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Sensor é instalado para monitorar rocha de 6 mil toneladas na 24 de Maio

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Sensor é instalado para monitorar rocha de 6 mil toneladas na 24 de Maio

Pedra é motivo de preocupação desde o temporal que atingiu a cidade no dia 15 de fevereiro

Um sensor foi instalado para monitorar a rocha de 6 mil toneladas e tamanho aproximado de 2 mil metros cúbicos na 24 de Maio, Rua Teresa. A rocha é motivo de preocupação desde o temporal que atingiu a cidade no dia 15 de fevereiro.

Foto: Ascom PMP

O município informou que recebeu na quinta-feira (17), equipes de empresa especializada que estruturou o sensor, específico para registrar qualquer movimentação da pedra.

Segundo a Defesa Civil, a instalação do aparelho foi uma solução imediata, para fortalecer a segurança na região, tendo em vista que a retirada da rocha de grande porte é uma ação de alta complexidade.

O acompanhamento dos registros do sensor está sendo feito pelas equipes no Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (CIMOP), que funciona na sede da Defesa Civil.

“Esse é um importante passo para garantir a segurança e tranquilidade da população. Essa foi uma alternativa rápida para que consigamos atuar de forma imediata ao sinal de qualquer instabilidade”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.

Como funciona o sensor?

De acordo com a empresa especializada, o emissor capta inclinações a partir de 5 graus de movimentação. Para isso é utilizado um aparelho que conta com um sensor de movimento com acelerômetro, microcontroladores e softwares no próprio equipamento que enviam sinais para o aparelho receptor.

Foto: Ascom PMP

“O sistema consiste em um emissor e um receptor, cujo objetivo é monitorar 24h qualquer tipo de movimento na pedra”, afirma Luis Sourient, gestor da empresa idealizadora Ineeds, que explica ainda que o aparelho funciona com bateria recarregável por energia solar. “O receptor recebe as informações em tempo real sobre movimentações ao longo do dia, e envia informações caso haja qualquer problema no emissor”, completa.

Com essa configuração, as equipes da Defesa Civil conseguem identificar qualquer anormalidade no funcionamento do aparelho. A proposta é que o serviço seja ainda mais aprimorado, com a criação de um dashboard para a geração de relatórios diários.

“Esse é um projeto piloto, para o qual já constatamos o funcionamento. A proposta é monitorar todos os blocos rochosos que possam oferecer algum risco na cidade e vamos conseguir assim, atuar de forma preventiva ao sinal de qualquer anormalidade nas localidades”, afirma o secretário de Defesa Civil, o tenente Coronel Gil Kempers.

A partir do funcionamento do primeiro sensor instalado na pedra da 24 de Maio, a proposta é seguir com o projeto para rochas que existem ainda no Caxambu, Floresta, Vila Felipe e Morro da Oficina. Além de monitorar o movimento de rocha, a proposta é instalar sensores que irão ajudar a identificar o movimento de massa para o caso de deslizamentos.

Desmontes de rochas

As equipes da Defesa Civil seguem no acompanhamento dos técnicos especializados no desmonte de rochas pelas áreas afetadas na cidade.

Ao longo da semana foi feita a detonação de cerca de 90 toneladas de rocha na Servidão Francisco Carauta de Souza e na rua Barão de Águas Claras, no Caxambu; na Rua Napoleão Esteves, na Saldanha Marinho; no Morro da Oficina, no Alto da Serra; na Rua Jacinto Rabelo, no Vila Felipe; e Rua Primeiro de Maio.

A detonação das rochas é feita a partir de uma técnica de baixo impacto, que usa uma corrente elétrica de baixa voltagem, que provoca a queima do produto a partir de uma reação exotérmica.

A técnica utilizada não causa vibrações e é considerada de maior segurança para ser aplicada em locais habitados, tendo em vista que não provoca lançamento de fragmentos.

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