo (20), ela conta que chegou à loja para iniciar o que seria o segundo dia de atividades depois da retomada. Logo em seguida, começou o temporal. “Da outra vez ainda subimos alguns equipamentos. Dessa vez não deu”. Assim, a cafeteria perdeu suas máquinas de café e de gelo, o moinho eletrônico, dois freezers, frigobar e mercadorias que haviam acabado de ser repostas. “Foi muito puxado. Tudo embora novamente. A minha reação foi entregar aquela loja ali. Não adianta ficar na frente do rio se não tem ninguém dragando”, descreve.

Fotos: Divulgação

Na ocasião, Bruna explica que o maior montante d’água veio da loja vizinha, com a qual a cafeteria faz divisa com uma parede de dry wall. Embora a comporta estivesse retendo a enchente, uma vez que a parede lateral se rompeu, toda a água do estabelecimento ao lado foi redirecionada para o seu. “Antes disso a água estava na altura do meu rodapé. Na primeira vez a gente teve um pouco mais de tranquilidade porque fizemos a vaquinha, nossa família se juntou e investimos os recursos que tínhamos guardados. Juntei dinheiro dez anos para investir na loja”, diz.

Fotos: Divulgação

Ainda sem previsão de quando terá o empréstimo liberado pela AgeRio, Bruna divide suas angústias e incertezas de mais uma tragédia vivida no comércio do Centro. “A documentação foi toda entregue na sexta-feira retrasada. Até agora não chegou essa ajuda e não sei como vou pagar as coisas. Com a reabertura só deu tempo de cobrir meu cheque especial”. Aqueles que desejarem ajudar Bruna e o marido a se reerguerem novamente podem contribuir com a vaquinha clicando neste link ou então por PIX para o CNPJ 39.561.455-000111 (Banco Itaú, Agência 6141, Conta Corrente 99892-9).

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