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Situado em Petrópolis, único acervo cinematográfico do interior do Estado corre risco de acabar

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Situado em Petrópolis, único acervo cinematográfico do interior do Estado corre risco de acabar

A partir de R$ 7 já é possível contribuir para a conservação do Acervo César Nunes

Acervo César Nunes. Talvez assim, de nome, você não o reconheça. Mas grande parte dos vídeos que trazem imagens do passado de Petrópolis pertencem a sua coleção. São imagens que vão da década de 1940 a 1985 e que exibem desde a inauguração do monumento do Obelisco aos bailes do Quitandinha e circuitos de rua da cidade. Há mais de 30 anos numa garagem no Valparaíso, o acervo sofre com a falta de estrutura, apoio financeiro e, infelizmente, corre risco de acabar.

Foto: Divulgação

Quem, desde 2008, zela pelos filmes é Márcio Nunes: neto do pioneiro da cinematografia. Onde, a cada exibição, Márcio é presenteado com uma nova joia do passado petropolitano, o Acervo César Nunes representa a preservação de capítulos fundamentais da memória audiovisual da cidade. Até o momento, já foram catalogados 1.820 filmes – 540 deles de Petrópolis e, os demais, de episódios históricos do Brasil e do mundo. De acordo com Márcio, ainda há outras duas estantes cujo conteúdo ele desconhece.

“Ainda preciso catalogar essas outras duas estantes. Acredito que elas reúnam de 800 a 1.200 filmes”. Sujeito à infiltrações, mofo e fiação exposta, o Acervo César Nunes luta pela reforma do espaço, digitalização do material e disponibilização dos filmes num site de livre acesso ao público. Desde 2017 à espera de quem patrocine seu projeto ‘Memória em Película’ – que prevê, através da Lei Rouanet, a conservação do acervo, publicação de um livro sobre a coleção, e um site com os filmes digitalizados, Márcio deu início, este mês, a uma ação de arrecadação online.

Ele explica que o prazo para obtenção de um patrocinador termina em dezembro e que, caso isso não ocorra até lá, o governo federal encerrará o projeto. Numa batalha contra os ponteiros, ele pede a contribuição da comunidade. As doações, que tem como meta R$ 65 mil para a reestruturação do local, começam em R$ 7. “Estou nessa luta desde 2008. Uma luta de preservar o acervo e deixá-lo em Petrópolis que começou lá em 1990, com o meu pai, Paulo Nunes. É o que ele queria: deixar o acervo em Petrópolis para pesquisa educacionais e culturais”, diz.

No site acervocesarnunes.com.br é possível contribuir para a recuperação do acervo, conhecer sua história, conferir algumas de suas joias e acessar o projeto aprovado pelo Ministério da Cultura.

Oportunidade de recomeço

Esta semana o vereador Yuri Moura fez uma indicação legislativa na Câmara Municipal de Petrópolis para que o acervo seja realocado e devidamente catalogado. A indicação, que deve ser colocada em votação ainda esta semana, prevê a criação de uma sala audiovisual para que não só o Acervo César Nunes possa ser depositado, mas também outras coleções de petropolitanos. O espaço reuniria, ainda, projetos relacionados à área que buscam incentivo fiscal e empresas que apoiam iniciativas culturais dentro do segmento.

Abaixo, uma das filmagens obtidas junto ao Acervo César Nunes.

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