11ª Mostra Audiovisual de Petrópolis busca refletir questões de identidade, gênero e território
Entre as produções que serão exibidas no evento online estão o longa-metragem recém-lançado “Babenco” indicado ao Oscar
Começou nesta sexta-feira (19) que vai até o dia 28 de março, a 11ª edição da Mostra Audiovisual de Petrópolis, realizada pelo Ensino Médio Integrado em Audiovisual do Colégio Dom Pedro II, Biruta Educação Audiovisual e a Reprodutora. A programação acontece de forma online e totalmente gratuita, por conta das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. A programação vai contar com mais de 40 atividades, entre oficinas, masterclasses, exibições de filmes nacionais e internacionais, produções juvenis e rodas de debate.
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A abertura foi com com o filme “Atravessa a Vida” de João Jardim, que está disponível apenas pelo Globo Play e que na mostra estará disponível gratuitamente para todo Brasil, a partir das 12h do dia 19, no site da mostra. Na sequência foi realizada a segunda edição do fórum de educação e cinema. Encerrando os destaques, o documentarista João Jardim, participou de uma roda de debate com alunos do EMI-AV.
Em 2021, a mostra busca refletir questões de identidade e território. O evento conta com a co-curadoria da atriz Bruna Linzmeyer, trazendo filmes com a sobre e com realização de corpos LGBTQIA+, como “Limiar”, de Coraci Ruiz, realizadora que filma o processo de transição da própria filha e “Valentina” de Cássio Pereira dos Santos, filme premiadíssimo e revelação da atriz Thiessa Woinbackk.
Entre os destaques está a exibição do primeiro episódio da série espanhola inédita no Brasil e muito esperada: “Veneno” sobre a ícone trans espanhola Cristina Ortiz, dirigida pela dupla Los Javis – Javier Calvo e Javier Ambrossi.
Também como co-curador está Fabrício Boliveira, buscando um diálogo entre realizadores negros e filmes que tem o corpo negro como protagonista. São os filmes: “Voltei” de Ary Rosa e Glenda Nicácio, uma distopia no Brasil de 2030, onde as protagonistas acompanham as mudanças de rumo do país num rádio de pilha. “O Samba é Primo do Jazz”, documentário de Angela Zoé, traça um lindo retrato da grande intérprete brasileira Alcione. Além disso, serão exibidos os documentários: “Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: essa terra é nossa!”, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, e “Para Onde Voam as Feiticeiras” de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral. O destaque é “Babenco”, de Bárbara Paz, que foi a indicação brasileira ao Oscar em 2021 e inédito online no Brasil.
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De acordo com a organização da MAP, o evento vai contar ainda com sessões de cinema que valorizam a educação e a cidade de Petrópolis. “Vamos ter a retrospectiva EMI, que é uma forma de destacar esses trabalhos que fizeram parte do curso ao longo dos últimos dez anos, uma mostra chamada Curta Petrópolis, com realizadores da cidade, além da sessão vídeo geração com filmes feitos por escolas e ONG’s e a mostra itinerâncias jovens, que é para realizadores de até 29 anos. Nossa abertura vai contar ainda com a segunda edição do fórum de cinema e educação, cujas inscrições serão abertas em breve”, diz Elaine Mayworm, uma das coordenadoras da mostra.
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O encerramento fica com o premiadíssimo filme japonês “Plano Sequência dos Mortos”, dirigido por Shin’ichirô Ueda e inédito online no Brasil, misturando gêneros para prestar uma grande homenagem ao cinema.