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[Personalidades petropolitanas] Saiba quem é a joaninha motociclista que esbanja simpatia pelas ruas de Petrópolis

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[Personalidades petropolitanas] Saiba quem é a joaninha motociclista que esbanja simpatia pelas ruas de Petrópolis

Ainda que pequenas no tamanho, dizem que as joaninhas são capazes de atingir alturas equivalentes a três prédios do Empire State empilhados em cima do outro. E, tal qual o animal, Ivani da Graça Raeder, de 70 anos, também foi capaz de ir contra o que esperavam de alguém de sua idade e garantir não apenas a sua liberdade, mas a alta consideração dos petropolitanos. Na segunda reportagem da série “Personalidades Petropolitanas” você vai conhecer a história da joaninha motociclista que esbanja simpatia pelas ruas da cidade.

Fotos: Arquivo/Sou Petrópolis

Em sua lambretinha vermelha, não há quem pare a dona Ivani, que até a Xerém já foi pilotando. Professora aposentada, ela explica que a vontade de adquirir uma motocicleta surgiu a partir da necessidade de ter independência após o falecimento do marido. Viúva três vezes e casada pela quarta, com Jorge Raeder, Ivani encontrou no motociclismo a fonte da liberdade de que precisava para se locomover e guiar os próprios caminhos. “É excelente! Faço compra, levo o cachorro para o pet shop, pego saco de ração”, diz.

Facilmente identificada por seu capacete, a joaninha já virou marca registrada de dona Ivani que, desde que se entende por gente, vai contra os padrões. “Sou uma senhorinha diferente. Antigamente as senhorinhas usavam marrom e preto. Eu não. As pessoas antigas ainda pensam assim, que a mulher tem que ficar para trás e o homem na frente. Eu não”. Na direção e no comando do próprio destino, a motociclista, moradora do São Sebastião, cativa pela fidelidade aos seus princípios e por sua simpatia. Gentil no guidão e fora dele, irradia tranquilidade e alto astral.

Foto: Arquivo/Sou Petrópolis

Normalmente a 40km/h, ela está sempre atenta a sua volta. Capaz de parar o trânsito para ajudar uma senhora a atravessar, buzinar para cumprimentar os transeuntes ou para pedir licença, dona Ivani traz preciosas lições sobre gentileza, carisma e independência. Onde “velho é o mundo, que chegou antes de nós”, a dica da mineira, natural de Muriaé, é fazer o que lhe agrada, independente do que é tido pelos outros como mais adequado. “O pessoal diz que por causa da ideia não pode fazer isso ou aquilo, mas não é por aí. Vou por mim e me valorizo, então vamos nós!”.

Com seus óculos de grau cor de rosa, máscara do Mickey e calça verde, dona Ivani, ou melhor, a motociclista joaninha, é prova de que a idade é um estado de espírito e que não há lugar mais satisfatório para se estar do que na direção do próprio caminho.

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