Petropolitano vai atuar como auxiliar técnico da seleção nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Gustavo começou a carreira como preparador físico do Serrano FC, em 2006
Foi iniciada a contagem regressiva! A menos de um mês de mais uma edição dos Jogos Olímpicos, o petropolitano Gustavo Leal, de 35 anos, também está a poucos dias do maior desafio de sua carreira. Auxiliar técnico da seleção brasileira Sub-23 nas Olimpíadas de Tóquio, Gustavo nasceu, cresceu e deu início a sua trajetória profissional em Petrópolis: cidade que faz parte de uma história de foco e comprometimento prestes a ganhar novos capítulos.
Foto: Arquivo pessoal Gustavo Leal
Como já é de praxe nos Jogos Olímpicos, a disputa do futebol está programada para começar antes da abertura oficial do evento. A bola começa a rolar no dia 22 de julho, enquanto a inauguração do evento acontece no dia seguinte, 23. Já na expectativa pela entrada da equipe brasileira em campo, Gustavo – que ainda hoje mora em Petrópolis – relembra as experiências que o levaram até onde está agora: da infância à juventude e fase adulta.
Criado na Rua Casemiro de Abreu, Gustavo conta que ele e o esporte sempre caminharam lado a lado. Enquanto na infância o amor pelo segmento se expressava nas partidas de futebol na rua e nos torneios de jogo de botão, na adolescência ele já se via certo do que queria fazer para o resto da vida: se dedicar ao esporte de alto rendimento. E assim o fez. Aos 17 ingressou na faculdade de Educação Física e, desde então, tem sonhado e conquistado na área.
“Nunca passei por aquela fase de ter que decidir qual profissão eu ia querer pro resto da vida porque desde pequeno eu já sabia que queria fazer Educação Física. Eu queria estar envolvido com esporte. No início da faculdade o esporte era a natação, mas no meio do curso o mosquitinho do futebol me mordeu e nunca mais saí dele”, brinca o petropolitano que, de preparador físico do Serrano FC, em 2006, chegou a auxiliar técnico da seleção olímpica.
Foto: Arquivo pessoal Gustavo Leal
Chegando a atuar como preparador físico, auxiliar técnico e treinador em clubes como o Botafogo FR, o Quissamã FC, o Boavista SC e o Fluminense FC, Gustavo também teve a oportunidade de colocar seu talento em cena fora do país. Na temporada 2017/2018, o petropolitano foi convidado a assumir o comando técnico da filial europeia do Fluminense na Eslováquia, o STK Fluminense Samorin.
Foto: Arquivo pessoal Gustavo Leal
“Foi uma experiência muito enriquecedora! Quando eu assumi a equipe nosso time era o último fora da zona de rebaixamento e, ainda assim, conseguimos acabar a temporada em sétimo lugar no geral e em segunda posição no segundo turno. Em 2019 retornei ao Brasil. Permaneci no comando da equipe Sub-20 do Fluminense FC até o meio daquele ano e, em agosto, recebi a notícia de que participaria do projeto olímpico”, relembra com orgulho.
Composto por sete fases de preparação, Gustavo fala com satisfação que faz parte do projeto desde a sua segunda etapa com foco total. Grato pelas raízes cultivadas em Petrópolis, ele fala, ainda, sobre os profissionais e professores da cidade – Ricardo Castro, Adriana e Sibrande, do Colégio Santa Isabel, Marcelo Veiga e Douglas Pelé – que influenciaram sua caminhada e se tornaram grandes exemplos que pretende honrar nas Olimpíadas.
Foto: Arquivo pessoal Gustavo Leal
“Tive sorte em ter grandes profissionais em Petrópolis que sempre deixaram muito certo o que eu queria fazer. Os Jogos Olímpicos são, sem sombra de dúvidas, o desafio mais importante da minha carreira até hoje. Já me peguei várias vezes com um filme passando pela cabeça. Eu me sinto na responsabilidade de representar todas essas pessoas e abrir caminho para os novos profissionais que surgem na cidade”, afirma.
Acostumado a acompanhar todas as modalidades dos Jogos Olímpicos, Gustavo diz que, antes de saber de sua participação na competição, chegou a achar que, pela primeira vez, não poderia acompanhar todas as partidas em função do fuso horário. Mal sabia ele que, além de poder assistir, o petropolitano também terá a chance de contribuir com a construção de uma história que já faz parte da sua.
Foto: Arquivo pessoal Gustavo Leal
Sobre o cronograma dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021
Atual campeão do torneio masculino de futebol, o Brasil defenderá o título em Tóquio contra equipes como Alemanha, Argentina, Espanha e França. Já as meninas da seleção tentam um título inédito contra concorrentes dos Estados Unidos, Holanda, Canadá e Japão. Abaixo, você confere os dias e horários em que vão acontecer as partidas das seleções masculina e feminina:
Seleção masculina:
– 22 de julho, 8h30 (de Brasília) – Brasil x Alemanha – Yokohama
– 25 de julho, 5h30 (de Brasília) – Brasil x Costa do Marfim – Yokohama
– 28 de julho, 5h00 (de Brasília) – Arábia Saudita x Brasil – Saitama
Seleção feminina:
– 21 de julho, 5h00 (de Brasília) – Brasil x China – Miyagi
– 24 de julho, 8h00 (de Brasília) – Holanda x Brasil – Miyagi
– 27 de julho, 8h30 (de Brasília) – Brasil x Zâmbia – Saitama