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Desde 2018, crochemigas já confeccionaram mais de 2,6 mil peças para doação em Petrópolis

Petrópolis do bem

Desde 2018, crochemigas já confeccionaram mais de 2,6 mil peças para doação em Petrópolis

Somente em 2020 o grupo produziu quase 870 peças, entre elas mantas, cachecóis, gorros, enxovais de bebê, bonecas e sapatinhos de lã para adulto

Fundado em 2018 como um passatempo entre amigas, o grupo das crochemigas é hoje uma das iniciativas mais respeitadas em Petrópolis. Responsável por levar cor, calor e aconchego a quem precise, o projeto já confeccionou mais de 2,6 mil peças para doação no município. Seja pelas iniciativas que promovem, como a árvore de Natal de crochê, ou pelos lares e instituições que alegram, as crochemigas são fonte de esperança em tempos de dificuldade.

Registro feito antes da pandemia. Foto: Renne Raibolt

Tudo começou há quase quatro anos quando as amigas Marcia, Renata, Lucia e Marjorie decidiram se encontrar semanalmente para colocar o crochê – e o papo – em dia. Movidas pela vontade de dar um objetivo à prática, elas passaram a destinar sua produção, ainda que tímida, a instituições locais. De acordo com uma das fundadoras das crochemigas, a carioca Marcia Coelho Netto, de 58 anos, o primeiro estabelecimento escolhido foi um lar de idosos.

Foto: Divulgação

Surgia, então, o primeiro desafio do grupo: o de produzir um total de 35 mantas num período de quatro meses. E ainda que, como recorda Marcia, houvesse medo de não atingir a marca estabelecida, como toda boa ideia, a das crochemigas logo encontrou quem fizesse crescer a corrente do bem. “A gente lançou nas redes sociais e em cinco meses conseguimos ir não só em uma, mas em quatro casas de repouso. Muita gente achou a ideia sensacional”.

Capazes de centralizar e, principalmente, atribuir um propósito à confecção de outras petropolitanas, as crochemigas não demoraram a transcender as fronteiras da amizade do quarteto. Com um núcleo formado, hoje, por cerca de 15 mulheres, o projeto, tal qual a lã, tem assumido diferentes formas dependendo das necessidades vistas dentro da cidade. Se antes a proposta era o envio de quadradinhos de crochê, hoje as crochemigas também aceitam lã e tricô.

Registro feito antes da pandemia. Foto: Divulgação

“Com o tempo também passamos e produzir gorros e cachecóis. O projeto cresceu, então a gente agora aceita tanto crochê, quanto tricô. O legal é que a gente acaba que trabalha com a energia de muitas pessoas, que é o nosso objetivo”. Recebendo doações de diferentes localidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e até da Suíça, o grupo faz jus ao ditado que diz que “nada parado gera ação”.

Na pandemia, as crochemigas intensificaram sua produção. Se, por um lado, quem há anos não praticava o crochê ou o tricô viu no isolamento uma boa oportunidade de retomar a atividade, por outro, foi o momento certo para fazer da prática uma verdadeira fuga em meio a pandemia. Para se ter uma noção, somente no ano passado o grupo produziu quase 870 peças, entre elas mantas, cachecóis, gorros, enxovais de bebê, bonecas e sapatinhos de lã para adulto.

Manta doada ao projeto Gingando com as Letras, do Kako, no Sertão do Carangola. Foto: Divulgação

“É gratificante ver a reação das pessoas em receber uma coisa que foi feita com as mãos e com a energia de tantas mulheres. É um presente afetivo. A gente teceu aquilo. Nos unimos para fazer algo que vai levar calor, cor, aconchego. Muitas vezes a gente vai achando que vai dar um presente, mas, na verdade, a gente vai receber. Somos muito abençoadas em ver os sorrisos e em dar um pouco de alegria e cor na vida de quem precisa”, descreve Marcia.

Certas de que, “crochetar não é coisa de gente velha, mas de gente criativa”, as crochemigas despertam em Petrópolis a vontade de ajudar e, por que não, colorir os dias de quem ajuda e de quem é ajudado, ainda que com simples gestos. Responsáveis por doações à Guarda Municipal, FNCC, Afipe, Quilombo da Tapera, produtores do Brejal, e aos projetos sociais SOS Serra e Todos Juntos Ninguém Sozinho – para mencionar apenas alguns – as crochemigas contam com doações de lã, ou então de “quadradinhos” de 20 x 20 cm de tricô e cochê para confeccionarem peças que traduzem cor, aconchego e calor. As contribuições podem ser deixadas no ponto de coleta do grupo, que fica na loja da Mr. Hugo, no número 50 da Rua 16 de março. Acompanhe as atividades do coletivo na página @crochemigas

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