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Casal recria bolo de casamento para comemorar Bodas de Ouro em Petrópolis

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Casal recria bolo de casamento para comemorar Bodas de Ouro em Petrópolis

Denominado “bandeja da felicidade”, o bolo é uma representação fiel à união dos dois!

Para celebrar uma união de ouro, Carmen Ilario de Souza Virginio, de 71 anos, planejou um gesto de tanto valor quanto os 50 anos de união com Manoel Virginio, o Nelinho, de 74 anos. Sem poder celebrar como gostaria em função da pandemia, ela teve a ideia de recriar o mesmo bolo do casamento dos dois. Denominado “bandeja da felicidade”, o bolo traz a certeza de que, apesar do tempo ter passado, a alegria entre eles permanece a mesma de antes.

Fotos: Arquivo pessoal Elisângela Berland

Mais romântica dos dois, dona Carmen explica que a vontade era, na verdade, organizar uma festa para comemorar as Bodas de Ouro com “benzinho”, como carinhosamente se refere ao marido. Acontece que, pela segunda vez, seus planos tiveram que ser mudados. Nos 25 anos de casados não houve pandemia, mas uma cirurgia às pressas para a retirada de seu apêndice. Este ano, vendo que o cenário também não mudaria a tempo do aniversário de casamento, o jeito foi mudar a comemoração.

Empenhada a fazer o mesmo bolo do casamento acontecer, dona Carmen pediu ajuda aos filhos na empreitada que, diga-se de passagem, não foi fácil. Até porque, não bastasse a dificuldade de reproduzir a “bandeja da felicidade”, que traz alças, um espelho e duas taças no topo, ainda havia o receio de não atender às expectativas de dona Carmen, que o tinha vivo na memória! Depois de muito estudar, como ela mesma explica, a família encontrou quem desse vida ao sonho: a confeiteira Ana Carolina Loos, de 34 anos.

Fotos: Arquivo pessoal Elisângela Berland

“Quando ela chegou aqui com o bolo eu chorei. Ficou até melhor do que o original. Ficou perfeito”, comenta dona Carmen. Montado ao longo de dois dias, Ana Carolina explica que o pedido foi um dos mais desafiadores que já recebeu. Artesã, ela deu início à carreira produzindo bolos em biscuit e lembrancinhas. Há dois anos passou a trabalhar com bolos verdadeiros e, pela primeira vez, se encarregou de um bolo que tinha como motivo as Bodas de Ouro de um casal.

“Independente da comemoração, o bolo é sempre o auge e, nesse caso, foram quase três horas seguidas de decoração. Quando concluí senti um alívio tão grande por ter conseguido. Foi o bolo em que mais depositei sentimento. A dona Carmen me contou que diversas pessoas não quiseram fazer o bolo das Bodas por achar que não conseguiriam. Sei do valor afetivo que esse bolo tem. Conheço a família há uns 14 anos e, no dia da entrega, não me contive e fui às lágrimas junto com ela e com todos”, explica Ana Carolina.

Não tão grande quanto o de antigamente devido ao isolamento social, o bolo de dona Carmen e Nelinho trouxe à tona o começo da história dos dois. Naturais de São José do Vale do Rio Preto, os dois se mudaram para Petrópolis logo em seguida ao casamento. E tão longo quanto o véu de 30 metros usado por dona Carmen no dia da cerimônia é o tanto de memórias e passagens divertidas guardadas pela dupla, que se casou no mesmo dia que outros 15 casais.

Foto: Arquivo pessoal Elisângela Berland

Presenteada com uma leitoa por sua madrinha de batismo pela união, dona Carmen conta que, no dia de seu casamento, aconteceram 16 celebrações na mesma igrejinha de São José do Vale do Rio Preto. “Quando eu acabei de casar eram oito e meia da noite, de tantos casamentos! Começamos a namorar quando eu tinha 18 anos. Na época foi até engraçado porque eu gosto de nomes diferentes, bonitos, aí quando ele disse que se chamava Manoel eu falei: ai, que nome feio!”, se diverte dona Carmen.

Chegando a presentear sua cara-metade com uma plaquinha de homenagem quando “benzinho” completou 70 anos, se engana quem pensa que a “bandeja da felicidade” foi a única comemoração planejada por dona Carmen para as Bodas de Ouro. Como explica sua filha Elisângela Berland, de 47 anos, “cheia de vontades”, a mãe fez também com que a aliança do casal recebesse as gravações da data do casamento, dos nomes dos dois e do número 50.

Fotos: Arquivo pessoal Elisângela Berland

“A aliança da minha mãe é a mesma de quando eles ficaram noivos. Arrumamos um ourives lá de Pedro do Rio que escreveu cinquenta nos quatro lados e, por dentro, gravou o nome e a data do casamento. Ela é muito criativa e romântica e meus pais vivem um pelo outro”. Irmã de Alexandra, Mozar, Charles e Mislene, Elisangela é uma das testemunhas de um amor que continua a ganhar novos capítulos apresentados no que, a exemplo do bolo, parece mesmo ser uma bandeja da felicidade, com direito a muitos brindes e alegrias.

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