Prefeitura disponibiliza ao Estado terreno em Corrêas para construção de casas populares para as vítimas da chuva

O prefeito Rubens Bomtempo anunciou nesta terça (01) que disponibilizou ao Governo do Estado do Rio de Janeiro o terreno na região do Caititu, em Corrêas, para a construção de cerca de 300 unidades habitacionais para as vítimas das chuvas do dia 15 de fevereiro. O ofício foi entregue ao secretário de Estado de Infraestrutura Max Lemos, durante reunião nesta terça-feira (1) na sede da prefeitura no Palácio Sérgio Fadel.

Foto: Arquivo/Sou Petrópolis

“É um terreno adquirido pelo meu governo em 2013 e que estamos disponibilizando para que o Estado construa as casas para atender as famílias que foram desabrigadas e desalojadas no temporal do dia 15 de fevereiro. A área de 14 mil metros quadrados pode receber entre 250 e 300 unidades habitacionais”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.

O prefeito Rubens Bomtempo também informou ao Estado a existência de uma verba de R$7 milhões do programa Somando Forças, que pode ser usado no asfaltamento da rua.  “Estamos entregando oficialmente as obras do PAC Encostas para o Estado e também disponibilizando esse terreno para a construção de moradias. São medidas importantes para a retomada da cidade”, frisou o prefeito.

O secretário de Estado Max Lemos disse que o governo estadual também está procurando por outros terrenos para a construção de casas para as famílias vítimas da chuva.

Mais de mil pessoas desabrigadas ou desalojadas

Há duas semanas da maior tragédia de Petrópolis, os efeitos e perdas ainda são incalculáveis. Até o momento, a Polícia Civil já contabilizou 231 vítimas fatais e 1.117 cidadãos desabrigados em 34 pontos de apoio.

Em todos os pontos de apoio a população recebe alimentação, suporte para a higiene pessoal, atendimento de assistência, saúde e psicólogos. Mas todas essas famílias aguardam poder ter, novamente, uma casa. Dessa vez, sem riscos de deslizamentos e com segurança.

Sobre o terreno no Caititu

O terreno do Caititu foi adquirido em 2013 pela Prefeitura de Petrópolis. Em 2014, o governo municipal fez o primeiro chamamento público para a contratação da empresa que faria a construção das casas no local. O chamamento aconteceu e a empresa chegou a ser contratada. No entanto, de acordo com a prefeitura, o Ministério do Desenvolvimento Regional (à época chamado de Ministério das Cidades), responsável pela verba para a construção das casas, não deu andamento ao processo.

“Em 2016, a Prefeitura de Petrópolis fez um segundo chamamento, que também não foi levado adiante pelo governo federal. Em 2018, o município fez nova tentativa, também sem sucesso”, disse a assessoria de comunicação da prefeitura, em nota.