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Amor na pandemia: histórias de petropolitanos que se apaixonaram em meio à quarentena

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Amor na pandemia: histórias de petropolitanos que se apaixonaram em meio à quarentena

Dizem que o amor surge quando menos se espera e, em meio a uma pandemia, o último sentimento com que eles esperavam ser surpreendidos era, de fato, aquele que faz o coração acelerar. Período que estimulou o autoconhecimento, para muitos o isolamento também proporcionou a aproximação entre pessoas que, hoje, escrevem juntas suas histórias de amor com base na união e no crescimento mútuo.

Fotos: Divulgação

O momento esteve longe de ser o ideal para dar início a um relacionamento, mas, por outro lado, não fosse ele, muitos não teriam desacelerado e observado com outros olhos quem, de repente, já havia cruzado seu caminho. Foi o caso de Raphaela Cordeiro, de 24 anos, e Matheus Mayworm, de 23. Com amigos em comum, os dois já tinham trocado olhares antes da pandemia, mas foi graças à quarentena que, realmente, puderam se conhecer.

Foram cerca de quatro meses de conversa antes que eles decidissem se encontrar pela primeira vez, em julho do ano passado. Nesse meio tempo, mais do que troca de mensagens, o período se caracterizou por uma troca genuína entre os dois que os permitiu conhecer um ao outro. E por mais que a época fosse marcada por medos e incertezas inerentes à pandemia, uma certeza eles dividiam: a de que o sentimento era real e precisava ser nutrido.

Foto: Arquivo pessoal Raphaela Cordeiro

“A gente ficava falando que ia se encontrar quando a pandemia acabasse, mas quando a gente viu que não ia terminar tão cedo, a gente combinou de se ver”, conta Raphaela. A exemplo de todo o resto, no quesito amor também foi necessário adotar novas medidas. Frente às circunstâncias, encontrar alguém em casa, mesmo que pela primeira vez, se tornou mais seguro do que ir para a rua e correr o risco de ser contaminado pelo coronavírus.

E assim foi feito. No dia 25 de julho de 2020, Raphaela e Matheus se viram, na casa dele, pela primeira vez após o começo da pandemia. Com o aval de seus respectivos pais – que, assim como eles, já se conheciam por terem amigos em comum – o relacionamento foi se desenrolando com a mesma naturalidade com que os dois mantinham contato pela internet. Hoje, eles já estão prestes a completar um ano de namoro.

Foto: Arquivo pessoal Raphaela Cordeiro

“A gente se viu nos quatro finais de semana seguintes ao primeiro encontro. Logo depois ele disse que queria que eu conhecesse os pais dele e me pediu em namoro”, explica Raphaela. Desenvolvidos com mais intensidade e, por que não, também mais maturidade do que no período pré-pandemia, os relacionamentos vividos nessa época têm se mostrado verdadeiros convites a uma jornada de crescimento mútuo, como aponta a petropolitana.

“A gente nunca sabe o que vai acontecer no dia do amanhã e com a pandemia deu pra amadurecer sozinha e na companhia de alguém. A gente tá crescendo junto. Estar vivendo um início de relacionamento numa pandemia, aquela sensação de borboleta na barriga, de querer conhecer a pessoa e viver tudo aquilo que você via nos filmes faz você colocar a cabeça numa coisa boa”, expressa Raphaela.

Motivo de alegria, motivação e inspiração, o amor atribui novos significados ao momento vivido, e foi assim também para Henry Kappaun, de 29 anos, e Manuela Orleans, de 25. Assim como aconteceu com Raphaela e Matheus, a história dos dois também teve início pelas telas. Os dois se conheceram pela Internet em janeiro deste ano e, no mês seguinte, combinaram de se ver pela primeira vez em frente ao Palácio Quitandinha.

E não é que os dois apostaram certo em se encontrar na escadaria do antigo cassino? Tendo passado horas conversando no local, naquele mesmo dia eles souberam que haviam tirado a sorte grande. Ambos inseridos no universo da fotografia, da criatividade e da arte, eles contam que, mais do que um assunto em comum que contribuiu para o desenrolar de suas conversas, o segmento se tornou uma forma de união entre os dois.

Foto: Arquivo pessoal Henry Kappaun

“Nosso universo criativo é muito parecido e, na pandemia, a criatividade foi uma maneira de externalizar tudo que tem acontecido com a gente”, descreve Manuela. Em sintonia, os dois têm dividido paixões. Seja na cozinha, no ecoturismo – potencializado pela pandemia, ou em projetos de fotografia, os petropolitanos, rapidamente, se tornaram uma dupla de sucesso que, inclusive, tem sido contratada em conjunto para demandas profissionais.

Com Henry à frente da fotografia e Manuela encarregada da produção dos ensaios, os dois chegaram a viajar juntos a trabalho para o Rio, São Paulo e Paraty. Unidos por diferentes aspectos em comum, eles se surpreendem em saber que, apesar de frequentarem os mesmos ambientes, ainda não haviam se esbarrado na cidade. Bem, ao menos não antes da pandemia e do primeiro encontro – “depois não nos largamos mais”, diz Henry.

Foto: Arquivo pessoal Henry Kappaun

Numa jornada de descoberta de novos hobbies, recantos da cidade e da arte de se permitir conhecer e se revelar ao outro, a verdade é que, quem encontrou o amor na pandemia, descobriu também novos motivos para sorrir e acreditar que a vida é mais leve e bonita quando vivida na companhia de quem está disposto a crescer junto, por mais delicadas e difíceis que sejam as circunstâncias.

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