Petropolitano de 9 anos aposta em venda de doces caseiros para conquistar a própria renda
Morador do Roseiral, o pequeno Cauê conta com a ajuda dos pais para produzir os doces. Com o dinheiro, ele pretende trocar a bicicleta e guardar uma parte para a faculdade
A vontade de ter a própria renda levou o pequeno Cauê Frias Argan, de 9 anos, a pedir ajuda dos pais para produzir doces caseiros em potes para vender.
Foto: Arquivo Pessoal Ana Carolina Frias
A mãe, Ana Carolina Frias, é controladora técnica de uma empresa de internet e trabalha em home office desde o início da pandemia. No começo, ela conta que foi resistente à ideia do filho, mas acabou cedendo e oferecendo toda a ajuda necessária.
“O Cauê sempre foi uma criança prestativa, que quer ajudar em tudo. E já faz um tempo que ele busca algo que pudesse vender para ter o próprio dinheiro. Ele diz que com essa renda vai trocar a bicicleta e guardar para a faculdade”, revela.
A primeira tentativa, a mãe conta que foi fazer cookies, mas não deu certo. “Achei que ele tinha desistido e, de repente, chegou com essa ideia de doces caseiros em pote que viu na internet”, afirma.
A produção
Carol e o marido compram todo o material necessário para fazer os doces. E na cozinha, a mãe comanda a produção e o Cauê ajuda a colocar os doces no pote e a limpar a cozinha.
Ele também é responsável por fazer o contato com os clientes por aplicativo de mensagem e chega até a escrever bilhetinhos para quem compra seus doces.
“Na primeira semana, entregamos 15 potes. Na segunda, já foram 20. Estávamos fazendo as entregas aos domingos, mas na última quarta já tivemos que fazer uma rodada extra porque os pedidos aumentaram”, diz Carol.
Com o sucesso da produção, os doces do Cauê ganharam perfil no instagram (@doces_do_caue). A mãe conta que não queria colocar, mas acabou cedendo aos pedidos dos clientes e amigos.
“Com a venda dos doces e o Cauê participando de todo o processo do trabalho, também conseguimos ensiná-lo que precisa dar valor ao dinheiro, mostrando que ter a própria renda requer esforço”, diz.
Pais apoiam sonhos e iniciativa empreendedora do filho/ Foto: Arquivo Pessoal Ana Carolina Frias
Se por um lado, os pais investem na ideia empreendedora do filho, por outro o pequeno Cauê já quer recompensá-los por toda a ajuda.
“Ele quer nos pagar pelo trabalho, mas a gente incentiva que ele guarde esse dinheiro. Ele é uma criança muito incrível e que demonstra muita gratidão pela ajuda que damos”, diz a mãe.
Além de ajudar na produção dos doces, Cauê também é o responsável por anotar todas as vendas que faz em um caderno para ter o controle sobre o que sai e o que entra. Não é à toa que a matéria preferida do menino, que está cursando o 4º ano na escola, é matemática.