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#CartõesPostais: 12 curiosidades sobre o Museu do Artesanato do RJ, localizado em Petrópolis

Turismo

#CartõesPostais: 12 curiosidades sobre o Museu do Artesanato do RJ, localizado em Petrópolis

*Atualizado em 14/10/2022 às 17h10

A segunda protagonista da série #CartõesPostais é um lugar não tão conhecido pelos petropolitanos e turistas, mas incrível e surpreendente em cada detalhe. Através dos registros do fotógrafo Bruno Soares, hoje você vai conhecer o Museu do Artesanato do Estado do Rio.

Foto Serra Drone

Rodeado pelo verde e sustentado pela criatividade, o Museu do Artesanato do Estado do RJ equivale a uma pausa no cotidiano. Basta adentrá-lo para a realidade ficar para trás: o som dos carros é abafado pelo canto dos pássaros e pela paz de um ambiente minimamente pensado.

Fundado pelo artista plástico Cocco Barçante, o espaço, localizado na Rua Coronel Veiga, número 1734, abriga cerca de 300 itens e, ao longo de 5 anos, já recebeu ao menos 10 mil visitantes. Considerado o primeiro Museu de Artesanato do Estado do Rio de Janeiro e o segundo do Brasil, é seguro dizer que o recanto merece a sua visita.

1. Criatividade 

A impressão que se tem é de que, no museu, tudo em que se toca vira arte. Para começar, a entrada. Em toda a extensão da escada foram instalados monitores de computador que conduzem o visitante a uma viagem por Petrópolis, indo desde o pórtico de entrada da cidade, ao Trono de Fátima. Confessamos que ficamos tão entretidos pelas pinturas, que mal sentimos a subida.

Fotos Bruno Soares

2. Roteiro

Ao longo de 1h15 o visitante atravessa diferentes ambientes cujo reaproveitamento é o principal fio condutor. A experiência pode ser dividida em quatro fases: a primeira, que envolve papel, garrafas pet e metal; a segunda, baseada em tecidos e trabalhos em argila; a terceira, regida por lixo tecnológico e, por fim, a madeira.

 

Fotos Bruno Soares

3. Quietude

Tranquilidade e harmonia são alguns dos pontos-chave que fazem da casa tão convidativa. Cercada por árvores, oferece um ambiente fora do comum e do esperado, principalmente por estar tão próxima da rua. Vez ou outra nos sentimos na necessidade de olhar pelas janelas, que são um charme, e nos certificar de que ainda estávamos na cidade.

Fotos Bruno Soares

4. Identidade

Diferente dos museus com que estamos acostumados, a Casa de Cultura Cocco Barçante, como o próprio artista explica, reúne trabalhos de artesãos que, com as mãos, construíram as próprias histórias. Sem sair do lugar, somos transportados às mais diferentes regiões do Rio e conectados ao que tem de mais significativo. Abaixo, uma almofada confeccionada por um grupo do Brejal que, ilustrada por hortas, valoriza a identidade local.

Fotos Bruno Soares

5. Sentimentos

Sem dúvida, um dos destaques da visita é conhecer de perto o trabalho “Sentimentos do Rio”. Realizado por Cocco há 18 anos, o projeto ressalta a importância do design no processo de geração de renda e na preservação da memória. Isso se traduz em painéis feitos por grupos de favelas do Rio que, orientados por ele, bordam sentimentos. Na foto, um painel de 2007 sobre a preservação e conservação de prédios históricos.

Fotos Bruno Soares

5. Inspirações

O museu é uma caixinha de surpresas. Repleto de particularidades, faz de cada cantinho, especial. E o melhor: quanto mais você passeia pela casa, mais detalhes encontra. Exemplo disso são as mensagens motivacionais estampadas pelas paredes que, inclusive, também podem ser vistas nos postes do Valparaíso, como parte de um projeto de que Cocco faz parte.

 

Fotos Bruno Soares

7. Integração

Por ser fruto da união de artistas, a casa oferece ao visitante uma variedade incalculável de obras. Muitas delas nos inspiram a empregar a sustentabilidade em nosso dia a dia e, assim como eles, fazer arte. Logo no portão, o visitante tem a surpresa de se deparar com uma peça do projeto Morrinho, que promove a inclusão na Favela do Pereirão. Curiosidade: o grupo tem suas instalações expostas pelo mundo, incluindo Berlim e Nova Iorque.

Fotos Bruno Soares

8. Exposições

A casa contém um espaço dedicado a exposições temporárias. Até o dia 30 de janeiro, por exemplo, são as guirlandas de Natal, feitas por artesãos e artistas plásticos de todo o Estado do Rio, que ocupam o ambiente. Os itens são uma boa fonte de inspiração para quem quer inovar e usar o que tem em casa, como pregadores de roupa e rolhas.

Fotos Bruno Soares

Spoiler: A próxima exposição terá como tema o Carnaval e irá disponibilizar fantasias das escolas de samba Mangueira e Salgueiro para que as pessoas possam usá-las e tirar fotos.

9. Estrutura

Fotos Bruno Soares

Ao lado da galeria de exposições temporárias, o visitante pode “molhar o bico”. O pequeno e encantador café é, como já era de se esperar, estilizado e devidamente pensado. Ah, e não poderíamos deixar de mencionar a figura da Frida, a cadelinha “funcionária do mês”, 12 meses por ano. Extremamente educada, faz questão de acompanhar todas as visitas. É ou não é uma gracinha?

Fotos Bruno Soares

10. Cursos

Considerado um museu vivo, o Museu de Artesanato do Estado do RJ, é resultado das pessoas que o compõem e o visitam. E se você se interessou em fazer parte da família, vale a pena prestar atenção às seguintes informações:

Fotos Bruno Soares

– As visitas, que custam R$ 5, sempre acontecem aos sábados e domingos, das 11 às 17 horas. Apesar disso, é possível conhecer a casa nos demais dias da semana, mediante agendamento prévio pelo telefone (24) 3111-4944.

– No chamado Tour da Experiência, o visitante paga R$ 20 a mais e tem a oportunidade de pintar uma bolsa com o tema de Petrópolis.

– O museu recebe grupos escolares. E o melhor de tudo: estudantes não pagam pela entrada. Os agendamentos podem ser feitos pelo mesmo telefone citado acima.

– Na casa cultural são oferecidos cursos de estamparia e pintura em tecido, pintura em tela, pintura aquarela e desenho. E as crianças não ficam fora dessa. Cocco explica que é possível formar grupos de, ao menos quatro pequenos, de no mínimo cinco anos, para 12 aulas, num curso de 3 meses de duração.

– Como fonte de uma renda extra para auxiliar na manutenção do museu, Cocco aluga alguns quartos da casa para universitários e usuários da plataforma Airbnb.

Fotos Bruno Soares

11. ‘Arco da Fé’ em homenagem aos recuperados da Covid-19

Quando o artista plástico Cocco Barçante, fundador do Museu, soube que sua mãe, de 83 anos, e seu irmão, de 53, teriam que ficar internados devido à Covid-19, ele fez uma promessa. Se eles vencessem a doença, ele faria o Arco da Fé no Museu do Artesanato, representando a cura e a esperança de dias melhores. Após mais de 40 dias internados, eles tiveram alta e hoje estão recuperados.

“O Arco da Fé representa fé em Deus, fé na vida, fé nos nossos sonhos e fé em dias melhores para todos nós. Ele foi todo feito com reaproveitamento de materiais, com pintura em azulejos do artista plástico petropolitano Gian Carlo Rubini e com o poema ‘Fé’, da poeta Ivone Sol”, conta Cocco Barçante.

Foto Divulgação Museu do Artesanato

12. Loja Colaborativa

Pensada de forma a ajudar os artesãos fluminenses que compõem o acervo do Museu do Artesanato do Estado do Rio a obterem renda no período pós-pandemia, a loja colaborativa “EnCantos do Rio”, de curadoria do artista e designer Cocco Barçante, também se propõe a evidenciar a identidade artesanal das diferentes regiões englobadas pelo projeto. No lugar da impressão digital, nesse “RG” o que diferencia os artistas é a impressão de cada um sobre a cidade em que vive e produz, sendo Petrópolis uma delas.

Na imagem, a artesã Bida, do Vale do Cuiabá. Foto: Reprodução/Facebook/EnCantosdoRio

E se você ainda não viu a primeira edição da série #CartõesPostais, confira aqui:

#CartõesPostais: 8 fatos e curiosidades sobre a Casa da Ipiranga

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