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14 registros e curiosidades sobre o Carnaval de antigamente em Petrópolis

História

14 registros e curiosidades sobre o Carnaval de antigamente em Petrópolis

*Matéria atualizada no dia 6 de fevereiro às 10h

Quem tem contato com pessoas mais velhas, certamente, já ouviu muitos comentários sobre os Carnavais antigos. Nesta época, as memórias são referentes a muitos bailes em clubes tradicionais de Petrópolis, lança-perfumes e os famosos corsos da Praça da Liberdade que só reforçam a saudade de um tempo que não volta mais.

Aproveitando esse feriadão de Carnaval, a Sou Petrópolis convida a fazer uma viagem no tempo e recordar alguns momentos da maior festa popular do país. Reunimos aqui 14 registros e curiosidades sobre festa em Petrópolis.

1. Clube Petropolitano

O tradicional Baile do Preto e Branco era o principal evento carnavalesco de Petrópolis. A festa foi criada em 1978 pelo Clube Petropolitano para substituir o então tradicional baile de máscaras. Desde então, participar do Preto e Branco passou a ser sinônimo de ser ou estar entre quem é importante na Cidade Imperial. Além do baile, as matinês agitavam os dias de Carnaval das crianças, que iam todas fantasiadas para o Clube Petropolitano.

Foto: Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cidadania.

2. Batalha de Flores

Segundo informações retiradas do livro “As Camélias do Leblon”, no auge da campanha abolicionista, a princesa Isabel passou a organizar em Petrópolis suas famosas Batalhas de Flores, na qual eram arrecadados fundos com propósitos abolicionistas. Tudo começou no dia 12 de fevereiro de 1888, quando a princesa regente promoveu a primeira Batalha de Flores, que tinha influências do carnaval francês. Apesar do aguaceiro que caía em Petrópolis, a princesa, o conde d’Eu e os seus três filhos percorreram as ruas da cidade em um carro aberto e foram de casa em casa pedindo donativos em prol dos escravos. Essa teria sido a primeira manifestação abolicionista da Princesa Isabel.

Reprodução fotográfica. Coleção José Kopke Fróes. Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cidadania.

Segundo o professor Oazinguito Ferreira, essa batalha continuou fazendo parte do Carnaval de Petrópolis e tendo cunho aristocrático, apesar de ter começado devido a uma causa social importante. Ela acontecia em frente ao Hotel Bragança, onde hoje é a UCP, e seguia até a Praça da Liberdade.

3. Corsos

Os famosos corsos que desfilavam pelas ruas de Petrópolis e do Rio de Janeiro na belle époque eram veículos abertos ornamentados usados para carregar os foliões.

Carnaval de 1933, na Praça da Liberdade. / Foto: Acervo Pessoal Ana Lima

4. Grandes festas nos casarões

Era muito comum que famílias tradicionais na cidade organizassem grandes festas em suas residências. Assim aconteceu na casa do Sr. José Maria Fernandes, localizada na Rua Dom Pedro. O fundador do Cinema Petrópolis e sua esposa promoveram um grande “banho a phantasia” (banho à fantasia), como descreveu uma revista da época. Pela a foto e pela animação dos foliões a festa parece ter sido boa, né?

Fotos: Acervo Pessoal Marcia W. Coelho Netto

5. Serrano F.C

O principal clube de futebol de Petrópolis também não ficava de fora do Carnaval. Ele já foi palco de grandes bailes e matinês infantis como essa da foto.

Foto: Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cidadania.

6. Bloco dos Índios

O tradicional Bloco dos Índios causava um mix de sentimentos entre os petropolitanos: encantamento e medo. As roupas coloridas e as coreografias eram responsáveis por causar encantamento e a aproximação com a realidade e os sustos que eles davam nas pessoas durante o desfile causavam medo em muitas crianças que tiveram a oportunidade de ver os Índios do Morin.

Foto da década de 60 / Acervo Pessoal Ana Paula Tardioli

7. Matinê do Teatro Capitólio

O antigo Teatro Capitólio, que funcionou até a década de 1970, promovia concursos de fantasias mais bonitas dos pequenos foliões. Essas daí foram as fantasias premiadas na matinê de 1932.

Foto: Pequena Illustração. Ano I, n. 24, Petrópolis, 14/02/1932. Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cidadania.

8. Carnaval no Tennis Club de Petrópolis

As crianças caprichavam nas fantasias para as matinês do Tennis Club de Petrópolis, que também promovia concursos.

Carnaval infantil / Foto: Revista Fon Fon de 1922

9. Parque Cremerie

Na foto, a petropolitana Dirce Abreu sentada sobre a roda dianteira, posando com outras meninas em um corso no Parque Cremerie, no carnaval de 1939.

Carnaval de 1933, no Cremerie / Acervo Pessoal Gilberto Abreu

 10. Carnaval de rua

Embora os bailes de Carnaval dos clubes e hotéis fossem mais famosos do que o Carnaval de rua, os petropolitanos lotavam as calçadas para ver os desfiles e fazer as tradicionais batalhas de confetes, como pode-se ver no chão da antiga Avenida Quinze de Novembro, atual Rua do Imperador, em 1932.

Foto: Coleção José Kopke Fróes. Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cidadania.

11. O start perfeito para o Carnaval na Casa Galo

Loja em que era vendido de tudo um pouco, a Casa Galo é, até hoje, descrita como a dona do Carnaval na cidade por quem lá trabalhou. Durante um período fornecedor de confete, serpentina e lança-perfume para os clubes, o estabelecimento também era destino de quem queria comprar esses mesmos itens para fazer a própria festa.

Fotos: Reprodução/Internet

12. O divertido Baile do Havaí

Descontraído, o Baile do Havaí era regido, como o próprio nome indica, por trajes a rigor. A festa contava com edições não apenas no Petropolitano, onde havia o Concurso da Garota do Havaí, mas também no Serrano F.C. e no próprio Bogari.

Foto: Sergion Mynssen via Flashback Petrópolis Anos 70, 80, 90 e 2000 (Facebook)

13. O Tênis à Fantasia do Petropolitano, que exigia a criatividade dos participantes

Intrínseco ao Petrô, o espírito carnavalesco era tão presente nas instalações do clube que nem os tenistas escapavam dos festejos. No chamado Tênis à Fantasia, os jogadores disputavam suas partidas fantasiados com a presença, dentro da quadra, de uma bandinha tocando ao vivo junto de caixas de cerveja e batidas. Havia, ainda, premiação.

Foto: Arquivo/Arnaldo Rippel

14. Azul e Branco, no Serrano; Verde e Branco, no Magnólia

Seguindo a tendência ditada pelo Baile do Preto e Branco, no Petropolitano, outros clubes da cidade lançaram suas festas que tinham como regra o uso das cores de cada instituição. Assim, tinha o Azul e Branco no Serrano F.C. e o Verde e Branco no Magnólia, por exemplo.

Foto: Reprodução/Flashback Petrópolis Anos 70, 80, 90 e 2000

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